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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 09/07/09




O congestionamento

Uma das regiões mais congestionadas na disputa pelas oito cadeiras da Câmaras dos Deputados no ano que vem é a polarizada por Ji-Paraná. Lá, demarcam território, como onças, nomes de peso no cenário regional como o deputado federal Anselmo de Jesus (PT) que vai disputar a reeleição, tendo pela frente nomes do porte de Carlos Magno, Joares Jardim, os ex-deputados Agnaldo Muniz e Nilton Capixaba.



Esturrando alto

Para se saber quem vai esturrar mais alto nas urnas lá pelas bandas da capital da BR, esta difícil, pois também o peemedebista Edvaldo Soares e o tucano Euclides Maciel, comunicadores populistas da região, devem entrar nesta peleja. O deputado federal Moreira Mendes (PPS) também começa a firmar bases na região.



Nominata completa

O PC do B anuncia nominata completa para as eleições do ano que vem, de deputado estadual a governador. Segundo seus dirigentes, o partido já tem quadros para tanto e a campanha de filiações programada para acontecer no próximo dia 18 em todo estado vai mostrar a força da legenda que teve um crescimento surpreendente no pleito passado na capital, mas que ainda não decolou no interior.



Os escalpelamentos

O presidente da República em exercício José Alencar assinou lei que torna obrigatório o uso de proteção no motor, eixo e partes moveis das embarcações com objetivo de reduzir os acidentes com escalpelamentos, quando o couro cabeludo, couro da testa, da boca e até das orelhas das vítimas são arrancados


Mais atingidos

Além dos estados do Amazonas e do Pará, onde o número de acidentes com escalpelamentos é enorme, segundo a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), também Santa Catarina responde por elevado numero de vitimas. Ela entende que a lei será importante para aumentar a segurança na navegação ribeirinha cujas vitimas acabam carregando seqüelas para sempre.



Regularização fundiária

Quando o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, cumprir as primeiras metas do seu programa de regularização fundiária na capital, com 25 mil escrituras entregues a população, vai ficar surpreso com as novas demandas: só nos últimos meses já temos pelo menos uma dúzia de invasões na periferia e muitas delas já com casas de alvenaria e carro na garagem...


Pau no governador

Em discurso contundente – ela esta com a língua afiada – a senadora Fátima Cleide (PT-RO) desceu a lenha no governador Ivo Cassol por causa do problema de segurança que se alastra de Nazaré, na zona ribeirinha de Porto Velho, à Migrantinópolis, na zona da mata rondoniense. A senadora lembrou que não tem desculpa, já que ele (Ivo) está há quase oito anos no poder e não resolveu a coisa.



As responsabilidades

Mais uma vez reitero que é preciso dividir as responsabilidades no que se refere a questão de segurança. União, estado e municípios precisam de um trabalho integrado para equacionar soluções em problemas cruciais como também da saúde, já em colapso. No caso da capital, tanto o presidente Lula como o prefeito Roberto Sobrinho também tem seu quinhão de culpas.


Onda de crescimento

Ontem rodei pelos bairros de Porto Velho e inclusive invasões, pude constatar uma situação crítica. Ivo e Sobrinho anunciaram saneamento básico pra 100 por cento da população de Porto velho, mas quando este trabalho estiver concluído, vão constatar que ainda faltarão milhares de famílias para serem atendidas por águia e esgoto. Não levaram em conta, entretanto, a explosão populacional.



Do Cotidiano

Um assunto indigesto

No início do capitalismo, ninguém queria trabalhar nas cidades. Os primeiros operários foram caçados nos campos e obrigados a trabalhar. Com a afirmação do novo sistema, as pessoas se acostumaram com o trabalho e passaram inclusive a procurá-lo, pois a lei sempre foi severa com os “vagabundos”, como eram considerados todos os que não queriam se submeter ao trabalho exaustivo. 

Hoje, o trabalho urbano é necessário até para não cair na miséria ou na inadimplência. O cidadão quer trabalhar e procura trabalho, concordando em se submeter a muitas horas-extras e até em dupla ou tripla jornada para se manter. No entanto, a intensificação do trabalho tem provocado doenças individuais, como a Dort-LER, e também coletivas. 

A Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) identificou as principais causas da intensificação do trabalho e suas consequências para os trabalhadores. Cobranças que se aproximam do assédio moral, metas extremamente puxadas, ritmo acelerado e pagamento por produção constituem algumas das práticas utilizadas pelos empregadores brasileiro, concluiu o seminário “O processo de intensificação do trabalho sob diferentes olhares”, realizado pela Fundacentro, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 

A principal conclusão desse estudo é que a intensificação do trabalho traz consequências para a saúde dos empregados e novas doenças são desenvolvidas no trabalho. Vão além das doenças individuais: sua origem se encontra na organização do trabalho. “Há sempre o controle do tempo e a cobrança por maior produção com menor custo” aponta Selma Venco, socióloga da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Elementos da organização industrial são utilizados também no setor de serviços”. 

O estudo assinala que o assunto é indigesto para as empresas e os sindicatos passam ao largo da questão, tentando manter os empregos frente à crise. Os estudos estão apenas começando, mas já sinalizam para uma evidência: trabalhar demais faz mal à saúde.
A questão está em se trabalhar um pouco menos não vai trazer novamente o conceito elizabetano de que pretender descansar é sinônimo de “vagabundagem”, pois as pessoas também já se acostumaram a trabalhar além da conta. Mas os workaholics são sérios candidatos a engrossar a clientela do SUS, das aposentadorias e da viuvez precoces. 


Via Direta

*** A PEC que aumenta o numero de vereadores já passou pela Comissão de Constituição e Justiça –CCJ *** Tem gente achando que assume ainda este ano uma vaguinha na Câmara de Porto Velho *** Senadores governistas e oposicionistas negociam a permanência de José Sarney na presidência do senado *** Na verdade nem tucanos, tampouco Democratas tem moral para atirar a primeira pedra... 

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br 
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* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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