Uma coluna sem papas na língua 30/07/09

 

Festa de filiações 

O Diretório Regional do PP prepara uma grande festa de filiações em agosto, numa demonstração de força do governador Ivo Cassol. Devem ingressar na legenda, lideranças dos mais diversos credos políticos, mas majoritariamente oriundas dos partidos da base aliada do governo estadual. Ivo, rumo ao Senado.

Repetindo estratégia

O governador repete a estratégia bem sucedida quando ingressou no PSDB e PPS. Nas duas oportunidades criou fatos novos e atraiu novas lideranças oxigenando a política regional. Caberá ao PP, orientar a formação de uma grande coalizão partidária para enfrentar o “inimigo”, ou seja, uma aliança PT/PMDB.

Demarcando território 

O leitor mais atento, já deve ter percebido: petistas e cassolistas estão demarcando território, em todos os quadrantes do estado, com acusações recíprocas, no objetivo de demonstrar a opinião pública que não existe acordo entre eles, e que mesmo sob o mesmo teto da presidenciável Dilma Roussef - pensam e agem de forma diferente.

Pacto da Trairagem 

Os signatários do “Pacto da Trairagem” negam qualquer possibilidade de acordo. O senador Valdir Raupp assegura que é candidato a reeleição, Expedito Júnior reafirma que é pré-candidato ao governo e Ivo Cassol não deu nem pelota as especulações sobre um acordo com o antigo adversário peemedebista. Nos bastidores, no entanto, se fala que os três têm conversado...

Alianças frankstênicas

Alianças frankstênicas em Rondônia, não tem sido novidade através dos tempos. Em Rolim de Moura, acordos entre Raupp, Cassol e Expedito, acabaram enterrando candidaturas de consenso entre os caciques à prefeitura local. Raupp ao governo, Cassol e Expedito ao Senado, no papel seria uma chapa poderosa. Mas nas urnas, como seria?

Queda de braço

Mesmo no recesso a queda de braço entre a oposição e os governistas (a bancada do PT já abandonou o barco...) continua gerando uma verdadeira crise política no Congresso Nacional. Na defesa do presidente do Senado José Sarney, Renan Calheiros comanda a topa de choque, na oposição os tucanos fustigam Sarney, sem dar trégua.

Todos contrataram...

Sarney faz o papel de vítima, como se fosse um bode expiatório dos maus feitos do Congresso. Ele acredita que se for punido, todos que já contrataram parentes e cometeram outros equívocos também deveriam caminhar sobre o patíbulo. Na verdade, se a coisa for levada a sério em termos de punição, restarão poucos senadores para legislar.

Saída honrosa

Nos bastidores, aliados da base aliada do presidente Lula estudavam ainda ontem uma saída honrosa para Sarney. Ele entraria em licença pra tratar da saúde da sua esposa, D. Marli, esperando acalmar os ânimos e o furor da imprensa - que tem criticado seu comportamento na casa de leis – pra então voltar ao cargo. Sarney não aceita renunciar.

Gastos adicionais

Recente estudo do Diesse, divulgado pela imprensa mostra que os governos estaduais gastam muito mais em anos de eleição. Na verdade, isso não é novidade para ninguém e ocorre também nas eleições municipais e presidenciais. Os políticos deixam o caixa reforçado para os anos eleitorais, gastando em obras que apareçam, visando se manter no poleiro

Falando nisso...

E por falar em obras em ano de eleição, o presidente Lula já prepara o PAC 2, para o ano que vem como forma de impulsionar a candidatura da sua ungida ao Palácio do Planalto Dilma Rosself. O novo plano vai ampliar o programa bolsa-família, obras estruturais e já esta dentro do planejamento do Planalto para 2010.

Do Cotidiano

O célebre biopirata

Cantado em prosa e verso – até mereceu canção dos Beatles –, sir Walter Raleigh foi certamente o maior herói inglês. Mas, para os amazônidas, não passaria de um biopirata a mais – o mais famoso deles, certamente, mas nem por isso menos pirata. 

Como tantos outros aventureiros e corsários, Raleigh também se sentiu atraído pela ampla divulgação da lenda do Eldorado, que se tornou objeto do desejo em uma Europa ávida pela conquista de novas fontes de riqueza. Portugal e Espanha haviam apontado o Novo Mundo como a nova cornucópia de maravilhas a explorar. 

Inevitavelmente não poderiam passar em brancas nuvens as notícias de que Eldorado era uma cidade com prédios de ouro maciço, ruas cravejadas de pedras preciosas e tesouros à flor da terra, bastando descer a mão e pegar. Desde 1524, quando os espanhóis começaram a dominar os Andes, a lenda se espalhou e muitos ávidos exploradores vieram para levar todas as riquezas que pudessem. A cidade de ouro ficaria nos arredores da nascente do rio Caroni, na Venezuela de hoje, mas toda a exploração ali realizada foi infrutífera. 

Por isso mesmo, os novos aventureiros, como sir Walter Raleigh, procuraram bater uma área mais ampla e não dar ponto sem nó: enquanto não encontravam Eldorado, iam recolhendo amostras de plantas e espécimes animais para investigar seu potencial econômico. Estava inaugurada oficialmente a biopirataria, a serviço de Sua Majestade. 

História aterrorizante – A história do célebre biopirata da Amazônia começa na localidade inglesa de East Budleigh, por volta de 1552 ou 1554, nascido em data incerta. Seria uma existência pontilhada de ousadia, pioneirismo e tragédia. Pois foi sir Walter quem fundou, na trágica ilha de Roanoke, entre 1584 e 1585, o primeiro núcleo de colonização inglesa na América. Esse núcleo de povoamento, entretanto, desapareceu misteriosamente. E motivou o intrigante filme Espíritos da Floresta (Matt Codd, 2007). 

A família Raleigh, protestante, foi severamente perseguida pelos áulicos da rainha católica Maria I de Inglaterra. Em uma de suas fugas desesperadas, o pai de Raleigh teve que se esconder numa torre para evitar ser morto. Por isso mesmo Walter se sentiu feliz quando a rainha protestante, Elizabeth I, subiu ao trono em 1558. E mais feliz ainda ficaria ao conquistar o coração – e os favores – da rainha. 

Mas não é a felicidade, e sim a tragédia, a marca principal daquele que foi um dos maiores biopiratas da Amazônia. 



Via Direta

*** Com fortes predadores no pedaço, os deputados estaduais suaram a camisa durante o recesso *** De Luizinho Goebel em Vilhena, a Jesualdo Pires em Ji-Paraná, a Alexandre Brito na capital, ninguém esta dormindo de touca *** Na verdade, a situação mais difícil é dos deputados na capital onde se prevê uma disputa muito acirrada***Montezuma Cruz está em Porto Velho visitando os amigos e velhos companheiros do jornalismo. 

Fonte: Carlos Sperança  /  www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br  / http://www.gentedeopiniao.com.br/energiameioambiente/   http://twitter.com/opiniaotv
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