Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Carlos Sperança

UM FLAGELO NO PAÍS


UM FLAGELO NO PAÍS - Gente de Opinião


Já transformada num colapso para a saúde pública nos grandes centros do país, o crack se interiorizou chegando as pequenas cidades e distritos e já causa danos a muitas comunidades rurais, indígenas e de quilombolas pelo Brasil afora.
 

Com isso, a recente constatação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) dando conta que o consumo do crack já supera – e esta substituindo o álcool - não chega a ser tão surpreendente assim.
 

O Brasil perdeu de vez a guerra contra as drogas. Estados, como os de Rondônia e do Acre, na Região Norte, foram transformados nos últimos anos em grandes corredores do pó. Pela BR- 364, cortando os territórios acriano e rondoniense, os barões do narcotráfico estão fazendo chegar aos grandes centros consumidores desde a cocaína e a sua borra, um dos ingredientes do crack
 

Com o uso das pedras comum a mais de 90 por cento dos municípios brasileiros, a pesquisa da entidade máter do municipalismo constata que o baixo preço facilita a expansão da droga. O acesso ao crak também não é difícil, pois há vendedores, os chamados “aviões”, pelas esquinas.
 

Sem planejamento desde o Ministério da Justiça as secretarias de segurança nos estados para combater este flagelo, os brasileiros penam com as fronteiras abertas para o narcotráfico e o contrabando de armas. A própria CNM, em sua enquete, verificou que, que com as nossas divisas escancaradas, a escalada dos entorpecentes tende a aumentar.
 

É lamentável que até hoje, depois de quase duas décadas gerando tragédias e ocasionando o aumento geométrico da criminalidade em todo país, o governo federal ainda não tenha acordado para agir com mais firmeza contra uma situação cada vez mais aflitiva.
 

Na mesma proporção em que estados e municípios pouco fazem, a União, maior responsável por esta situação só tem adotado medidas paliativas, como as periódicas operações de vigilância nas fronteiras.
 

Urge tratar a situação com mais seriedade, seja na repressão, seja em aumentar a capacidade dos hospitais para atender a uma verdadeira multidão de dependentes químicos, que a todo ano vem aumentando.
 

Num Brasil aonde sobra dinheiro para a Copa do Mundo e obras faraônicas, lamentavelmente faltam recursos para conter o alastramento e as graves conseqüências da expansão do crack.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 18 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Cenário nebuloso em Rondônia e o racha bolsonarista

Cenário nebuloso em Rondônia e o racha bolsonarista

Pregando no desertoA expressão vem da profecia de João Batista, em um tempo no qual as caravanas na Judeia concentravam pessoas para viagens cruzan

A candidatura do coronel Braguim ao governo de Rondônia começa a criar asas

A candidatura do coronel Braguim ao governo de Rondônia começa a criar asas

Diálogo de surdosOs presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, tiveram há pouco uma amistosa conversa por telefone. A imprensa amer

A prática das rachadinhas é um hábito cotidiano nas nossas casas legislativas

A prática das rachadinhas é um hábito cotidiano nas nossas casas legislativas

Gol científico Muitos gols na reta final do Campeonato Brasileiro, com os clubes buscando se qualificar para milionárias competições internacionais

Governador Marcos Rocha deve concluir seu mandato, desistindo do Senado

Governador Marcos Rocha deve concluir seu mandato, desistindo do Senado

Pílulas de vidaPara a surpresa geral, uma empresa de tecnologia da China anunciou que trabalha para estender a vida humana até 150 anos. Contraria

Gente de Opinião Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)