Sábado, 23 de fevereiro de 2008 - 07h26
A terceira via
O PSB começa a discutir sua política de alianças para as eleições municipais de outubro. Falei ontem com o presidente regional, deputado federal Mauro Nazif e ele informava ao colunista que a legenda já está organizada em 51 dos 52 municípios do estado. Sobre sua provável candidatura a prefeito em Porto Velho, nada declarou e nada mais lhe foi perguntado.
Catimbando o jogo
Nazif faz o jogo que lhe interessa: posterga a “decisão” de entrar na peleja porque não lhe é conveniente ficar batendo boca desde já com o prefeito Roberto Sobrinho (PT) e o deputado federal Lindomar Garçon (PV), outros dois fortes candidatos a duas vagas num provável segundo turno. Mesmo ficando quieto, as adesões se somam: nove deputados estaduais e várias legendas já estão se juntando para apoiá-lo.
Jogo de estratégia
No jogo de estratégia, o prefeito José Bianco de Ji-Paraná e Mauro Nazif em Porto Velho estão dando um show. Manipuladores e catimbeiros, ambos vão empurrando as definições com a barriga, contornando situações evitando as pressões para que definam logo suas chapas. Estão mais do que certos: temos bons exemplos por aí de que agir precipitadamente é uma roubada.
Defesa sanitária
Em Rondônia a saúde do rebanho bovino tem sido mais prioridade do que a da saúde humana. Aliás, o Idarom rondoniense tem demonstrado extrema competência em zelar por nossas vacas e bezerros, e, enfim, em termos de defesa sanitária, as esferas estadual e federal podem dormir tranqüilas. Quem dera a saúde pública tivesse gente tão competente e recebesse tantos recursos...
A casa vai cair...
Com o recadastramento dos imóveis rurais nos municípios de Porto Velho, Nova Mamoré e Machadinho do Oeste, o Incra finalmente vai perceber a grilagem e o desmatamento indiscriminado. Madeireiros saúvas, fazendeiros inescrupulosos, grileiros profissionais tem agido descaradamente nas últimas décadas provocando sérios prejuízos ao meio ambiente.
Grande desafio
Como conter o desmatamento em Rondônia, se o estado é comando por uma elite de madeireiros? Os políticos madeireiros usam de toda sua força para sabotar claramente a fiscalização do Ibama, e buscam favorecimento junto ao Incra para seus apaniguados. Só vou dar um exemplo: em União Bandeirantes tem sido abertas estradas em reservas federais com apoio político regional para dar acesso a novas invasões
Ibama acreano
Para se ter uma idéia da gravidade do problema do meio ambiente em Rondônia, para fiscalizar as barbaridades na Ponta do Abunã, o governo federal foi obrigado a repassar as funções para o Ibama acreano, já que a Superintendência de Rondônia é visivelmente sabotada nas suas ações para conter um desmatamento, sem proporções que também atinge a região de Jacinópolis.
Efeitos no verão
As mentiras dos políticos – de que o desmatamento caiu em Rondônia , vão ficar bem evidenciadas no verão, quando as grossas camadas de fumaça das queimadas abraçarem Porto Velho, Nova Mamoré e a Ponta do Abunã, com milhares de crianças e velhinhos nos hospitais vitimas de doenças respiratórias, com aeroporto fechado, com a navegação no Rio Madeira interrompida.
Próximas gerações
Penso que os bons políticos são aqueles que pensam nas novas gerações. Será que esses políticos que favorecem as invasões, a grilagem e as queimadas não lembram que tem filhos? Netos? Avós? Não refletem sobre o legado – de poluição da flora e dos prejuízos a fauna – que estão deixando para as próximas gerações?
Do Cotidiano
Ameaça na Amazônia
Criaturas terríveis invadem comunidades amazônicas e atormentam os moradores. Estrangeiros? Alienígenas? Seria possível imaginar que fosse o cenário de um disaster-movie, um filme de catástrofes, tão comum nos cinemas e locadoras. Nessas películas, quando os vilões não são fenômenos climáticos, incêndios ou terrorismo, são monstros, insetos exagerados, aves e animais contaminados. No entanto, a diversidade amazônica é tão ampla que não é preciso nenhum diretor de cinema exagerar absolutamente nada para que o desastre e as cenas cinematográficas aconteçam.
Foi o que perceberam os moradores de Novo Aripuanã, no vizinho Amazonas, a 220 quilômetros de Manaus, cuja vida foi sensivelmente alterada por contra de uma progressiva invasão de formigas carnívoras que no início causavam incômodo, mas aos poucos passaram a semear a confusão na cidade, a exemplo de três outros municípios do estado que tiveram experiências semelhantes, Eurinepé, Envira e Novo Airão.
Os quintais que eram utilizados para roças foram praticamente abandonados. Grilos, lagartos e ratos são rapidamente devorados pelas comensais famintas. Até ficar á sombra de uma árvore passou a representar risco para a população. Tudo que é vivo e possa servir de cardápio para as formigas corre o risco de sofrer ataque.
Elas, no entanto, não são invasoras desconhecidas nem se trata de qualquer mutação excepcional causada por algum desequilibro químico. As formigas pertencem á espécie Solenopsis Saevissima, chamadas popularmente como formigas do fogo ou lavapés.
Consta que a primeira colônia chegou em toras de madeira que desceram das cabeceiras dos rios. Os ninhos se espalharam rapidamente e o perigo passou a ser notado quando animais domésticos – cães, gatos e galinhas –sofreram ataques nos quintais e anunciaram sua presença à comunidade. Sem o menor temor, elas também atacam seres humanos, mordendo-os pelos pés.
Nativas da região a proliferação dos insetos é favorecida pelo lixo urbano já que se trata de uma espécie de formiga que aproveita todo o tipo de material orgânico. Restos de peixes, ossos, carne em geral são consumidas po essas formigas.
Não demora para que as danadas cheguem a Porto Velho, já que chegam através de toras de madeira, que é o que mais vemos boiar nas barrentas águas do Rio madeira nesta época do ano...
Via Direta
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