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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 03/07/08


 

A configuração

Pela configuração de alianças formada no estado para as eleições municipais de 2008, a dupla Cassol/Bianco deve caminhar junta nas eleições de 2010. Em Porto Velho, os partidos ligados a essas duas grandes lideranças estão apoiando Lindomar Garçon. E se Nazif alçar segundo turno, todos estarão unidos contra o prefeito Roberto Sobrinho (PT).Uma coluna sem papas na língua 03/07/08 - Gente de Opinião

Grupos antagônicos

As eleições municipais tem como pano de fundo a sucessão no Palácio Presidente Vargas. E a formatação das alianças regionais indicam a formação de dois agrupamentos antagônicos: de um lado os partidos ligados a Cassol e Bianco, de outro a coalizão que reúne PT/PMDB/PDT, botando no mesmo palanque os petistas de Fátima Cleide, Os peemedebistas de Valdir Raupp e  pedetistas de Acir Gurgacz.

Ampla vantagem

Nas avaliações iniciais do quadro eleitoral nos municípios, a aliança PMDB/PT/PDT deve levar uma boa vantagem sobre a coalizão Cassolistabianquista. Senão vejamos: a aliança de oposição é favorita em colégios eleitorais importantes como Porto Velho, Ariquemes, Cacoal, Jaru e Vilhena. Apenas em Ji-Paraná a aliança governista larga na frente.

Jogo de estratégia

Existem algumas perguntas que precisam ser respondidas para se chegar a alguma conclusão nesta sucessão em Porto Velho. 1 – Porque Mauro Nazif, finalmente decidiu-se pela disputa a prefeitura de Porto Velho, saindo de última hora, ficando até sem opção de vice? 2 – Porque toda aquela penca de comunistas continua empregada na prefeitura, se eles são “oposição” ao prefeito Roberto Sobrinho?.

Uma coluna sem papas na língua 03/07/08 - Gente de OpiniãoPulando cirandinha

Vamos tentar responder a coisa. Ora, gato escaldado tem medo de água fria. Nazif não entraria nesta jornada, sem a garantia de ter o apoio da dupla Cassol/Bianco no provável embate do segundo turno. Por conseguinte, se o postulante socialista,  ir a frente, como se imagina, todos eles devem pular cirandinha juntos no segundo turno.

Uma coluna sem papas na língua 03/07/08 - Gente de OpiniãoCandidato de escuderia?

De outro lado, vemos Sobrinho e David Chiquilito coleguinhas, já que o petista não reclama da permanência dos comunistas na sua administração, nem tampouco, Davi fala que o PC do B vai deixar a gestão petista. Entende-se com isso, que Davi é um tiquinho situação e um tiquinho oposição. Pode  até pegar a alcunha de candidato de escuderia.

Uma coluna sem papas na língua 03/07/08 - Gente de OpiniãoRover ameaça

Com o respaldo de 13 partidos, mais o apoio do governador Ivo Cassol, o pepista Zé Rover já se constitui numa ameaça ao clã Donadon, dono do Palácio Parecis há quase duas décadas. Rover que é suplente de deputado estadual é uma liderança emergente no Cone Sul do estado e já estará polarizando com o cacique Melki Donadon (PMDB).

Uma coluna sem papas na língua 03/07/08 - Gente de OpiniãoPoder de fogo

O deputado federal Lindomar Garçon (PV),  considerou  que a sua convenção, realizada na Queops, foi  uma boa demonstração de força da sua candidatura a prefeito. Ele lembra que nunca uma convenção municipal atraiu tante gente – algo em torno de 10 mil pessoas – e que isso demonstrou aqueles o seu poder de fogo na corrida sucessória.

Do Cotidiano

Décadas de queixas

Projeto da lavra do deputado estadual Ribamar Araújo (PT-Porto Velho) criando o município de Jacy-Paraná, agregando ainda os distritos de Abunã e Mutum Paraná (todos desmembrados de Porto Velho), pode reacender o debate sobre a criação de novos municípios no estado de Rondônia. As queixas sobre os entraves sobe os processos de emancipação se prolongam há pelo menos duas décadas, com as comunidades de Extrema e Tarilândia.

Numa sociedade multifacetada, como a brasileira, um caldeirão de raças, tendências e muito radicalismo, até o encaminhamento dos debates sobre questões essenciais fica prejudicado pela incapacidade dos interlocutores de chegarem a enfoques comuns de entendimento sobre regras elementares de convivência democrática. Esse quadro de antagonismo irreconciliável está agora presente na proposta de criar novos municípios, como ocorre com os distritos amazônicos da Ponta do Abunã.

Embora contem com uma população até dez vezes maior que muitos municípios brasileiros de outras regiões, esses distritos esbarram na oposição renhida da Frente Parlamentar Municipalista, capitaneada pelo deputado federal Vítor Penido (Dem-MG), que abomina a idéia de mais municípios dividindo os escassos recursos disponibilizados pela União. A seu ver, é hoje impossível a criação de mais municípios no país, pois não admite que o “bolo” seja dividido com cem ou duzentos municípios adicionais – ao todo, hoje, são cerca de 5,6 mil.

O argumento principal dos opositores do surgimento novos municípios é que vai custar muito caro aos cidadãos criar mais uma Prefeitura, uma Câmara com nove vereadores e todos os cargos de secretários e assessores que essa estrutura vai implicar, com seus respectivos altos salários. Hoje, as verbas que são repassadas aos pequenos municípios pela União fica toda comprometida com o pagamento desses salários. Há uma corrente muito forte no Congresso que defende o enxugamento dos municípios, reduzindo-os a cerca de três mil a quatro mil no máximo.

No entanto, os defensores da criação de municípios com plena justificativa, como é o caso dos distritos da Ponta do Abunã, sustentam que utilizando alguns critérios seletivos é plenamente possível criar um grupo de poucos novos municípios. Este é o caso do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, para quem há espaço para a criação de mais municípios.

De 1988 até 1996, a decisão para a criação de municípios dependia apenas de leis complementares das assembléias legislativas estaduais – e nesse período surgiram 1.540 novas unidades. A partir de 1996, a aprovação da Emenda Constitucional n° 15 sustou a “farra” dos novos municípios e retornou a Brasília a prerrogativa de disciplinar sua criação, através de lei federal até hoje sem regulamentação.

Via Direta

*** Vivenciando mais uma crise política e com troca de prefeito a cada semana, o município de Jaru se transformou numa casa da mãe Joana *** Quem paga pelaUma coluna sem papas na língua 03/07/08 - Gente de Opinião falta de maturidade da classe política é a população *** Em Ji-Paraná quem acabou levando a pior foi Joarez Jardim, que acabou nem candidato a prefeito, tampouco vice *** Foi usado e descartado *** Em Jaru tem três mulheres disputando a prefeitura. Um recorde. 

Fonte: Carlos Sperança - Gentedeopinião

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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