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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 21/02/09


  

Postura firme

O presidente regional do PPS, deputado federal Moreira Mendes afirma que o bloco formado pelo PSDB/DEM/PPS terá uma postura firme de oposição ao governo federal. Em Rondônia, a coalizão se forma como uma alternativa para a sucessão estadual com quadros em condições de disputar as eleições em todos os níveis.

Pujança rondoniense

Vivendo um momento de pujança no agronegócio, começam a pipocar pelo estado de Rondônia nova e imponentes sedes de prefeituras. Os maiores projetos, já em desenvolvimento, ocorreram nos municípios de Ariquemes e Cacoal, com as obras mais adiantadas.

Paços municipais

No entanto, municípios menores como Itapoã do Oeste e Teixeirópolis já comemoram novos paços municipais iniciados nas administrações anteriores. Na capital o prefeito Roberto Sobrinho já se movimenta para a construção de um moderno centro administrativo.

Na espreita

Tendo como carta na manga para negociar com o comando nacional do PSDB um governador, um senador, um deputado federal e quase vinte deputados estaduais, os cassolistas vão tentar uma última cartada em março para tomar a legenda tucana em Rondônia. Se conseguirem a façanha, matam o surgimento da terceira via no estado no ninho.

Audiência pública

O deputado estadual Neri Firigolo (PT-RO) anuncia audiência pública para debater os impactos regionais provocados pelas usinas do Rio Madeira em 4 de março. O parlamentar pretende com isso garantir ações preventivas, ou até mesmo planejar medidas que venham a sr adotadas posteriormente aos problema c criados por estas obras.

Comissões no Senado

Apenas depois do carnaval serão retomadas as negociações para o preenchimento das presidências das 11 comissões técnicas do Senado. Foi o que anunciou o líder do governo no Senado Romero Jucá (PMDB-RR), explicando que o Senado vai seguir o ritmo da Câmara dos Deputados, que igualmente só vai tratar do assunto depois das Folias de Momo.

Bloco governista

Sem espaço para crescer na oposição, comenta-se nos bastidores, que o deputado federal Mauro Nazif (levando o PSB junto) já esta integrado ao bloco de sustentação as candidaturas governistas em Rondônia para 2010, que terá Ivo Cassol disputando uma vaga ao Senado. Na Câmara Federal, Ivo perdeu Moreira Mendes (PPS), mas ganhou Nazif (PSB).

Alianças frias

Depois de Amir Lando, estou para ver político para entrar em alianças frias como Mauro Nazif. Ao se aliar com um arquirival, o ex-prefeito Carlinhos Camurça, travou uma carreira brilhante perdendo eleições seguidas. Não satisfeito, com alianças mal-feitas aceitou disputar a prefeitura da capital de última hora com apoio (disfarçado) do governador Cassol, tubulando gloriosamente.

Sem transferência

Quando será possível os políticos entenderem que o governador não transfere votos? Nem para o irmão Cesar, tampouco para o pai Reditário ele conseguiu. Muito menos para seus candidatos a prefeito na sua própria cidade, que é Rolim de Moura (perdeu em 2004 e 2009), em Porto Velho quem apoiou perdeu em 2004 com Everton e 2008 apostando em Garçon e Nazif. Já, quando se trata dele próprio, é o nosso grande e imbatível campeão de votos. Como explicar tudo isso?


Do Cotidiano

Algibeira insondável

Se existe algo absolutamente óbvio no que se refere aos orçamentos no Brasil é que eles são vizinhos muito próximos da ficção. Raymundo Faoro (1925–2003) dizia que “o orçamento é uma algibeira insondável, que se enche e esvazia por meio de canais que a lei desconhece”. No entanto, há leis para a elaboração do orçamento e elas vão sendo cumpridas naquele jogo entre a ginga e a invenção, mais afeito ao futebol que à rigidez dos números.  

O orçamento da União para 2009 precisaria ser elaborado tendo como base um dado fundamental: quanto o PIB vai crescer – pois todos queremos que cresça –, no ano que vem? Quando a proposta orçamentária começou a ser elaborada, no caldeirão do Ministério do Planejamento, trabalhava-se com a perspectiva de um avanço ao redor de 4% do PIB. Falou-se muito nesse número inteiro enquanto o discurso oficial se mantinha no diapasão distorcido de que a crise não iria afetar o Brasil. À medida que a ficha foi caindo, as previsões começaram a se reduzir e o facão passou a descer sobre as estimativas iniciais da engenharia orçamentária palaciana.

O passo imediato foi reduzir a expectativa para 3,5%, ainda assim um milagre do pensamento positivo patrício, o que levaria a um corte “básico” de R$ 10 bilhões em relação ao projeto enviado pelo Executivo ao Congresso. Aí chegamos a mais um mistério dessa complicada engenharia: se é que precisamos cortar, vamos cortar onde? 

Zorro diria para encolher o couro das tendas da tribo do índio Tonto, seu aliado de bancada, que retrucaria: “Reduza na ração do cavalo Silver, cara-pálida!” Esse tipo de desentendimento entre amigos também ocorre nos palácios. Quem admitiria cortar em áreas já precárias, como educação, saúde, programas sociais e, sobretudo, para o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que lida com a infra-estrutura?

A racionalidade leva a concluir que as tendas dos índios ficarão com o mesmo tamanho, talvez alguns centímetros a menos, e a ração do cavalo vai diminuir alguns gramas diários, mas o grosso do faconaço terá que ser no custeio. Certo que esse é o discurso oficial, mas é ululante, como diria Nélson Rodrigues sobre o óbvio, que se a crise realmente está pegando pesado, as obras também vão sofrer. Aí, quem tiver mais lobby e força política no Congresso vai chorar menos.

Logo de cara, já parecem condenados os projetos que tiveram baixa execução orçamentária em 2008, o que significa poucos Zorros e Tontos a defendê-los do ataque tribal inimigo. O que estiver dependendo de licenciamento ambiental e caiu em desgraça nas análises do Tribunal de Contas da União também já está com a desculpa definida para ser postergado. Finalmente definido o orçamento, como já foi. ele ainda sofrerá eventuais cortes, mas desta vez para escanhoar: a navalha passará de fininho, suave, evitando sangrar.

Via Direta

Uma coluna sem papas na língua 21/02/09 - Gente de Opinião*** O PSDB espera o resultado de uma consulta ao TSE para saber como realizar suas prévias em todo o pais ***O presidente nacional Sérgio Guerra acredita que a iniciativa vai fortalecer a agremiação *** O PMDB com tantas denuncias de corrupção no âmbito nacional tem sido uma péssima companhia para o PT *** Em Rondônia, por exemplo, Raupp segue ameaçado de cassação...  

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br 
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