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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 04/06/09


 

Neodi ao Senado

Correu ontem nos círculos políticos a notícia dando conta que um acordo político, avalizado por toda base aliada, projetaria o nome do deputado estadual Neodi Carlos (PSDC- Machadinho do Oeste) ao Senado. Já, Jidaias Tziu, desistiria de sua postulação ao Senado, ganhando a indicação de vice na chapa de João Cahula, que é o ungido palaciano na sucessão de Ivo.

Enorme repercussão

Uma coluna sem papas na língua 04/06/09 - Gente de OpiniãoRepercutem como uma bomba as denuncias do deputado estadual Alexandre Brito (PTC - Porto Velho) dando conta que o Hospital de Base esta mandando de volta pacientes que precisavam ser operados com urgência. Quase 80 correm risco de morrer por conta desta situação. O nosso sistema de saúde esta falindo(Clique e veja vídeo da Greve no Opinião TV).

Peitando Cassol

Uma coluna sem papas na língua 04/06/09 - Gente de Opinião
Duvidei, aqui nesta coluna, que o senador Expedito Júnior (PR), teria coragem de peitar o governador Ivo Cassol e prosseguir suas pretensões de conquistar o Palácio Presidente Vargas. Retiro a dúvida: não só tem coragem como esta peitando, atraindo prefeitos e deputados estaduais para seu projeto.

Base rachada

Uma coluna sem papas na língua 04/06/09 - Gente de OpiniãoEnquanto, para efeito externo, junto à opinião pública o senador fala em unidade e respeito aos demais candidatos da base aliada, Expedito vai atropelando. Com bom ritmo de contatos, Júnior vai consolidando seu projeto, já que entre os nomes dos partidos aliados ao Palácio Presidente Vargas é o que melhor aparece nas pesquisas.

Liderança do governo

Ninguém consegue parar na liderança do governo estadual na Assembléia Legislativa. A vítima mais recente é o deputado estadual Jidaias Tziu, que acabou renunciando a função. Ocorre que o líder é um elo de ligação entre os deputados estaduais e o governador, e como tal deveria tratar das reivindicações de todos. Tziu só cuidava dos seus interesses, por isso caiu do poleiro.

Obras em penca

Na falta do que criticar, já que a administração petista executa uma verdadeira penca de obras na capital, os adversários do prefeito Sobrinho procuram desgastar o atual prefeito no que podem. Recorreram até ao João Buracão, para malhar o alcaide. Enquanto isto, apenas neste ano já foram inauguradas obras desde mercado municipal, até a praça de grande envergadura. São os dois lados da moeda.

Boa performance

E vem aí a nova rodoviária, o terminal fluvial de passageiros, o Complexo Madeira Madure, viadutos, e até um balneário de lazer, entre centenas de outras obras em andamento e já  projetadas para os próximos dois anos. Entendo que Sobrinho cumpre boa performance, embora, também tenha seus equívocos. Exagerou na tarifa de coletivos, resiste a criação da guarda Municipal e a saúde municipal deixa muito a desejar.

Audiência da saúde

Uma coluna sem papas na língua 04/06/09 - Gente de OpiniãoPreocupado com a situação da saúde em Porto Velho, que já entrou em colapso, o deputado estadual Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) esta convocando uma audiência pública na Assembléia Legislativa para apurar as responsabilidades. Serão convocadas as autoridades estaduais e municipais de saúde para verificar onde estão os gargalos, na busca de soluções.

Convenções municipais

Ao contrário de outros partidos que já tem seus pré-candidatos correndo ao estado em busca do governo estadual, o PT esta retardando o processo de escolha. Espera a eleição dos novos diretórios municipais – e do estadual – para tratar do assunto, o que só deve ocorrer no final deste ano.


Do Cotidiano

Orçamentos fictícios

Se existe algo absolutamente óbvio no que se refere aos orçamentos no Brasil é que eles são vizinhos muito próximos da ficção. Raymundo Faoro (1925–2003) dizia que “o orçamento é uma algibeira insondável, que se enche e esvazia por meio de canais que a lei desconhece”. No entanto, há leis para a elaboração do orçamento e elas vão sendo cumpridas naquele jogo entre a ginga e a invenção, mais afeito ao futebol que à rigidez dos números. 

O orçamento da União para 2009 precisaria ser elaborado tendo como base um dado fundamental: quanto o PIB vai crescer – pois todos queremos que cresça –, no ano que vem? Quando a proposta orçamentária começou a ser elaborada, no caldeirão do Ministério do Planejamento, trabalhava-se com a perspectiva de um avanço ao redor de 4% do PIB. Falou-se muito nesse número inteiro enquanto o discurso oficial se mantinha no diapasão distorcido de que a crise não iria afetar o Brasil. À medida que a ficha foi caindo, as previsões começaram a se reduzir e o facão passou a descer sobre as estimativas iniciais da engenharia orçamentária palaciana.

O passo imediato foi reduzir a expectativa para 3,5%, ainda assim um milagre do pensamento positivo patrício, o que levaria a um corte “básico” de R$ 10 bilhões em relação ao projeto enviado pelo Executivo ao Congresso. Aí chegamos a mais um mistério dessa complicada engenharia: se é que precisamos cortar, vamos cortar onde? 

Zorro diria para encolher o couro das tendas da tribo do índio Tonto, seu aliado de bancada, que retrucaria: “Reduza na ração do cavalo Silver, cara-pálida!” Esse tipo de desentendimento entre amigos também ocorre nos palácios. Quem admitiria cortar em áreas já precárias, como educação, saúde, programas sociais e, sobretudo, para o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que lida com a infra-estrutura?

A racionalidade leva a concluir que as tendas dos índios ficarão com o mesmo tamanho, talvez alguns centímetros a menos, e a ração do cavalo vai diminuir alguns gramas diários, mas o grosso do faconaço terá que ser no custeio. Certo que esse é o discurso oficial, mas é ululante, como diria Nélson Rodrigues sobre o óbvio, que se a crise realmente está pegando pesado, as obras também vão sofrer. Aí, quem tiver mais lobby e força política no Congresso vai chorar menos.

Logo de cara, já parecem condenados os projetos que tiveram baixa execução orçamentária em 2008, o que significa poucos Zorros e Tontos a defendê-los do ataque tribal inimigo. O que estiver dependendo de licenciamento ambiental e caiu em desgraça nas análises do Tribunal de Contas da União também já está com a desculpa definida para ser postergado. 



Uma coluna sem papas na língua 04/06/09 - Gente de OpiniãoVia Direta

*** São graves as denuncias da senadora Fátima Cleide sobre a devolução de recursos do transporte escolar  pelo governador Ivo Cassol*** O municipalismo que esta berrando pela crise, vai ser o mais prejudicado *** É tanto lançamento imobiliário na capital, que o caderno do setor neste Diário esta engordando toda semana..

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br 
csperanca@enter-net.com.br 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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