Uma coluna sem papas na língua 22/08/09

 

Encontros regionais 

As agremiações políticas começam a desencadear a discussão do processo de alianças. O PMDB, se reuniu ontem em Porto Velho, na biblioteca Francisco Meireles. Hoje é a vez do PSB realizar encontro estadual em Ji-Paraná. Na próxima semana, dia 28, será a vez do renascido PP, numa verdadeira festa de filiações de todo o estado.

Só atrapalha

Aproveitando o sobrenome do irmão, Confúcio Moura, pré-candidato ao governo do estado do PMDB, o ex-deputado federal Nobel Moura esta se lançando na disputa de uma vaga ao Senado pelo PHS. Ao invés de ajudar o irmão na escalada do palácio Presidente Vargas, Nobel acabará atrapalhando, em vista de ocorrências quase recentes na sua trajetória em Rondônia.

Prazo de filiações

Com o prazo de filiações se encerrando em outubro, para quem vai disputar cargos eletivos em 2010, Rondônia vive uma época de transição, de acomodações partidárias. Sendo assim, os políticos fazem suas contas para ver em que legendas terão melhores condições para se eleger. Odacir pulou para o PSL, Silvana está com um pé no PSDB, Leudo caminha para o PDT, etc.

Contagem regressiva

O governador Ivo Cassol caminha no patíbulo, já na contagem regressiva, para sua cassação. No ambiente governista a base aliada já se prepara para o pior e o próprio Ivo, grande estrategista, trabalha nesta possibilidade indicando os rumos a serem tomados pelas siglas alinhadas para o pleito de 2010, reforçando as paliçadas situacionistas.

Apoio generalizado

Na minha pesquisa de campo, o que constatei, é que pouca gente quer que Ivo Cassol deixe o cargo. O empresariado, porque pensa no próprio umbigo, ou seja, nos negócios com o governo estadual; na classe política, porque até os rivais acham, que é melhor que ele permaneça, já que não vai disputar a reeleição e assumindo um outro (Expedito?) acabará criando asas com a máquina pública na mão.

Respaldo popular

Além dos ingredientes citados acima, Ivo detém forte respaldo popular para permanecer no Palácio Presidente Vargas. Embora sua popularidade não seja tão grande em Porto Velho e Rolim de Moura, na disputa de uma hipotética reeleição, Ivo voltaria a infringir – aquilo que ele chama de peia – uma grande derrota na oposição, ganhando de Nazaré, na zona ribeirinha de Porto Velho, aos campos de soja de Vilhena.

Pela cassação

Pessoalmente eu sou contrário a esta cassação. Não pela compra de votos. Pela compra de votos, quem esteve envolvido já está punido, que é o senador Expedito Júnior, cassado que vai entregar o cargo nos próximos dias. Entendo, que sendo cassado, Ivo receba a penalidade, por outro motivo: pelo envolvimento da segurança pública do estado para forçar testemunhas a descaracterizar a compra de votos. Ao tentar salvar Expedito, Ivo se afundou.

Novas regras

Conforme matéria que tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania projeto do senador Tasso Jereissati (PSB-CE) propondo a realização de novas eleições no caso de cassação de mandato do presidente de Republica, governador e prefeito. Tem tudo a ver com as cassações em série que tem ocorrido nos últimos meses.

Não vale

É claro, que sendo aprovado, o projeto da lavra do senador Tasso Jereissati, só vai valer para os próximos eleitos, não significando nada a respeito do caso de uma eventual cassação do governador Ivo Cassol nestas bandas rondonienses. Aqui, o que se espera é que a Assembléia Legislativa eleja o substituto do governador Cassol e a disputa já corre nos bastidores.

Do Cotidiano

Linha de financiamentos

Com um grupo de trabalho criado especialmente pára tratar de uma política pública pra a navegação fluvial na Amazônia, o Congresso Nacional começa acordar para um dos grandes problemas da região norte. Com embarcações antigas e deficientes, sucessivos naufrágios têm causado grandes tragédias pelos rios Madeira, Negro, Amazonas, Tapajós e Solimões.
Já, nos primeiros encontros realizados em Brasília, os congressistas se reuniram para debater uma linha especial de financiamento com recursos do Fundo da Marinha Mercante. A deputada Janete Capiberibe, autora da proposta da criação do grupo de estudos explicou que dois aspectos serão trartados para aperfeiçoar a navegação na Amazônia. O primeiro deles é facilitar o acesso dos pequenos e médios armadores ao financiamento. A segunda será aumentar a capacitação dos construtores, instituindo cursos de aprimoramento tecnológico aliado ao saber tradicional.
Na verdade, o grande objetivo da linha de financiamento a ser criada é financiar a renovação da frota de embarcações, visando mais segurança para a navegação. Atualmente, estes armadores não acessam os recursos do Fundo da Marinha Mercante porque não atendem as exigências dos agentes financeiros e porque os bancos a consideram pouco lucrativa, e por isso se recusam a operá-la. Algumas instituições chegam a dizer que nem sabem da sua existência, apesar do fundo ter arrecado R$ 2,3 bilhões no ano passado. E nenhum centavo deste montante foi investido na Amazônia, extremamente dependente do transporte fluvial.
Para os parlamentares integrantes do grupo de trabalho, a nova linha de crédito deverá atrair os bancos e os tomadores de crédito, podendo ser as empresas, cooperativas e associações de armadores.
O projeto de lei que vai institui a nova linha de crédito com recursos do fundo da marinha mercante esta sendo elaborado pelo Grupo de Trabalho, mas vai precisar ser aprovado pela Câmara dos Deputados e Senado. Representantes do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia, também devem ingressar no movimento para propor ações de capacitação e formação técnica de construtores e operadores navais. Também participam das reuniões representantes do Ministério dos Transportes, a Marinha e a Comissão da Amazônia na Câmara dos Deputados. 

Via Direta 

*** O articulista Anízio Gorayeb conta a história da prostituição em Rondônia no site gentedeopiniao *** No artigo “Damas da Noite”, ele narra como o lenocínio funcionava nos anos 70 *** O desafio da União é regularizar 300 mil posses em 67,5 milhões de hectares na Amazônia em 436 municípios brasileiros. 

Fonte: Carlos Sperança - [email protected] 
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