Uma coluna sem papas na língua 03/04/09

Ritmo de oposição?

Corre nos bastidores políticos regionais a informação dando conta que o ex-deputado estadual César Cassol estaria aderindo ao PSDB, em ritmo de oposição, ao governo do mano Ivo. Terá a ficha abonada por dirigentes nacionais e a primazia de uma candidatura à Câmara Federal na Zona da Mata, Região do Café e Cone Sul.

Jornalistas em ação

O Sindicato dos Jornalistas do Estado de Rondônia - Sinjor realiza eleição para renovar sua diretoria no dia 24 de abril. O clima de eleição – e de despedida do atual presidente Marcos Queixada - começa a rolar nas redações, com duas chapas inscritas: de um lado o também advogado Carlos Alencar, de outro o professor universitário Julio Ayres, que pertence a atual diretoria.

Sob bombardeio

Derrotada na luta pelo poder dentro do tucanato, a ala perdedora – que é ligada aos cassolismo vigente - desenvolve um bombardeio em cima do comando regional. O chororô é grande.  Não tem sido levado em conta, nesta peleja, por exemplo, o fato de que os problemas financeiros da legenda são frutos da má gerencia do senador cassado Expedito Júnior, aliado dos insurrectos, que deixou uma dívida brutal para a sigla pagar.

Direito de espernear

Desde que o mundo é mundo, existe o direito de espernear, é o chamado “jus esperneandi”. Os cassolistas – especialmente Ivo - acostumados a ganhar todas as paradas que se envolvem, quando perdem, choram e se descabelam. Para a oposição é uma delícia, acostumada a apanhar nas urnas, qualquer parada infrutífera do governador, é uma festa. 

 
Do folclore político

E aí, o secretário da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Jaru leu a pauta dia e entre projetos e requerimentos, estava à indicação: “De autoria do vereador Vando de Theobroma, a instalação de quebra-molas na localidade...”. Ouviram-se gargalhadas no plenário e na galeria (lá quase nem tem carro..) e daí Vando se explicou: “É pra prevenir o futuro, né?”. Então peça também um viaduto...

Farra dos vereadores

Pautados por interesses umbilicais e a tentativa de reeleição em 2010, os deputados federais aprovaram na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda Constitucional que amplia cadeiras nos legislativos municipais. Para ser transformada em lei ainda depende de votações em plenário.

Na bancarrota

Recente levantamento do Sindicato dos Empregados do Comércio de Porto Velho é revelador: as lojas de roupas e calçados não estavam preparadas para uma concorrência mais apurada. Como conseqüência da instalação do shopping Porto Velho e do ingresso de grandes redes no mercado local, muitos estabelecimentos já tradicionais acabaram fechando suas portas.

Outros ramos

A chegada de grandes redes na capital rondoniense, mais adiante também deve atingir seriamente o setor de óticas e de farmácias, com o ingresso de pesos pesados do setor, como também no setor hoteleiro. Por isso é necessário que os empresários e comerciantes locais abram os obras para esta nova realidade para não acabarem falindo, ou sendo engolidos pelas grandes lojas.

As reivindicações

O vereador Carlinhos da Ambulância (PSB) esteve ontem em Porto Velho percorrendo a Esplanada das Secretarias e Assembléia Legislativa em busca de melhorias para Vale do Paraíso. O parlamentar esta preocupado com a queda de FPM e busca, através de emendas parlamentares suprir necessidades de áreas essenciais, como as de saúde e educação.

Do Cotidiano

Os cortes no orçamento

Com o detalhamento dos cortes no orçamento da União em 2009, se constatam os prejuízos para áreas como turismo e esportes, mas também nos setores produtivos, já que o Ministério da Agricultura foi à terceira pasta mais prejudicada. A conta cai justamente numa das áreas que mais precisam de recursos, para produzir e exportar, gerando dividendos para o país, reduzindo o custo de vida no país.

Pelas primeiras análises dos cortes em andamento, é previsível uma poda de pelo menos 50 por cento dos recursos oriundos das emendas parlamentares, já ceifadas no quesito emendas coletivas de bancadas. Como se sabe, cada parlamentar rondoniense indicou a importância de R$ 10 milhões em emendas, sendo que grande parte destas verbas seriam destinadas aos municípios. carentes de saúde, infra-estrutura, etc.

Então, como se constata, os municípios rondonienses, que já são penalizados com a queda de recursos do Fundo de Participação dos Municípios –FPM, também assiste agora, mais sacrifícios. Administrar os municípios rondonienses – exceto Porto Velho que recebe gordas verbas do PAC – se tornou um fardo. Se alguma coisa não mudar esse cenário, poucos administradores vão sobreviver a esta indigência toda.
Em Rondônia, poucos prefeitos conseguem administrar com o caixa em baixa. Bianco, Chiquilito (já falecido), Cassol, Divino, Acir, Amorim, Melki, Garçon, Follador, foram alguns casos de alcaides que tiravam água de pedra..

Aliás, tratando-se de caixa baixa, quem deu aulas de eficiência com esta situação foi o governador Ivo Cassol, em sua primeira gestão. Foi o único governador, que mesmo sabotado pelas bancadas estadual (que até lhe aplicou impeachment) e federal, conseguiu pagar em dia o funcionalismo até o final de sua gestão.

A exemplo, dos prefeitos, também o governador é vitima do corte de verbas da União e da queda no Fundo de Participação dos Estados-FPE e também é penalizado com a drástica redução na arrecadação de tributos, com a crise global provocada pelo fechamento de frigoríficos e madeireiras, que sem pedidos de importação estão fechando, criando estragos no PIB rondoniense.

Enfim, Ivo Cassol, como os prefeitos, está com o cobertor curto para administrar o erário. O governador, para manter os salários em dia do funcionalismo e tocar seu projetos de pavimentação de estradas e do centro administrativo, vai ter que agir com parcimônia. Pena que acabou sobrando para o funcionalismo público, que ficará sem reajuste. 

Via Direta

*** Nos bastidores os nomes de Roberto Kuppê e Everaldo Fogaça já são tidos como certos na disputa de cargos eletivos em 2010 *** Kuppê estaria de olho numa cadeira á Câmara Federal, Fogaça, mirando um lugar ao sol na Assembléia Legislativa *** Como o governador vetou seu próprio reajuste, o fato acabou desarmando os sindicalistas na mobilização geral.

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
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