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Carlos Sperança

Doenças e satélites + Plano de ação para o coronavírus + Medo nos vizinhos + Povos isolados


Doenças e satélites + Plano de ação para o coronavírus + Medo nos vizinhos + Povos isolados - Gente de Opinião

Doenças e satélites

As más notícias sobre a Amazônia estão hoje concentradas sobretudo em cinco grupos: ataques aos índios, desmatamento, queimadas, crime organizado e agora também impactos da Covid-19. As notícias positivas, bem menos numerosas mas em ascensão, estão mais centradas em duas vontades. Uma, a crescente confiança em que as ações rumo à sustentabilidade logo serão mais rentáveis que as atividades predatórias e criminosas. Outra, a certeza de que a resposta para a Amazônia e para a crise está em desenvolver a ciência e a tecnologia.

Nesse particular, sabe-se que há milhares de projetos e ações em andamento, nem tudo conectado como seria desejável em tempos de informação instantânea e onipresente, ou seja, simultânea e verificável. Ainda há muita ânsia de aparecer na história das descobertas como um Einstein, Marie Curie ou Alexander Fleming, mas a tendência inevitável dos novos tempos é a de Prêmios Nobel concedidos a grupos de cientistas de países e continentes diversos que cooperam entre si.

Isto será bom também para a Amazônia, onde ocorreu há pouco uma promissora videoconferência entre representantes do Censipam e do Inpe. O resultado dessa junção de esforços será uma arma poderosa, apoiada pelos instrumentos de vigilância, para empreender um implacável combate a todos os males. Contra as Sars (doenças), a tecnologia dos SAR (satélites).

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Plano de ação

Precisou Porto Velho chegar a mais de  mil casos de coronavirus e o estado de Rondônia já beirando os 2 mil para que as esferas municipais e estaduais se unissem visando montar um plano de ação para enfrentar esta pandemia que esta assombrando o mundo e que se dissemina forte em solo rondoniense. Um planejamento que vai precisar da compreensão e apoio da população que não tem feito seu dever de casa quanto ao isolamento social. O índice de isolamento na capital rondoniense segue extremamente baixo.

Medo nos vizinhos

A situação caótica  do Acre, Rondônia e Amazonas com relação a pandemia do coronavirus meteu medo nos países vizinhos que reforçaram a fiscalização nas fronteiras. O Brasil hoje é considerado mau exemplo na América Latina e boa parte dos casos da doença que ocorreram além das fronteiras foram importados do Brasil, principalmente no Paraguai onde 87 por cento da incidência foi importada da nação verde amarela.

Povos isolados

O Ministério da Saúde e a Funai se voltam agora com o problema da interiorização da pandemia do coronavirus pela Amazônia. Temos pelo menos 28 povos indígenas ainda isolados nos estados da região, sem contar ainda com o expressivo número de índios residindo nas capitais do Amazonas e Roraima. Em Manaus, por exemplo, onde vivem milhares de índios, existe um bairro quase que totalmente formado pelos indígenas. A coisa já  fugiu do controle das autoridades sanitárias.

Em crise

Mesmo com a injeção de recursos federais, os governos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais terão dificuldades em quitar suas folhas do funcionalismo público a partir de agora, sendo que em alguns estados já tem ocorrido parcelamento dos salários desde  as gestões anteriores. Os gestores alegam  que houve recuo na arrecadação por conta da queda do movimento do comércio que caiu drasticamente nos últimos 60 dias por conta da pandemia.

Cabelos em pé

Pelo que se vê as esferas gestoras  de Porto Velho e de Rondônia não terão problemas com o caixa para o pagamento do funcionalismo nos próximos meses. O governo do estado comprou um hospital com R$ 12 milhões e a prefeitura da capital alugou outro estabelecimento hospitalar para reforçar o atendimento dos pacientes do coronavirus. Mesmo assim existe muita gente de cabelo arrepiado com a  queda na arrecadação em vista da paralisação das atividades comerciais.

Via Direta

*** Agora é para valer. O STF suspendeu a pensão gorda dos ex-governadores de Rondônia e viúvas gerando boa economia as divisas nos estados *** Foi uma luta de quase duas décadas com  aprovação de lei na Assembleia Legislativa e tantos recursos e liminares garantindo o benefício *** Segue em banho maria os trabalhos de conclusão da ponte Rondônia-Acre na altura do Abunã, agora nos aterros e obras de arte numa das cabeceiras *** Iniciada em 2014 a obra teve várias paralisações a espera de aditamentos e de recursos federais para sua conclusão *** Menos afetado pela pandemia do coronavirus, o agronegócio rondoniense conseguiu ainda ganhar mais impulso com o aumento do dólar *** A exportação da soja para a China e da carne bovina para vários países vão garantindo  uma boa arrecadação para o governo rondoniense, “salvando a lavoura”.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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