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Carlos Sperança

PREVISÃO DE CASSOL REPERCUTE COMO UMA BOMBA NO ESTADO


 

PREVISÃO DE CASSOL REPERCUTE COMO UMA BOMBA NO ESTADO - Gente de Opinião

A otimista previsão do ex-governador Ivo Cassol (PP) de que o atual governador João Cahulla vai ganhar a eleição em Rondônia ainda em primeiro turno, repercute como uma bomba em todo estado. Mesmo porque Cahulla tem evoluído bem em intenções de votos no meio rural, mas patina nas cidades pólos, como Porto Velho, Ariquemes e Ji-Paraná, onde estão os maiores colégios eleitorais do estado.

A surpreendente declaração de Ivo foi concedida ao site gentedeopinião, na sexta-feira e repercutida pelos jornalões Diário da Amazônia no sábado e no Estadão do Norte neste domingo, com chamadas de capa. Como conseqüência imediata, cresceu a mobilização para o atual mandatário chegar à ponteira em todo interior.

A afirmação de Ivo aconteceu simultaneamente a uma crise na Frente Progressista, a coligação que sustenta a candidatura de João Cahulla ao governo, com quase 10 agremiações coligadas e que demonstram não se entender. Afinal, todos vices na chapa desta aliança já indicados – de Neodi a Odacir - até agora acabaram fritados, num processo de autofagia.

Se o objetivo de Cassol era mexer nas estruturas políticas no estado, ainda antes do término da Copa do Mundo, conseguiu. Além de descer a lenha nos dois nomes que disputam a ponta nas pesquisas atuais – Expedito Júnior (PSDB) e Confúcio Moura (PMDB) – ele criou um clima de grande otimismo na base governista.

Partindo do ex-governador rondoniense, a surpreendente previsão não pode ser desprezada, mesmo porque trata-se do maior campeão de votos de todos os tempos em Rondônia. Ele esta cansado de ganhar eleições de virada, de inverter situações desfavoráveis para vitórias consagradoras.

Sobre o ex-governador Cassol lembro que existem até fatos pitorescos: Quando se dizia que o Palácio Presidente Vargas era sepultura de governadores, ele saiu mais gordo e ganhando eleição ainda em primeiro turno, numa façanha só conquistada por ele até hoje.

E tem mais: quem não lembra que na eleição de 2002 quando ele contrariou as previsões de todos videntes, babalorixás, bruxos e magos rondonienses, que apontavam ele um “sem-chances”, sendo seu destino à rabeira? Veio a eleição e uma fantástica vitória do rolimorense, até contra uma verdadeira coalizão de bruxaria. Ficou com fama de imbatível...

 

Conta outra, Ivo!

Mas chega de louvaminhas para Ivo, que, de fato, merece todo respeito e admiração do povo rondoniense, pelo espetacular trabalho das suas duas gestões.

Ivo é o cara, mas sapecou forte nesta declaração de que Cahulla vai ganhar em primeiro turno. Esta mais fácil galinha criar dentes do que o atual governador – que tem dificuldades para chegar pelo menos a ponta na jornada atual – obter um resultado tão fantástico.

É preciso, neste momento, caro leitor, um verdadeiro milagre, para que esta eleição seja decidida em primeiro turno.

Trata-se de um pleito regionalizado, com nomes fortes em cidades pólos. Para alcançar a façanha de vitória em turno único, Cahulla vai precisar derrotar a máquina petista na capital (aqui, os petistas de Sobrinho é quem cantam de galo...), bater Confúcio Moura em Ariquemes e no Vale do Jamari (lá, o dono da bola é o peemedebista), derrotar Acir em Ji-Paraná e região central (onde ele fez 70 por cento dos votos ao Senado em 2006), e Expedito Júnior (da região do café para cima) onde o tucano faz chover.

Ivo, pelo amor dos meus filhinhos: Cahulla, neste momento, esta levando um baile de Expedito na região do Café, na Zona da Mata, no Cone Sul e no Médio Guaporé. Se esta previsão de vitória em turno único se consumar, vou ficar convencido que temos um político em nossa aldeia, dotado de forças sobrenaturais! Galgar uma vaga ao segundo turno já é uma façanha.

Francamente, Cassol, reconheça: desta vez você sapecou pesado. Mas tem que se admitir, que como marketing político, a previsão teve efeitos benfazejos. Os marqueteiros da Alvorada, sempre brilhantes, nos momentos decisivos...  (Carlos Sperança Neto/Gentedeopinião)

 

 Fonte: Carlos Sperança. 
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