Uma coluna sem papas na língua 22/11/08

Maus presságios

A cassação do governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB) – pelos mesmos motivos que Cassol – é um péssimo indicativo para o desfecho do processo contra o atual mandatário rondoniense no Tribunal Superior Eleitoral- TSE. Até o arrazoado para procrastinar o processo – o vice governador que não tinha sido ouvido – foi o mesmo.

ARON cobiçada

As eleições para a renovação dos quadros da Associação Rondoniense de Municípios -ARON, marcada para 18 de dezembro já tem um candidato em campanha: o deputado estadual Alex Textoni, eleito prefeito de Ouro Preto do Oeste. Textoni busca um bom trampolim para galgar ao Senado ou ao governo em 2010.

As comemorações

O pujante município de Ji-Paraná festeja hoje mais um aniversário de emancipação política e administrativa. De Valter Bártolo, nos tempos de Vila Rondônia a Assis Canuto nos tempos de Teixeirão a José Bianco, atual prefeito, muita água rolou sob a ponte – hoje em duplicação – do Rio Machado. Que sejas eterna Jipa, nossa amada capital da BR.

Estadão festeja

O jornal Estadão do Norte comemora hoje, 22 de novembro, seu 28º aniversário de fundação. Tive a honra de participar deste projeto ao final de 1980. Minhas congratulações aos jornalistas, ao corpo de funcionários e a direção do matutino, por mais um ano de vida, agora sob a direção do advogado e jornalista Mauricio Calixto.

Ele tá decepcionado...

Com menos de dois anos de mandato, o deputado estadual Wilber da Astir se diz decepcionado com a política e cogita nem disputar a reeleição em 2010. Mas já, decepcionado, com que, cara-pálida? Talvez seja porque os associados da entidade que o elegeu  estejam mais decepcionados com sua atuação...

E nossos viadutos?

A senadora Fátima Cleide e o prefeito Roberto Sobrinho foram a Brasília tentar garantir a construção de seis viadutos em Porto Velho. Pelo que apurei na Esplanada dos Ministérios, se sobrar uns dois, já estaremos no lucro, pois as obras nas marginais da BR não dão nem indícios que teremos viadutos. Talvez umas passarelas...

A conspiração

Como já não bastasse tantos inimigos para dar combate em Rondônia, o governador Ivo Cassol enfrenta uma conspiração envolvendo o deputado estadual Miguel Sena (PV-Guajará Mirim) e seu irmão, César Cassol, que querem derrubar seu secretário da Saúde Milton Moreira, que mesmo com toda sua incompetência tem se mantido no cargo há vários anos.

Toda razão

 O interessante da coisa é que os insurretos têm toda razão nesta peleja contra a pasta de Saúde: O gerenciamento do setor vai mal em Rondônia e, esta área governamental tem sido o maior calcanhar de Aquiles para atual gestão. O atual secretário está mais sujo do que poleiro e, sua substituição é aguardada pela opinião pública em geral.

As alagações

O inverno amazônico chegou a sua plenitude mostrando que as cidades rondonienses – inclusive a capital – carecem de muita infra-estrutura para combater as suas alagações. Porto Velho se transformou quinta-feira num verdadeiro igapó. O prefeito Roberto Sobrinho vai ter muito que trabalhar nesta área nos próximos anos.

Do Cotidiano

Crescentes tensões

A renhida luta pela democracia nos países sul-americanos egressos de ditaduras militares, nos quais há conflitos entre as elites e os setores populares organizados em movimentos pela posse da terra, proteção do meio ambiente e defesa dos recursos nacionais, está produzindo crescentes tensões na América do Sul. Além disso, a militarização da Venezuela e a reativação da temível Quarta Frota dos EUA obrigam o Brasil a inevitavelmente vigiar mais suas fronteiras e de forma especial o espaço aéreo.

Os cientistas fazem parte do esforço de dotar o Brasil de melhores recursos para exercer essa vigilância tão necessária. Pesquisadores da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (Feec) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são os responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico da antena que compõe um radar, fabricado pela empresa nacional Orbisat, com sede em Manaus.

Batizado de “Saber M-60”, sigla de Sistema de Acompanhamento de Alvos Aéreos por Emissão de Radiofreqüência, trata-se de um radar de pequenas dimensões utilizado para o monitoramento do espaço aéreo em baixas altitudes. A partir de um sistema de emissão de radiofreqüência, o equipamento identifica qualquer aeronave que se encontre em um raio de 60 quilômetros ou sobrevoe a antena em uma altura de até 5 mil metros. Por meio de um software também desenvolvido em parceria por pesquisadores da Unicamp, da Orbisat e do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), o radar rastreia e fornece, em tempo real, a localização exata de até 40 alvos aéreos simultaneamente. Suas funções são semelhantes às de um radar de grande porte usado em aeroportos.

O software identifica as aeronaves observadas e define características como grau de ameaça, no caso de vôos clandestinos, facilitando a tomada de decisão do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra) da Força Aérea Brasileira (FAB). Os testes com o primeiro protótipo do radar, que é relativamente leve e pode ser transportado para qualquer ponto do País, foram realizados durante os Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, onde ele auxiliou no monitoramento da chegada de competidores e chefes de Estado.

O valor de mercado do Saber M-60 é de cerca de R$ 3 milhões, custo que, segundo estimativa dos pesquisadores, equivale a aproximadamente 70% do valor de um equipamento similar importado. O grupo se dedica agora ao desenvolvimento de uma antena com dimensões maiores, que será utilizada por outros modelos de radares. Terão 200 quilômetros de alcance e altitude de mais de 10 mil metros, a ser utilizados em sistemas de defesa antiaérea como, por exemplo, para a defesa de instalações estratégicas em centrais de energia, instalações militares, refinarias ou instituições governamentais.

Via Direta

***Depois de ganhar proporções nas cidades, à criminalidade também se alastra nas localidades do interior do estado *** Vivemos uma crise na área de segurança pública em Rondônia *** A crise vem chegando de mansinho em Porto Velho com a redução de várias atividades econômicas *** E se acreditava que ela – a crise – só chegaria por aqui depois do Natal...