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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 18/12/09




Bem na foto!

A capital rondoniense encerra o ano entrando no ranking das 10 cidades que mais criaram emprego no país. No décimo posto, Porto Velho, supera a metrópole amazônica Manaus, com quase 2 milhões de habitantes, que ficou no 17º lugar e cidades industrializadas como São Bernardo do Campo (SP) e Caxias do Sul (RS).

Olho vivo...

Não bastassem quase 2 mil foragidos perambulando pelas ruas de Porto Velho com mandados de prisão, a Vara de Execuções Penais deve liberar 80 presos beneficiados com o indulto de Natal neste final do ano. Geralmente boa parte deles aproveita a ocasião para fugir – não antes de assaltar alguém, arrombar a casa de alguém, ou até matar alguém.

Clima de insegurança

Com tantos pilantras na rua, o clima de insegurança neste final de ano aumenta, já que temos na capital de Rondônia um dos maiores índices de violência do Brasil. Lamentavelmente a coisa chegou num ponto que ir ao banco, num simples ato de pagar uma conta, já significa risco, já que a bandidagem tem olheiros instalados em quase todas agências.

Base aliada

O presidente Lula tem problemas na base aliada para emplacar a candidatura da ministra Dilma Roussef. Não bastassem, as dissidências existentes no PMDB que até lançou o nome do governador do Paraná Roberto Requião como candidato a Presidência, eis que o cearense Ciro Gomes (PSB) insiste na sua postulação ao Palácio do Planalto.

Projeto reeleição

O deputado federal Lindomar Garçon (PV-Porto Velho) confirmou ontem que seu projeto político para 2010 é a reeleição. Ele tem priorizado suas ações em Porto Velho e Candeias do Jamari, espichando seus redutos eleitorais para Itapoã do Oeste e parte do Vale do Jamari. “Mais uma vez o PV mostrará sua força”, assegura.

Convenção nacional

Por falar em Partido Verde, os verdinhos realizam convenção nacional neste sábado, dia 19, em São Paulo, com a presença da presidenciável Marina Silva e do deputado federal Fernando Gabeira, os expoentes da agremiação. O partido vai aprovar novos nomes para o Diretório Nacional e realizar um ato público em defesa do meio ambiente.

Balanço final

O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, encerra o ano com um dos melhores balanços municipalistas. Pagamento em dia do funcionalismo público e dos fornecedores, obras pipocando para todo o lado – e tantas outras previstas para o ano que vem – o grande sucesso no programa de regularização fundiária, além da canalização de igarapés, pavimentação dos bairros, etc.

Calcanhar de Aquiles

Mas como o próprio presidente Lula, o governador de Rondônia Ivo Cassol, o prefeito Roberto Sobrinho também tem seu calcanhar de Aquiles na sua administração: é o setor de saúde. É realmente um drama nacional, que deveria unir união, estado e municípios, mesmo porque, a dengue ameaça se espalhar por todo estado.

Comitê da Dengue

Depois der um discurso do deputado estadual Silvernani Santos (DEM-Jaru) denunciando a epidemia de dengue em Rondônia, finalmente a Secretaria de estado de Saúde criou um plano de emergência para enfrentar a crise. Trata-se de um Comitê de Enfrentamento da Dengue. É preciso também uma atuação em parceria com os municípios atingidos.

Vendendo o peixe

Creio que o PT poderia vender melhor seu peixe em Rondônia nas eleições de 2010, por ser o partido do presidente Lula. Mas quem esta fazendo isso é o senador Valdir Raupp com sua caravana de Viação e Transportes e o ex-senador Expedito Junior com a caravana da Transposição. O que sobra na capital em eficiência, falta no interior. 



Do Cotidiano

Uma fábrica de votos


Intensamente debatido, o programa Bolsa Família foi recomendado por um ideólogo do neoliberalismo, Albert Hirschman, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em sua posse. Programa Municipal experimental em Campinas, foi adotado pelo governo federal na forma do Bolsa Escola, depois transformado em Bolsa Família. Para o governo, é uma fábrica de votos. Para a oposição, um inimigo a combater. Mas enquanto a BF é amplamente discutida, amada e detestada, fica oculto um tema que não parece motivar o menor interesse dos governantes, parlamentares e juristas: o “Bolsa Imposto” – ou seja, a pesadíssima carga tributária brasileira, uma das piores do mundo, que incide mais sobre os pobres.
Os brasileiros com renda de até dois salários mínimos mensais precisaram trabalhar 197 dias no ano passado para pagar seus impostos. Quem recebeu mais de 30 salários mínimos também contribuiu forte, mas precisou de 106 dias para honrar os compromissos com tributos. No fim das contas, quase a metade do que os pobres pagaram.
No entanto, a propaganda que chega aos pobres é que eles estão sendo socorridos pelos governos. Jamais se dirá na TV ou em comícios que os políticos estão “garfando” dinheiro dos pobres e o entregando aos trens da alegria, às múltiplas atividades que enriquecem as empreiteiras, prestadores de serviços terceirizados à administração, mesmo que não se toque em corrupção, fraudes e mau uso do erário.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), organismo do governo federal, os 10% mais pobres do País gastam 33% do que recebem para pagar tributos, enquanto os mais ricos destinam 23% da renda. Com base na carga tributária de 2008, o estudo mostra que esse desequilíbrio histórico da economia vem aumentando e está longe de ser resolvido.
De 2004 para 2008, o comprometimento da renda com o pagamento de tributos dos brasileiros aumentou mais para os pobres, crescendo a distância que separa dos brasileiros mais ricos. No ano passado, estima o Ipea, as famílias com renda de até dois salários mínimos comprometeram 53,9% de tudo que ganharam com o pagamento de impostos. Em 2004, essas famílias gastavam 48,8%. Um salto de quase cinco pontos percentuais em apenas quatro anos Já para as famílias mais ricas, o peso dos tributos sobre a renda cresceu menos: subiu no período de 26,3% para 29%.
 

Via Direta

*** Virou e mexeu e acabou prevalecendo o bom senso na Assembléia Legislativa: a construção da nova sede não será emperrada *** Como todo ano, na temporada de chuvas, Porto Velho se transforma num grande igapó *** Este colunista começa seu recesso hoje e, volta em janeiro, num ano de eleições, quando o bicho pega. 

Fonte: Carlos Sperança - [email protected] 
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