Uma coluna sem papas na língua 18/12/08

As pesquisas

Dois institutos de pesquisas já estão em campo para auscultar as intenções de votos para o governo do estado e para as duas vagas ao Senado nas eleições de 2010. Uma das empresas também está sondando quem é a segunda opção ao Senado, candidato por candidato. Essa realmente é uma boa pergunta: quem é a segunda opção de Cassol como candidato a senador? Quem é a segunda opção de Valdir Raupp no seu projeto de reeleição?

Prudência e caldo...

Nas eleições de 2002 o segundo voto de quase todos os candidatos ao Senado acabou no cesto da então desconhecida professorinha Fátima Cleide (PT). Naquele pleito os favoritos eram Raupp (que se elegeu, mas perdeu para Fátima), Expedito Júnior e Eurípedes Miranda. Os favoritos para as duas vagas – Ivo e Rupp – para 2010 não querem ser surpreendidos. Por isso estão agindo cientificamente.

A representatividade

Aos poucos os pequenos municípios vão ganhando representatividade na Assembléia Legislativa. Depois de Ministro Andreazza (Maurão Carvalho), Neodi Carlos (Machadinho do Oeste), Montenegro (Jair Miotto), Cerejeiras (Ezequiel Neiva), vem aí Edson Martins (Urupá) e Lebrão (São Miguel do Guaporé).

Ganhando expressão

Por falar em pequenos municípios os últimos dois presidentes da Assembléia Legislativa são de municípios de pequeno porte: Carlão de Oliveira, que ainda tem domicílio eleitoral em Alta Floresta e Neodi Carlos, o atual mandatário, cujo domicílio é Machadinho do Oeste. O que está acontecendo com as lideranças dos municípios pólos?

Rinha de galo

A Casa Civil de Rondônia já se transformou numa rinha de galos entre possíveis candidatos a Câmara Federal em 2010. Ali, foram instalados, os galos Raposão e Sanguessuga, que volta e meia trocam bicadas.  Os confrontos, não são de hoje: o galo sanguessuga outrora já tinha surrado o rival a bicadas em outras pelejas. Pelo visto novamente o galo raposão vai precisar de tratador...

O arrependimento

Os comerciantes instalados na região central de Porto Velho estão arrependidos até os fios de cabelos por não terem acreditado no shopping center Porto Velho, instalado na avenida Rio Madeira. Enquanto o shopping vive lotado, nas lojas da avenida Sete de Setembro ainda eram constatadas queixas sobre as vendas na manhã de quarta-feira.

Trânsito caótico

Por conta da duplicação da ponte sobre o Rio Machado a população de Ji-Paraná tem penado um bocado. Agora vai sofrer muito mais, porque nos próximos quatro meses só terá meia pista funcionando. Com o final de ano o movimento na BR 364 aumentou e a vida dos motoristas se transformou num verdadeiro inferno.

Tráfico internacional

A Polícia Federal constata que o grande corredor hoje de tráfico de drogas internacional no Brasil hoje é o estado de Mato Grosso. Mas na Amazônia, Acre, Rondônia, Amazonas e até o Amapá – este pela via fluvial – tem sido grandes exportadores de cocaína para os grandes centros e outros países depois de receber o entorpecente dos países vizinhos.

Ano de turbulências

Como não poderia deixar de ser, tratando-se de Rondônia, 2008 foi mais um ano de turbulências políticas. Depois de uma eleição municipal, repleta de armações ilimitadas, de um senador e de um governador com os mandatos cassados e um verdadeiro confronto entre os poderes, o ano se acaba com um incêndio – já sob desconfiança na opinião pública de missa encomendada – no que restava da Esplanada das Secretarias É coisa de louco!

Do Cotidiano

Patinho feio vira cisne

Como na fábula, onde o patinho feio se transforma num belo cisne, o estado de Rondônia caminha célere para esta transformação. Não é à toa, que a auto-estima do rondoniense, começa a melhorar, Porto Velho e o estado num todo, estão dando verdadeiros galopes de desenvolvimento.

Mesmo com todas as turbulências políticas vivenciadas, o que se vê são indicativos favoráveis. O que éramos nas décadas passadas? Os campeões de desmatamento, da criminalidade, das queimadas, da malária e o maior quintal do narcotráfico do país. Aos poucos estes títulos indesejáveis foram transferidos para os vizinhos Mato Grosso, Amazonas, Pará, Acre e Amapá e agora, recentemente até a comenda de terra do pó, está se transferindo para os novos campeões, Mato Grosso e Acre.

Do final dos anos 90 para cá, Rondônia foi perdendo os títulos negativos – da malária, do desmatamento, da raiva, das queimadas – para os vizinhos. Mas num quesito, nosso estado não conseguia se desvencilhar: a fama de ser o quintal do narcotráfico do país. Até este titulo negativo estamos perdendo. Todos os indicativos já apontam o Acre como o novo grande exportador de pó na região, vizinho de países exportadores.  

Estamos em tempos de transformação. O rondoniense assistia Manaus se transformar numa metrópole, Rio Branco se consolidar no plano urbanístico e até Macapá dar um salto enorme em infra-estrutura. Enquanto isso, Porto Velho amargava o esgoto pululando nas ruas, a poeira, as praças caindo aos pedaços.

Vamos deixar as diferenças políticas de lado, embora elas sejam marcantes em Porto Velho. A cidade hoje é quase dividida entre petistas (e partidos acessórios) e cassolistas (com suas siglas satélites) e ambas facções trabalham bem administrativamente.

Se de um lado o governador toca o Distrito Industrial, o Centro Político e Administrativo e ligou a capital a zona ribeirinha via terrestre, o prefeito Roberto Sobrinho espalhou asfalto e tocou obras de infra-estrutura de vulto. Juntos, com auxilio da esfera federal, estão começando um ambicioso programa de implantação de saneamento básico, com o propósito de atender 100 por cento de abastecimento de água e  de esgoto ratado.

Paralelamente, o rondoniense assiste em Porto Velho ao espetáculo da construção das maiores do presidente Lula no país: as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, que depois de tantas disputas judiciais, acabaram se concretizando. Então? O patinho feio, mesmo com o soprar da crise, começa alçar vôo como um cisne...

 
Via Direta

*** Os últimos dias foram de tragédia em Porto Velho *** Incêndio na Esplanada das Secretarias, mortandade de peixes na cachoeira de Santo Antônio *** O inverno rigoroso tem afetado a malha de estradas vicinais rondonienses *** Em algumas regiões o acesso já está prejudicado *** A Assembléia Legislativa de Rondônia fecha no dia 19, mas volta às atividades se houver convocação extraordinária.

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com
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