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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua


Política de alianças

No próximo sábado, dia 4, o PDT prossegue sua agenda de encontros estaduais, com fórum do partido em Cacoal, na região do café. Os pedetistas tem força na região: o atual presidente regional Acir Gurgacz foi o candidato mais votado  ao Senado no pleito passado e o partido acredita que tem boas chances na sucessão da atual prefeita Sueli Aragão (PMDB).

O avanço do PDT

O ex-prefeito de Ji-Paraná Acir Gurgacz aproveitará o encontro em Cacoal para agradecer o valioso apoio recebido das lideranças políticas e de toda população local. Gurgacz também vai enfatizar as ações da agremiação no tocante a formação de novos quadros partidários, através do Instituto  de estudos de  Políticas Sociais Alberto Pasqualini e da Universidade Leonel Brizola.

Em pé-de-guerra

Como peles-vermelhas enfurecidos, os historiadores locais estão gritando com o descaso contra o nosso patrimônio histórico de Rondônia, além da falta de uma programação comemorativa ao Centenário de Marechal Rondon. Com toda razão. Nem o governo estadual, tampouco a prefeitura estão tratando com seriedade essas questões históricas-culturais.

Cultura e turismo

Eu fico me perguntando porque o governador Ivo Cassol e o prefeito Roberto Sobrinho tem secretários para as áreas de cultura e turismo? No mínimo estes secretários deveriam apresentar um calendário prévio para que as autoridades sobre questões relevantes como a Missão Rondon. Igualmente os responsáveis pelo patrimônio histórico deveriam se manifestar sobre as questões atinentes a preservação.

Audiência pública

A Assembléia Legislativa se prepara para debater um problema polêmico, em audiência pública, no próximo dia 14 de junho: a efervescente questão agrária. Como se sabe, temos  grandes invasões nas áreas indígenas e biológicas, além de conflitos entre posseiros, sem terra-fazendeiros, latifundiários, madeireiros etc.

Grande iniciativa

Buscar soluções para o conflito fundiário no estado é uma das melhores iniciativas da Assembléia Legislativa nesta temporada depois de alguns equívocos cometidos pela sua atual Mesa Diretora que continua mal articulada com seus próprios funcionários, com a imprensa e a opinião pública. O tema, pela sua importância, merece até mais do que uma audiência.

Passar a limpo

Precisamos, de fato, passar a limpo nossos graves problemas agrários, disputas estas que tem acarretado dezenas de conflitos sangrentos no estado de Rondônia desde os primórdios da nossa colonização. O presidente da Assembléia Neodi Carlos (PSDC-Machadinho) acertou na mosca em focar a questão agrária, mesmo porque lhe tem chegado em mãos até  denúncias de milícias armadas agindo na região de Jacinópolis.

O municipalismo

O municipalismo rondoniense está comemorando a volta da Proposta de Emenda a Constituição que eleva de 22,5 por cento para 23,5 por cento o repasse da União do Fundo de Participação dos Municípios –FPM. Para o presidente da AROM José Bianco, embora pareça pouco, a medida representa muito para os municípios brasileiros.

Uma novela

A PEC da elevação do FPM vem se arrastando no Congresso Nacional desde o mês de maio. Embora tenha o texto principal aprovado, muitos destaques para a votação em separado foram apresentados dificultando a tramitação da matéria. Foi preciso que  os partidos de sustentação ao governo se entendessem com a oposição para a coisa avançar.

Do Cotidiano

As margens da sustentabilidade

Estamos habituados, na Amazônia, a contemplar margens amplas, espaços a perder de vista, a grandiosidade encarnada como fauna e flora de imenso alcance, imenso potencial, imenso futuro. No entanto, há questões nas quais as margens repentinamente se estreitam: por que, por exemplo, a legislação de proteção à Amazônia é tão perfeita e a prática é tão imperfeita?

Ninguém no planeta poderá negar que a legislação ambiental brasileira, no que toca ao manejo sustentável das nossas florestas, é justa, adequada, democrática. Decorreu da superação de uma ditadura cuja megalomania estava conduzindo o país a um beco sem saída. Sobreveio ao cabo de mais de uma legislatura no Congresso Nacional, em meio aos debates mais intensos, calorosos e dignos das amplas margens dos nossos caudalosos rios. Mesmo assim, continuamos no olho do furacão: as obras necessárias são atrasadas muitas vezes por firulas técnicas, questiúnculas pseudo-políticas e o predomínio da força sobre a inteligência.

É a força do decreto, da iniciativa predatória, do crime organizado, em oposição à desorganização da sociedade, do Estado muitas vezes ausente em defesa da vida, da cidadania e da lei, apesar do gigantismo paquidérmico das máquinas oficiais, com o cidadão entregue à própria sorte. Evidencia-se o excesso de esperteza no campo da rapinagem, observa-se um povo ainda vitimado pela ignorância, com uma estrutura educacional atrasada, digna de todas as reprovações.

A Amazônia e seu povo multinacional e multirracial fazem por merecer uma educação qualificada não apenas nas luminosas capitais, mas também para descortinar e iluminar as amplas margens pelas quais as pessoas agem, vivem e se multiplicam. A sustentabilidade sofre com uma exploração florestal de apetite pantagruélico e insensato, a expansão da agricultura não obedece a padrões de sensibilidade e adaptação. De um lado, derrubadas irrefletidas, projetos egoístas, amplas margens para a ilegalidade, as invasões e o desrespeito às leis. De outro, margens estreitíssimas para o direito, a proteção, a projeção do amanhã.

Produzir apenas por um lustro, no máximo, e deixar para trás a terra arrasada seria como que repetir o feito demoníaco dos insensatos que atiraram napalm no Vietnã porque não iriam mais poder utilizar aquela terra. É uma espécie de matricídio, matar a nutriz dos próprios lucros, condenar-se ao lucro cessante. Pela rapina dos poderosos e por ignorância dos pobres espíritos, chega-se a uma limitada visão de curto prazo, imediatismo e a crença de que as amplas margens que a natureza nos proporcionou não sofrerão com as estreitas margens de nossa visão limitada, de curto alcance.

Via Direta

*** Ainda tem mais políticos rondonienses para cair na malha do caso Gautama *** Por isso temos ex-prefeitos com noites insones na terrinha de Rondon *** É só falar em Polícia Federal em Rondônia que os políticos tremem *** É que nossos corruptos tem medo, mas não tem vergonha!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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