Terça-feira, 12 de maio de 2020 - 10h06
As
más notícias sobre a Amazônia estão hoje concentradas sobretudo em cinco
grupos: ataques aos índios, desmatamento, queimadas, crime organizado e agora
também impactos da Covid-19. As notícias positivas, bem menos numerosas mas em
ascensão, estão mais centradas em duas vontades. Uma, a crescente confiança em
que as ações rumo à sustentabilidade logo serão mais rentáveis que as
atividades predatórias e criminosas. Outra, a certeza de que a resposta para a
Amazônia e para a crise está em desenvolver a ciência e a tecnologia.
Nesse
particular, sabe-se que há milhares de projetos e ações em andamento, nem tudo conectado
como seria desejável em tempos de informação instantânea e onipresente, ou
seja, simultânea e verificável. Ainda há muita ânsia de aparecer na história
das descobertas como um Einstein, Marie Curie ou Alexander Fleming, mas a
tendência inevitável dos novos tempos é a de Prêmios Nobel concedidos a grupos
de cientistas de países e continentes diversos que cooperam entre si.
Isto
será bom também para a Amazônia, onde ocorreu há pouco uma promissora
videoconferência entre representantes do Censipam e do Inpe. O resultado dessa
junção de esforços será uma arma poderosa, apoiada pelos instrumentos de
vigilância, para empreender um implacável combate a todos os males. Contra as
Sars (doenças), a tecnologia dos SAR (satélites).
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Plano de ação
Precisou
Porto Velho chegar a mais de mil casos
de coronavirus e o estado de Rondônia já beirando os 2 mil para que as esferas
municipais e estaduais se unissem visando montar um plano de ação para enfrentar
esta pandemia que esta assombrando o mundo e que se dissemina forte em solo
rondoniense. Um planejamento que vai precisar da compreensão e apoio da
população que não tem feito seu dever de casa quanto ao isolamento social. O
índice de isolamento na capital rondoniense segue extremamente baixo.
Medo nos vizinhos
A
situação caótica do Acre, Rondônia e
Amazonas com relação a pandemia do coronavirus meteu medo nos países vizinhos
que reforçaram a fiscalização nas fronteiras. O Brasil hoje é considerado mau
exemplo na América Latina e boa parte dos casos da doença que ocorreram além
das fronteiras foram importados do Brasil, principalmente no Paraguai onde 87
por cento da incidência foi importada da nação verde amarela.
Povos isolados
O
Ministério da Saúde e a Funai se voltam agora com o problema da interiorização
da pandemia do coronavirus pela Amazônia. Temos pelo menos 28 povos indígenas
ainda isolados nos estados da região, sem contar ainda com o expressivo número
de índios residindo nas capitais do Amazonas e Roraima. Em Manaus, por exemplo,
onde vivem milhares de índios, existe um bairro quase que totalmente formado
pelos indígenas. A coisa já fugiu do controle
das autoridades sanitárias.
Em crise
Mesmo
com a injeção de recursos federais, os governos do Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e Minas Gerais terão dificuldades em quitar suas folhas do funcionalismo
público a partir de agora, sendo que em alguns estados já tem ocorrido parcelamento
dos salários desde as gestões
anteriores. Os gestores alegam que houve
recuo na arrecadação por conta da queda do movimento do comércio que caiu
drasticamente nos últimos 60 dias por conta da pandemia.
Cabelos em pé
Pelo
que se vê as esferas gestoras de Porto
Velho e de Rondônia não terão problemas com o caixa para o pagamento do
funcionalismo nos próximos meses. O governo do estado comprou um hospital com
R$ 12 milhões e a prefeitura da capital alugou outro estabelecimento hospitalar
para reforçar o atendimento dos pacientes do coronavirus. Mesmo assim existe
muita gente de cabelo arrepiado com a queda na arrecadação em vista da paralisação
das atividades comerciais.
Via Direta
*** Agora é para valer. O STF suspendeu
a pensão gorda dos ex-governadores de Rondônia e viúvas gerando boa economia as
divisas nos estados ***
Foi uma luta de quase duas décadas com
aprovação de lei na Assembleia Legislativa e tantos recursos e liminares
garantindo o benefício *** Segue em
banho maria os trabalhos de conclusão da ponte Rondônia-Acre na altura do
Abunã, agora nos aterros e obras de arte numa das cabeceiras *** Iniciada
em 2014 a obra teve várias paralisações a espera de aditamentos e de recursos
federais para sua conclusão *** Menos
afetado pela pandemia do coronavirus, o agronegócio rondoniense conseguiu ainda
ganhar mais impulso com o aumento do dólar *** A exportação da soja para a
China e da carne bovina para vários países vão garantindo uma boa arrecadação para o governo
rondoniense, “salvando a lavoura”.
Não se pode descartar uma coalizão da esquerda e centro-esquerda em Porto Velho
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