Uma coluna sem papas na língua 02/12/08

Atenções voltadas

Com a posse dos vereadores em janeiro as atenções se voltam para a eleição da nova mesa diretora. Com ampla maioria conquistada nas eleições de outubro, o prefeito Roberto Sobrinho (PT) vai querer emplacar um ungido da sua base aliada. As conversações já foram iniciadas, mas ainda não existe um nome definido.

Migração acentuada

Continua acentuada a migração para Porto Velho por conta da fama de progresso e oportunidades conquistada pela capital rondoniense com a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e do Jirau. Se vai ter emprego para todo mundo que está chegando, são outros quinhentos, o certo é que as demandas sociais devem aumentar nas áreas de saúde, moradia, abastecimento de água etc.

Assume em janeiro

O ex-prefeito de Urupá, Edson Martins, que recebeu cerca de 5 mil votos nas eleições de 2006 assume  em janeiro a cadeira do deputado  estadual Alex Textoni, eleito prefeito em Ouro Preto do Oeste, a municipalidade mais arrasada de Rondônia. Martins vai ampliar a bancada da agricultura no Parlamento Estadual que já conta como representantes Ribamar Araújo (PT) e Luis Cláudio (PTN). 

 
Prudência e caldo...

Nossas avós já diziam que prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Como já não se pode acreditar mais no Judiciário, com tantas decisões controversas o senador José Maranhão que assumiria no lugar do governador cassado Cássio Cunha Lima (PSDB) na Paraíba resolveu não renunciar o cargo no Senado e, agora vai aguardar uma definição do TSE.

Cassações não valem

Temos sete governadores e quatro senadores cassados. Mas as decisões não valem e são postergadas por intermináveis recursos. No caso de Rondônia, o senador Expedito Junior já foi cassado duas vezes em âmbito do TRE-RO e mais duas vezes em instâncias superiores. O Judiciário brasileiro virou uma casa da mãe Joana com tantas sentenças díspares.

Eleições 2010

Vários deputados estaduais e até mesmo candidatos a Assembléia Legislativa pela base governista estão revoltados com o diretor geral do Detran Joarez Jardim. Segundo eles, Jardim usa o órgão descaradamente para fazer campanha política – de forma predatória – para as eleições de 2010. Jardim, de fato, tem feito muitas incursões ao interior, mas alega que é para melhorar o atendimento das Ciretrans.

Reforma tributária

A reforma tributária se transformou numa novela de longos capítulos no Congresso Nacional. Na semana passada os líderes de partidos da base aliada do presidente Lula buscam um acordo para que as propostas sejam votadas no decorrer desta semana. Para avançar, os governistas já aceitam negociar alguns acordos com os oposicionistas.

PSB capacita

Por iniciativa do secretário geral do PSB, deputado Jesualdo Pires, o Diretório Regional da legenda, realizou curso de capacitação para os 34 vereadores eleitos nas eleições de outubro. O curso foi administrado pelo professor Max Barbosa, focalizando temáticas sobre o mandato participativo, como legislar para o pleito, um novo contexto para o parlamentar etc.

Com transparência

Atuando com transparência, o Tribunal de Contas do Estado –TCE se prontificou a atender as exigências fiscalizadoras da Assembléia Legislativa do Estado. Em documento enviado ao presidente daquele Parlamento, deputado Neodi Carlos, o presidente do TCE conselheiro José Gomes se colocou a disposição para concentrar todos os esforços na fiscalização da aplicação dos recursos.

Do Cotidiano

O desafio fundiário

Para tentar resolver o emaranhado de problemas relativos à regularização fundiária na região Norte, o governo Lula lançou o Plano Amazônia Sustentável-PAS. Visando dar o pontapé inicial no programa, veio a Rondônia no último final de semana o ministro de Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger, que antes de chegar a Machadinho do Oeste – numa das regiões cheias de grilos onde ponteiam as madeireiras  repletas de irregularidades – admitiu a existência de um caos fundiário na Amazônia.

Na entrevista coletiva concedida á imprensa em Porto Velho, ao desembarcar no aeroporto internacional Jorge Teixeira de Oliveira, Unger apenas confirmou o que foi tratado no recente Seminário da Amazônia: menos de 4 por cento das posses de terras na região tem situação jurídica esclarecida. Em Rondônia, enormes latifúndios foram grilados e as invasões de terras públicas se sucedem nos parques e reservas nacionais.

Mangabeira Under acredita que se a questão fundiária for resolvida em Rondônia, por exemplo, será possível então, se instalar uma agricultura de alto valor agregado, pecuária intensiva e manejo sustentável.

Um desafio e tanto. O plano de Unber chegou a ser considerado utópico, mas sua execução sequer começou e o ministro se mostra disposto a levar um plano de regularização fundiária até o fim. Dos sete eixos que dividem o plano em regularização fundiária e zoneamento ecológico e econômico, em Rondônia será inicialmente atingida a região de Porto Velho e no Amazonas, a região sul do estado, polarizada por Humaitá.

Ao mesmo tempo em que vai se trabalhando na regularização fundiária, o governo da União vai adotar medidas contra o desmatamento, incentivos aos pequenos produtores que atuam nas zonas de transição entre a floresta e o cerrado, a reorganização da agricultura e da pecuária, a instalação e unidades industriais de transformação florestais, a implantação de transporte intermodal, além de recursos para ciência e tecnologia.

Num segundo passo, Mangabeira Unger pretende reunir governadores e secretários de estado para discutir uma estratégia de trabalho ao lado das forças do governo federal. Com um marco regulatório delineado, pretende-se levar adiante o plano.

O ministro explicou a escolha do município de Machadinho do Oeste para o lançamento do plano: ocorre que trata-se de um laboratório concentrado dessa problemática (regularização fundiária, grilos, madeireiras irregulares etc), tanto para florestas, como de cerrados...

Via Direta

*** Com as chuvas aumentaram os buracos na malha viária urbana da capital *** Mas a administração municipal já desenvolve uma operação tapa-buracos *** Já saiu à primeira pesquisa, quentinha sobre as eleições de 14 de dezembro *** A maioria dos entrevistados nem quis responder a enquete *** Ocorre que os eleitores não acreditam que o pleito seja realizado na data marcada pelo TRE e tudo ficou comprometido.

Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
[email protected]