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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 24/10


Uma coluna sem papas na língua 24/10 - Gente de OpiniãoBuscando socorro
Os prefeitos  rondonienses que se consideram “vitimas” do recenseamento do IBGE 2007 demonstram poucas esperanças de que a recontagem  da população em seus municípios sofra alterações substanciais para que haja melhorias no repasse do Fundo de Participação dos Municípios –FPM. Por isso, de pires na mão, já buscam socorro  de emendas de orçamento de deputados estaduais e federais

Arrumando tempo
Uma coluna sem papas na língua 24/10 - Gente de OpiniãoO prefeito de Cacaulândia Adelino Follador (DEM) além de administrar seu município com eficiência – é o melhor desempenho nos pequenos municípios – arruma tempo para tocar a campanha para conquistar a prefeitura de Ariquemes. Como se sabe, Follador transferiu seu título de eleitor recentemente para a capital a produção.

Ponta do Abunã
Depois de ter conversado na semana passada com o presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos e o governador Ivo Cassol, o líder comunitário Zé Gaúcho voltou a Ponta do Abunã mais otimista com a proposta de emancipação da região. “Estamos certos que corrigindo os equívocos do projeto ele vai andar para diante”, disse.

As diferenças
O projeto da criação do município de Tancredo Neves, unindo os distritos de Extrema. Nova Califórnia, Vista Alegre do Abunã e Fortaleza do Abunã tem quase 20 anos, As rivalidades tribais entre os distritos acerca de quem será a sede do novo município é um dos problemas a serem superados pelas lideranças do movimento emancipacionista.

Eleições municipais
Com um jantar de confraternização no final de semana o vereador David Chiquilito (PC do B) confirmou sua disposição de lutar pela conquista do Palácio Tancredo Neves, sede da Prefeitura de Porto Velho. O pré-candidato garante que a candidatura é prá valer e já adotou uma postura de oposicionista. Estou convencido que é prá valer.

Sem rompimento
Mas o PC do B lança uma candidatura própria e continua comendo nas mãos do prefeito petista Roberto Sobrinho, já que nenhum vermelhinho entregou seu cargo de confiança – são mais de uns 100 - na municipalidade. Eu pergunto: que espécie de oposição é esta do PC do B? Vou logo avisando: oposição dúbia não emplaca!

Oposição consentida
Como o PC do B lançou um nome a prefeito e o alcaide petista não chiou e nem pediu os cargos comissionados de volta, como é de praxe quando um parido da base aliado tem projeto próprio, o caro leitor, poderá deduzir que trata-se de uma oposição confiável, consentida, autorizada, escudeira, coleguinha.  Francamente, que espécie de rompimento político é esse?

Candidato do PP
O Partido Progressista-PP pode lançar o ex-vereador e ex-deputado estadual Elizeu da Silva para disputar a prefeitura de Porto Velho no ano que vem. O próprio Elizeu, mais sujo do que poleiro na cidade, confirma a disposição de entrar no páreo e acredita que tem boas chances. Porto Velho merece?

A queixa procede!
Um dos pré-candidatos a prefeito da base aliada do governador Ivo Cassol me ligou ontem confirmando que a todos que o governador recebe em sua casa ele está dando apoio para disputar a prefeitura de Porto Velho e ao mesmo tempo não está apoiando ninguém. “Parece que ele quer que o circo pegue fogo”, reclama. Ivo deve ser tataraneto do Nero...

Uma enxurrada
Uma coluna sem papas na língua 24/10 - Gente de OpiniãoCaso o atual prefeito de Ji-Paraná José Bianco desista de disputar a reeleição já está prevista uma enxurrada de candidatos para seu posto no Palácio Urupá, sede do governo municipal. “Ocorre que sem Bianco todo mundo é japonês”, argumentam os pretendentes, torcendo para que o veterano e catimbeiro Bianco pendure as chuteiras.

Do Cotidiano
Os povos da floresta
A história do Brasil tem sido a crônica de uma invasão. Aos cortadores de pau-brasil no litoral e aos bandeirantes apanhadores de índios na mata sucederam os colhedores de gemas e minérios preciosos, por sua vez secundados por desbravadores e colonos. Gente que não possuía nenhuma identidade com a terra ocupada, na qual apenas procuravam identificar aquilo que poderia dar dinheiro para embarcar as preciosidades achadas para Portugal.
O mesmo aconteceu com a Amazônia. Os projetos oficiais do reino português, do Império brasileiro e dos governos republicanos sempre trataram de convencer as pessoas às voltas com fronteiras agrícolas e econômicas esgotadas a ocupar a Amazônia para trazer até ela o desenvolvimento. O modelo econômico desenvolvimentista reclamava o aproveitamento das regiões inexploradas do Oeste e do Norte. Com isso, vários projetos de ocupação e exploração da Amazônia foram desencadeados e uma grande multidão, ao longo das décadas, deixou suas regiões (e países) de origem para se deslocar à Amazônia, para a qual traziam o “progresso” que conheciam – aproveitar o que estivesse ao alcance da mão e pudesse render o máximo.
Eram os novos povos da floresta, que iniciariam uma relação nem sempre amistosa com os antigos povos da floresta. Ao mesmo tempo, os povos originais foram dizimados e os novos povos cresceram em número. Com isso, chegou-se ao atual estágio, em que a maioria dos amazônidas não conhecem o próprio meio em que vivem e, por exclusão social, ignoram noções de sustentabilidade e como aproveitar as riquezas da floresta a seu favor sem danificá-la.
Um estudo feito pelo professor Alain Ruellan, diretor do Ministério da Agricultura da França e do Programa de Meio Ambiente do Centro Nacional de Pesquisa Científica de Paris, aponta para o fato de que mesmo sendo nativos da Amazônia, por sua origem “alienígena” ou submissão à ideologia do desenvolvimentismo, os novos povos amazônicos não conhecem a Amazônia.   
“Essas populações, no que toca às mais recentes”, afirma Ruellan, “não conhecem o meio amazônico. Nele se perderam e, em conseqüência, são levadas a fazer qualquer coisa para sobreviver. Resultado: elas destroem. É preciso ajudá-las a viver sem destruir”. O governo brasileiro, com o apoio das sociedades privadas nacionais e multinacionais, diz o cientista, “é culpado de explorar essas populações ao invés de ajudá-las e protegê-las”.

Via Direta
*** Em seminário, Ariquemes discutiu o meio-ambiente e o aquecimento global *** O tema também tem sido alvo de estudos em Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena *** As discussões em torno da história de Porto Velho ainda vão longe *** As divergências sobre a origem da cidade aumentam a cada dia *** E a fogueira de vaidades está crescendo com labaredas que impressionam...
Fonte: [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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