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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 17/06/10


Petistas x tucanos

A briga pela adesão do PSB de Mauro Nazif e Jesualdo Pires, esquenta nos bastidores. Petistas e tucanos centram esforços para garantir um acordo antes da realização das convenções do final do mês. A peleja esta equilibrada: metade dos convencionais querem se aliar ao PSDB do pré-candidato ao governo Expedito Junior e outra metade deseja aderir à campanha do petista Eduardo Valverde. Façam as apostas.

 

Rivalidades tribais

O que emperra um acordo com os petistas são as rivalidades tribais da turma de Nazif já derrotado duas vezes pelo atual prefeito Roberto Sobrinho. Também tem o fato que cada vez que Mauro se alia com ex-adversários, como ocorreu com o ex-prefeito Carlinhos Camurça, acaba levando na cabeça. No entanto, a chapa de deputados federais dos petistas é bem mais palatável para Nazif – que quer disputar a reeleição – do que a nominata de federais da base aliada dos tucanos.

 

Vice de Confúcio

Também aumenta a disputa pela conquista da indicação de vice na chapa do peemedebista Confúcio Moura, pré-candidato do PMDB ao governo do estado. De um lado, o prefeito de Ariquemes Màrcio Raposo (DEM), trabalha pela indicação de um vice dos Democratas. De outro os irmãos deputados Natan e Marco Antonio Donadon pressionam para a indicação de Melki (PHS). O cacique Valdir Raupp deverá decidir sobre o impasse.

 

Faca no pescoço

A grande verdade é que Confúcio esta com a faca no pescoço. Se fechar com os Democratas – no caso o vice poderia ser o ex-deputado Silvernani Santos - perderá o apoio dos irmãos Donadons no Cone Sul. No caso de optar pelos Donadons (a marca do clã político é positiva no Cone Sul e negativa no restante do estado), pode descontentar o atual prefeito de Ariquemes. 

 

Entrou firme

Nas hostes governistas, o ex-governador Ivo Cassol, o grande coordenador da Frente Progressista conseguiu, enfim, colocar a casa em ordem. Ivo entrou firme na campanha de Cahulla e os primeiros resultados já estão aparecendo. El Bigodón, reduzido até agora ao meio rural, começa a se projetar nas cidades pólos. Mas nem de longe pode ser projetada uma vitória em primeiro turno, como Ivo sapecou recentemente na aldeia.

 

Agindo mineiramente

Visando evitar as confusões pré-eleitorais, o senador Acir Gurgacz, pré-candidato do PDT, que percorreu ontem a região central, age mineiramente e vai montando seu chapão de candidatos a Assembléia Legislativa e Câmara Federal, quietinho. Aliás, quem fala muito acaba dando bom dia a cavalo. Se comportando com prudência, Acir evita desgastes e vai alinhavando suas alianças com outras agremiações.

 

Na Vila da Balsa

A revolta da Vila da Balsa contra o DNITT, por causa das indenizações da área onde será construída a ponte sobre o Madeirão, é um tiro no pé nas pretensões políticas do ex-diretor geral do órgão Miguel de Souza (PR-Porto Velho). Todo o mote de campanha do ex-deputado federal é cima das obras das pontes, dos viadutos, anel viário etc. Seria interessante, para que não pague o pato, que  procure imediatamente uma solução pra o impasse.

 

Diploma de Jornalista

A Câmara dos Deputados voltou a discutir, ontem a proposta que restabelece a obrigatoriedade do curso superior para os profissionais da área. Desde a decisão no Supremo Tribunal Federal -STF, no ano passado, já 1,5 mil jornalistas obtiveram registros no país sem diploma. A situação preocupa a Federação Nacional dos Jornalistas –Fenaj. E já se vê uma retração na procura por alguns cursos de jornalismo pelos estados. Urge a correção de rumos.

 

 

Do Cotidiano

 A saga dos “infoproletários”

Em passado recente, a regra era estudar: “Quem estuda consegue melhores empregos”. Agora, a regra é a inclusão digital: “Para ganhar melhor tem que saber lidar com o computador”. No País do Futuro, como Stefan Zweig batizou o Brasil, nem isso chega a ser exatamente verdade, pois há uma casta de brasileiros que os especialistas estão qualificando de “infoproletários” em uma obra que está sacudindo os círculos do trabalho no País.

“Há um mito de que os melhores empregos do mundo estão nessas áreas, que, por terem alta demanda, ofereceriam grandes oportunidades e autonomia. Mas, quando fazemos uma análise científica, vemos que as condições concretas mostram um quadro muito diferente, marcado por uma profunda alienação do trabalho”, diz o professor Ricardo Antunes, responsável por reunir em uma só obra trabalhos de onze especialistas que apontam uma dura realidade para o trabalho no segmento da informática.

Antunes, do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), responde pela organização dessa obra ao lado de seu colega Ruy Braga, professor do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania da USP (Cenendic).

Século XIX − O setor informacional, que inclui amplos segmentos caracterizados pelo uso intensivo de novas tecnologias, como as telecomunicações e a informática, é considerado um dos mais dinâmicos e arrojados da economia contemporânea. No entanto, as condições de trabalho encontradas nessas áreas podem ser tão precárias como as dos operários do século 19, segundo os textos do livro Infoproletários – Degradação real do trabalho virtual (Editora Boitempo).

A obra traz ensaios baseados em pesquisas científicas sobre aspectos diversos do trabalho no setor informacional que compõe a nova morfologia do trabalho no Brasil. Vários dos autores tiveram apoio de Bolsas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para a realização dos estudos apresentados no livro.

“O livro é uma coletânea que procura recolher o que encontramos de mais qualificado na pesquisa científica feita hoje no Brasil sobre o que chamamos de proletariado do setor informacional. Além disso, traz duas contribuições de autores internacionais”, disse Antunes.

 

Via Direta

*** Com a migração começando a se estabilizar em Porto Velho, o poder público  já pode se planejar melhor pra atender as demandas sociais *** O combate às alagações, a saúde, o abastecimento de água são ainda calcanhares de Aquiles dos governantes na capital rondoniense *** É o fim da picada: o crack já chegou até as aldeias indígenas *** Uma verdadeira epidemia da droga por este Brasil afora, cada vez mais incontrolável.

Fonte: Carlos Sperança. 
 
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