Uma coluna sem papas na língua 03/03/09

Começa agora

Depois de alguns dias fora, volto à rotina da coluna no Gentedeopinião, sempre lembrando que o ano começa para valer a partir de agora, depois das folias de Momo. O noticiário político, então, tende a encorpar com o funcionamento da Câmara dos Deputados, Senado, Assembléia Legislativa e câmaras de vereadores, com seus rotineiros escândalos.

Ano promete

Embora não seja ano de eleições, 2009 promete muito. Já começou com o anuncio do julgamento dos políticos rondonienses objetos de processos de cassação, o acirramento de ânimos entre os cassolistas e petistas pela paternidade de obras de vulto no estado de Rondônia e por aí vai. A destacar, uma saudável renovação na Câmara de Vereadores de Porto Velho.

Bom exemplo

Com vereadores mais combativos e independentes, a Câmara de Vereadores da capital vai mostrando uma nova cara, que é de renovação. No Legislativo municipal, a partir de agora, já não se aceita decisões goela abaixo. As coisas terão que ser discutidas. Foram os tempos das vacas de presépio. Um bom exemplo para as câmaras municipais do interior.

As pendengas

São ridículas e infantis estas pendengas de paternidade de obras entre petistas e cassolistas. Porque não se reconhecer, que Ivo Cassol projetou e toca com eficiência a construção do Centro Administrativo? Porque também não se reconhecer, de outro lado, que se os recursos são advindos do Banco do Brasil, tem aí também uma baita mão de Lula?. Falta – entre outras qualidades - bom senso para nossa classe política.

Tudo complicado

Os políticos gostam de complicar as coisas. Não estamos nem em ano eleitoral e as brigas já se acirram, por qualquer coisinha. Melhor seria que cada macaco olhasse para o próprio rabo, já que fica difícil pensar em união política, numa torre babel que se tornou a política rondoniense e onde o divisionismo tem sido uma constante.

Coisa de louco!

Assim como faço em Porto Velho e em Rondônia – bisbilhotar as coisas da política, saúde, segurança etc – nos dias de carnaval em que fiquei no Paraná, constatei uma realidade que é de deixar os brasileiros de cabelos em pé. Como tem aumentado à incidência de câncer no sul do país. Os hospitais estão abarrotados de pacientes. Onde vamos parar com isso?

Pela boca

Caro internauta do Gentedeopinião, com certeza, se constata que cada vez mais os seres humanos estão morrendo pela boca. Péssimos hábitos alimentares já arraigados, além do consumo exagerado da carne vermelha, as saladas com alto teor de agrotóxico, o frango modificado pelos hormônios e tantas outras coisas, tem influenciado em muito a incidência de câncer.

Novos municípios

Caso o Congresso Nacional não vote até abril a lei que regulamenta a criação de municípios, o Supremo Tribunal Federal poderá considerar nula a criação de 57 municípios no país. E a implantação dos novos será dificultada devido à exigência de infra-estrutura, população e as mínimas condições de manutenção daqueles que forem criados.

Choradeira geral

Uma choradeira generalizada dos prefeitos com relação a brutal queda no Fundo de Participação dos Municípios - FPM marca o municipalismo neste inicio do ano. Com menos recursos, principalmente os pequenos municípios – que dependem quase que exclusivamente deste tributo - vão sofrer mais para atender suas demandas. É realmente lamentável.

Do Cotidiano

Um ano promissor

Ao meio de uma crise global, o ano 2009 promete ser promissor para Porto Velho e Rondônia.  No entanto, mesmo com os reforços de caixa do Plano de Aceleração de Desenvolvimento-PAC, o município de Porto Velho terá grandes desafios para serem enfrentados na próxima gestão, ao final desta década. Para alcançar a qualidade de vida almejada, serão necessários investimentos maciços em obras de infra-estrutura, desde a canalização de igarapés, a construção de uma rede de esgoto, a ampliação do sistema de abastecimento de água, encaminhar soluções para os problemas de um trânsito que se releva a cada dia mais infernal. até as demandas sociais como saúde, educação, moradia e transportes coletivos.

Objeto de um novo fluxo migratório, a capital rondoniense com seus 400 mil habitantes deve ultrapassar os 500 mil nos próximos dois anos. Acompanhar esse ritmo de crescimento não será fácil, já que a cidade ainda padece de equipamentos urbanos, além da pavimentação que falta atingir dezenas de bairros.

Ao meio de grandes obras já projetadas como a nova rodoviária e a implantação do terminal de transportes fluvial no porto do Cai N´Água, os portovelhenses penam com a falta de um sistema de drenagem eficiente. Durante o inverno amazônico boa parte da cidade se transforma num monumental igapó, exigindo da municipalidade um projeto de combate às alagações.

Por falta de planejamento municipal, pelas invasões de áreas ao longo da década de 80, a capital rondoniense teve uma ocupação desordenada. Por ser uma região baixa e alagadiça, a Zona Leste, não seria indicada para o programa de expansão, já que demandaria mais recursos do erário municipal no tocante a infra-estrutura, mas foi o que acabou ocorrendo, na administração José Guedes, com a farta distribuição de terrenos – uma verdadeira reforma urbana – aos milhares para os chamados sem-teto.

Enquanto o atual Plano Diretor procura corrigir as distorções do passado, o que se busca agora é o adensamento da cidade, com grandes clareiras abertas a especulação imobiliária. Numa cidade onde o Plano Diretor e o próprio Código de Posturas têm sido desrespeitados ao longo dos anos e, onde se joga até carcaças de geladeiras nos igarapés, bem que a mudança de atitude poderia começar com uma campanha de conscientização e cidadania.

Via Direta

*** Ao cortar as asas de marajás municipais, o prefeito Roberto Sobrinho (PT) enfrenta a ira de determinados procuradores *** Trocando de saco para mala: todo ano o Dnitt anuncia a pavimentação e a recuperação das pontes na BR-429 *** Quem sabe neste ano o compromisso seja cumprido *** Que gracinha: agora o MST diz que nunca usou dinheiro público e se isso existe é culpa de FHC

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br
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