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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 21/03/09


 

Crise aguda

Em vista da forte crise que atinge os frigoríficos no país, o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES já estuda medidas para auxiliar o setor, através de linhas de crédito para capital de giro. Somente na região Centro-Oeste e Rondônia mais de 20 frigoríficos foram fechados causando graves prejuízos e desemprego.

Os investimentos

Por conta dos reflexos da crise, alguns frigoríficos que estavam planejando se instalar no estado de Rondônia, que, diga-se de passagem, tem um mercado promissor, podem rever seus projetos. E aqueles em funcionamento se ressentem do cenário econômico atual e em vista das quedas nas exportações de carne e seus derivados.

Buscando o consenso

Ainda sob ameaça de uma invasão cassolista, o PSDB rondoniense busca um nome forte, de respaldo político regional e de consenso para ter a missão de comandar a campanha do presidenciável José Serra no estado. O próprio presidente regional Hamilton Casara – prestigiado pelo comando nacional – tratará de garimpar esta liderança.

Reflexos em Rondônia

O corte de R$ 21,6 bilhões no orçamento da União inevitavelmente trará conseqüências no plano de obras do governo, embora se afirme que os projetos do PAC não terão solução de continuidade. Deputados e senadores da bancada federal acreditam que apenas as emendas coletivas de bancadas serão sacrificadas.

No municipalismo

Com o previsível corte de recursos nas emendas de deputados e senadores – cada um tem direito a R$ 10 milhões – os municípios serão os principais prejudicados. A maior parte destas verbas alocadas pelos parlamentares rondonienses era destinada aos municípios. Muitas obras projetadas irão para o espaço, muitos prefeitos vão passar por mentirosos.

Coisa de louco!

Como não bastasse a brusca queda no rateio do Fundo de Participação dos Municípios –FPM, eis que agora as cidades também serão penalizadas com reduções nos recursos oriundos das verbas de emendas parlamentares. Municípios como Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena, melhor articulados na captação destes recursos serão os mais prejudicados no estado.

Só boatos

O PT desmente qualquer informação dando conta que a senadora Fátima Cleide tenha iniciado entendimentos para formar um futuro secretariado, tendo em vista projeções sobre a cassação do governador Ivo Cassol. O dirigente Davi Nogueira explica que todo planejamento da senadora é direcionado a campanha ao governo em 2010.

Acompanhamento

Segundo o dirigente petista o partido acompanha com atenção o processo de cassação do atual mandarim rondoniense, já que é o principal interessado, no entanto jamais cogitou abrir entendimentos para firmar um corpo de secretariado, já que não houve a definição sobre a degola do atual governo. “O que ocorreu foram boatos e especulações”, resumiu.

Panorama nublado

O panorama sucessório estadual esta cada vez mais nublado em Rondônia. Não bastassem as pendengas judiciais que envolvem Ivo Cassol, Expedito Junior, Valdir Raupp, e tantas outras lideranças regionais, agora também o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, considerado um nome de ponta para a disputa ao governo, também se vê impedido de entrar na peleja 2010, por causa da rejeição de suas contas de campanha.

 


Do Cotidiano

Um ano pro

Municípios –FPM devem refletir em contingenciamentos de projetos no estado e nas municipalidades.

Para alcançar a qualidade de vida almejada na capital, serão necessários investimentos maciços em obras de infra-estrutura, desde a canalização de igarapés, a construção de uma rede de esgoto, a ampliação do sistema de abastecimento de água, encaminhar soluções para os problemas de um trânsito que se releva a cada dia mais infernal. Até as demandas sociais como saúde, educação, moradia e transportes coletivos. Cortes no orçamento poderão comprometer projetos importantes.

Objeto de um novo fluxo migratório, a capital rondoniense com seus 400 mil habitantes deve ultrapassar os 500 mil nos próximos dois anos. Acompanhar esse ritmo de crescimento não será fácil, já que a cidade ainda padece de equipamentos missor?

Ao meio de uma crise global, o ano 2009 promete ser promissor para Porto Velho e Rondônia.  No entanto, mesmo com os reforços de caixa do Plano de Aceleração de Desenvolvimento –PAC, o município de Porto Velho terá grandes desafios para serem enfrentados nesta gestão até o final desta década, mesmo porque a queda acentuada dos recursos do Fundo de Participação dos Estados-FPE e Fundo de Participação dos urbanos, além da pavimentação que falta atingir dezenas de bairros.

Ao meio de grandes obras já projetadas como a nova rodoviária e a implantação do terminal de transportes fluvial no porto do Cai N´Água, os portovelhenses penam com a falta de um sistema de drenagem eficiente. Durante o inverno amazônico boa parte da cidade se transforma num monumental igapó, exigindo da municipalidade um projeto de combate às alagações.

Por falta de planejamento municipal, pelas invasões de áreas ao longo da década de 80, a capital rondoniense teve uma ocupação desordenada. Por ser uma região baixa e alagadiça, a Zona Leste, não seria indicada para o programa de expansão, já que demandaria mais recursos do erário municipal no tocante a infra-estrutura, mas foi o que acabou ocorrendo, na administração José Guedes, com a farta distribuição de terrenos – uma verdadeira reforma urbana – aos milhares para os chamados sem-teto.

Enquanto o atual Plano Diretor procura corrigir as distorções do passado, o que se busca agora é o adensamento da cidade, com grandes clareiras abertas a especulação imobiliária. Numa cidade onde o Plano Diretor e o próprio Código de Posturas têm sido desrespeitados ao longo dos anos e, onde se joga até carcaças de geladeiras nos igarapés, bem que a mudança de atitude poderia começar com uma campanha de conscientização e cidadania.

 

Via Direta

*** Vem aí mais escândalo atingindo a classe política em Rondônia, o caso das propinas *** Os moradores do Distrito de São Carlos estão mobilizados na busca de soluções para saúde e educação *** Médico é só uma vez por semana e  nas escolas o segundo grau não chegou àquela localidade ribeirinha Trocando de saco para mala: tem mais delação “premiada” chegando á Brasília *** Vamos ter choro e ranger de dentes no pedaço...

Fonte - Carlos Sperança - www.gentedeopiniao.com.br
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* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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