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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 06/11/08


 

Com recurso

Logo que se confirmou à cassação, por unanimidade, do diploma do governador Ivo Cassol na noite de quarta-feira, o advogado Roberto Franco, da bancada de advogados do governador, anunciou que entraria com recurso imediatamente pata manter Cassol nas suas funções, ao mesmo tempo impedindo as eleições marcadas para 14 de dezembro.

Recursos protelatórios

Uma coluna sem papas na língua 06/11/08 - Gente de OpiniãoÉ utilizando essa estratégia - a de se socorrer em brechas jurídicas com recursos protelatórios - que o senador Expedito Junior se mantém no Senado há quase dois anos. A impunidade tem beneficiado claramente os infratores e as decisões da justiça acabam se tornando inócuas. Quantos políticos têm concluído seus mandatos usando das liminares e recursos?

Caverna do Ali Babá

Com tanta gente cassada, com tantos sanguessugas propineiros, mais secretário que saiu direto da cadeia depois de preso na Operação Dominó para a esfera estadual, a sede de governo num determinado estado (esse aí que vocês estão pensando...) da Amazônia se transformou numa verdadeira caverna do ali Babá.

Ainda no poleiro

Uma coluna sem papas na língua 06/11/08 - Gente de OpiniãoDiante de incursões dos inimigos, o presidente regional do PSDB Hamilton Casara tratou de reforçar suas paliçadas perante o Diretório Nacional para se manter no poleiro até 2010. Forças cassolistas insistem em tomar a agremiação goela abaixo em vista do favoritismo tucano para as eleições presidenciais daqui a dois anos.

Encontro das águas

Uma coluna sem papas na língua 06/11/08 - Gente de OpiniãoCom matéria especial sobre o turismo em Rondônia, assinada pelo jornalista Alexandre Badra, a revista Momento Brasil circula no final de semana, destacando o encontro das águas de Rondônia em Guajará-Mirim, unindo os rios Mamoré com Pakaás, entre outras atrações. Trata-se de cenários exuberantes, ainda pouco conhecido pelos próprios rondonienses.

Orçamento 2008

E, audiência pública marcada para hoje, por iniciativa do deputado Alex Textoni (PTN), a Assembléia Legislativa vai discutir o Orçamento da União. É aguardada a presença dos integrantes da bancada federal e de expressivo numero de prefeitos, mas o evento poderá ser até adiado em função dos desdobramentos da cassação do governador Ivo Cassol.

Com pires na mão

Uma coluna sem papas na língua 06/11/08 - Gente de OpiniãoCom o pires nas mãos os prefeitos rondonienses acorreram às Brasília para mendigar uns trocados das emendas do orçamento junto ao líder do PMDB no Senado Valdir Raupp. Durante a reunião em Brasília com os alcaides, Raupp recebeu pedidos para incluir no orçamento Geral da Uinião recursos para obras de infra-estrutura, saúde, educação.

Gente de opinião

Uma coluna sem papas na língua 06/11/08 - Gente de OpiniãoDurante a paralisação do Diário da Amazônia, nos próximos dias, para troca de prédio, o caro leitor poderá acompanhar esta coluna diariamente no jornal eletrônico gentedeopinião, relatando o que rola no cenário político regional. O site tem com lema “Todas as correntes, todas as tendências” e conta com um grande elenco de articulistas. Até breve.

Linha C 30

Os produtores rurais da Associação Pró C-30 estão reivindicando aterro e encascalhamento da estrada, que no inverno amazônico fica interrompida. O trecho que liga a C-30 até a BR 319 é apenas oito quilômetros, mesmo assim a prefeitura de Porto Velho não age porque o governo do estado não concede licença ambiental.


Via Direta

Imperialismo brasileiro

O Brasil foi tomado de surpresa com a expulsão da empresa Odebrecht do Equador. Enquanto aqui há uma guerra de foice no escuro entre governos, empreiteiras e ambientalistas, no Equador estes venceram: a nova Constituição equatoriana instituiu os “direitos da Natureza” (Pachamama). Lá, quatro obras da Odebrecht causaram polêmicas e no fundo delas estão sempre questões objetivas, como as ambientais, ou subjetivas, como o “imperialismo brasileiro”.

Esse episódio é revelador de duas coisas. Primeira, a completa desinformação, no Brasil, sobre o que ocorre na América Latina. Segunda, há muita coisa cozinhando no caldeirão latino-americano que os brasileiros desconhecem completamente, sem sequer imaginar que tais fatos terão depois profunda repercussão interna, no Brasil, e poderão causar ainda mais embaraços e produzir obstáculos às obras necessárias ao desenvolvimento do País.

Dentre os diversos obstáculos às obras de estrutura, há desde a politiquice local até fantasmas universais, como a teoria da conspiração, que não poupa nenhuma das atividades humanas. Por trás de todos esses obstáculos estariam mãos alienígenas, por sua vez divididas em dois ramos: um o dos marcianos beneméritos, com seus recados para que salvemos o planeta; outro, mais interesseiro, de empresas estrangeiras ávidas para dominar a Amazônia e, com ela, o mundo.

A verdade é que as grandes obras estruturais necessárias ao desenvolvimento da Amazônia, que deveriam ter sido cercadas de cuidados relativos a impacto ambiental e realizadas há dez, vinte, trinta anos, só agora começam a deslanchar, mas sempre com o freio de mão puxado, travadas pelos mais diversos obstáculos.

As hidrelétricas do Rio Madeira, já liberadas e uma delas até leiloada, e a hidrelétrica de Belo Monte, que pretende alagar parte do Xingu, a rodovia Manaus–Porto Velho e, na capital amazonense, a ponte sobre o rio Negro, dentre tantas obras infra-estruturais maiores ou menores, todas elas, evidentemente, produzem impacto ambiental. Como diria o saudoso José Lutzenberger, considerado em seu tempo o mais combativo ecologista brasileiro, iniciador de toda uma “tribo” de ambientalistas aguerridos, “até um cuspe no chão produz impacto ambiental”.

É fato conhecido que em geral os políticos anunciam as grandes obras para capitalizar o mérito pela iniciativa, mesmo sem ter a menor intenção de construir, imediatamente. Basta fazer maus projetos e eles receberem a reação negativa de técnicos e ambientalistas. Nesse caso, põe-se a culpa nos opositores e não no projeto e continuam pela vida afora fazendo seu marketing político-eleitoral. Quando não há dinheiro, ou ele foi desviado para outras obras ou maracutaias, paralisa-se a obra e, como dizia também o delegado de polícia em Casablanca, manda-se culpar e prender “os suspeitos de sempre”.

Via Direta

Uma coluna sem papas na língua 06/11/08 - Gente de Opinião*** A Secretaria de Segurança de Rondônia garante e insiste: a criminalidade diminuiu *** Então que acredite, quem quiser em mais esta sapecada governamental *** Os bastidores políticos ficaram agitados com a possibilidade de alterações no quadro de deputados federais na bancada rondoniense *** E durma-se com todo esse barulho na justiça eleitoral...

Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
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* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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