Uma coluna sem papas na língua 30/12/08

 

Fantasmas...

Para surpresa dos rondonienses, o próprio governador Ivo Cassol pessoalmente investigou e demitiu um bando de fantasmas que assombrava a superintendência de Turismo. Pergunta-se: E o titular da pasta acobertava? Foi ele quem reclamou? Caso omisso, deveria ter ido para a rua na mesma leva, já que é um dos setores que não funciona neste estado.

...E marajás!

Já, na prefeitura de Porto Velho descobriu-se funcionário de uma casta privilegiada que ganha mais de R$ 22 mil reais. E o mesmo grupo de marajás, da mesma categoria, reivindica mais aumentos através de um novo plano salarial. O prefeito Roberto Sobrinho e a chefe de gabinete Miriam Saldanha estão reagindo e impedindo a manobra.

Ano de afirmação

Com um ano de afirmação, com grandes obras de infra-estrutura, Rondônia precisa se preparar para enfrentar os desafios centrados nas áreas de saúde e segurança pública em 2009, em vista do novo fluxo migratório que se formou originado pela idéia de um boom econômico provocado pelas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau.

As reformas

O Congresso Nacional reabre as portas depois do recesso com os olhos voltados para as reformas política e tributária. São matérias polêmicas e tanto o Senado como a Câmara dos Deputados se arrastam em discussões sobre os temas há mais de uma década, sem nada conclusivo. Os parlamentares se importam mais é com o próprio umbigo.

Plano político

No plano político, entre outros temas já tratados em 2008, existe a prorrogação de mandato e já se fala até numa flexibilização para as regras de fidelidade partidária. Também voltará a baila a PEC que aumentou o numero de vereadores no país, aprovada no Senado e obstruída na Câmara Federal, numa clara divisão do Congresso, que acabou na justiça.

Só imaginem...

Eu fico imaginando a Câmara Municipal de Porto Velho, habitada majoritariamente por edis incompetentes – tanto é verdade é que houve uma renovação de 80 por cento das vagas nas eleições de outubro - com 23 vereadores. Seria um suplício para a sofrida população da capital.

Cadê a crise?

De tanto se falar em crise ela pode até acabar aparecendo em Rondônia. Mas os indicativos deste final de ano mostraram bom desempenho na maioria dos setores em Rondônia. Evidentemente, algumas áreas foram afetadas: existe uma grande retração na venda de imóveis. Também a comercialização de carros usados desabou.

Aeroporto lotado

Com shopping e Makro lotados, o comércio faturou muito nos últimos dias na capital. Para viajar não existem vagas até o final de fevereiro no aeroporto internacional JT. Existem algumas queixas de perda de mercado dos comerciantes da Avenida 7 de Setembro. Terão que apostar mais em preço, qualidade e atendimento para as próximas temporadas.

Coisa de louco!

Será que vamos terminar um ano em paz, finalmente? Sem motim no urso branco? Sem fitas gravadas na TV denunciando mutretagens? Sem brigarada dos políticos, com direito a mais lama, pelo poder? Com um esforcinho vamos conseguir a façanha! Só falta um dia. Que seja de paz, saúde e que o ano novo seja bom para todo mundo.

As festividades

No momento em que o Estado se prepara para festejar 4 de janeiro seus 27 anos de instalação, fuçando a historia, constatei a importância deste mês  de janeiro para Rondônia. Vejam só: foi em 15 de janeiro de 1873 eu o imperador Dom Pedro II assinou o decreto-lei nº 5024, autorizando os navios mercantes de todas as nações a subir o Rio madeira.

Do Cotidiano

Obras que sucumbiram

Com o tempo, o caro leitor rondoniense, se transformou num incrédulo quanto às obras federais oriundas de emendas parlamentares. De vez em quando o governador Ivo Cassol lembra – alguns prefeitos se queixam também – que uma coisa é fazer emenda, outra é receber os recursos de emendas, e ainda ao final, é necessária uma rígida fiscalização para que esse dinheiro não vá para o ralo.

Através dos tempos foram muitas decepções. Quantas pontes já foram anunciadas e que sucumbiram pelo meio do caminho? Desde que cheguei a Rondônia, no longínquo 1980, ouço falar das pontes (Clique e leia reportagem do Gentedeopinião) sobre o rio madeira em Porto Velho e na altura do Abunã. E quantas vezes deputados federais e senadores brigaram encarniçadamente pela paternidade destas obras, que acabaram não vingando?

Uma das obras anunciadas por deputados e senadores da legislatura anterior que mais me desperta curiosidade é sobre a ponte sobre o braço do Rio Madeira, ligando a avenida Farquhar da Esplanada das Secretarias até o Bairro Nacional. O que aconteceu com os recursos destas emendas? A obra se transformou em macrodrenagem, aterro, e mesmo assim, acabou se transformando num vexame na administração municipal.

No recente relatório do Tribunal de Contas da União –TCU enviado ao Congresso Nacional, atualizando as informações sobre obras com irregularidades graves, quatro delas são do estado de Rondônia, que diga-se de passagem, embora um estado novo, mas com sua classe política já revelando uma certa tradição em maracutaias.

Por conta de irregularidades, o TCU recomenda a paralisação imediata de obras de infra-estrutura turística em Porto Velho, restauração e manutenção da BR 364 e a construção da BR-429, a partir do entroncamento da BR 364, entroncamento da RO-478 até a BR-429, que atinge a fronteira com a Bolívia. È coisa de louco.

Problemas é que não faltam para tocar obras na Amazônia. No caso da rodovia BR-319, já se fala que ela não será iniciada sem a criação de reservas ambientai, que é uma das exigências do Ministério do Meio Ambiente.

Prevista no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) a pavimentação da referida estrada tem gerado polêmica porque atravessa um trecho do Sul do Amazonas de floresta conservada. Os opositores da obra consideraram que a rodovia pode abrir uma frente de desmatamento na região, a exemplo do que aconteceu em outras partes da Amazônia.

Via Direta

*** Depois dos criminosos assaltarem nas proximidades de bancos, estão agora de butuca em pleno pátio do shopping de Porto Velho *** Aliás, a criminalidade no entorno daquele shopping cresceu assustadoramente neste final de ano *** Trocando de saco para mala: a capital terá em 2009, finalmente, um time competitivo para enfrenta as equipes do nosso pujante interior? ***  Será mais um ano de peia?

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com
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