Domingo, 5 de julho de 2009 - 09h31
Ano a ano aumenta a violência escolar nos estabelecimentos de ensino de Rondônia, impulsionada pelos efeitos do tráfico de drogas. A delinqüência juvenil ganha proporções cada vez maiores e todas as estatísticas coletadas no estado, indicam cada vez mais a participação de menores e adolescentes em estupros, arrombamentos, assaltos, latrocínios. Os jovens já predominam nos presídios rondonienses, abarrotando as delegacias, cooptados para o tráfico de entorpecentes.
Levar alguma arma a escola passa a ser corriqueiro em alguns bairros periféricos, como também é uma constante a presença de traficantes nas proximidades dos colégios, ou de crianças usando drogas em logradouros públicos. Para o jovem atual, andar armado virou moda, e ponto de afirmação, como era pra os jovens da década 70, da geração laranja mecânica, usar a calça Lee, para se diferenciar. A atual forma de expressão da nossa juventude tornou-se efetivamente perigosa.
Pouco tem sido feito para combater tudo isso e alunos, professores, funcionários da escola tem penado constantemente com esta situação, que tende aumentar, caso as autoridades municipais e estaduais ligadas à educação e segurança pública não tomem medidas mais drásticas. Os problemas são visíveis, mesmo assim quem deveria equacionar estes problemas continua omisso.
Creio que é preciso investir mais forte no aparelhamento da patrulha escolar, como forma de vigiar os estabelecimentos escolares. Vou mais longe: é necessário equipar as escolas para enfrentar esta situação, a partir da instalação de câmeras, o chamado “olhar eletrônico”. Recentemente o deputado professor Dantas pediu a implantação de um sistema genérico, o ronda escolar, nas escolas rondonienses, mas até agora a secretaria de estado daeducação sequer se pronunciou a respeito do assunto.
Enquanto nossas secretarias de educação e de segurança agir de forma dissociada, não teremos como avançar no combate as drogas e, por conseguinte, a violência escolar. É imperativo também que as autoridades municipais e estaduais comecem a falar a mesma língua, porque o tráfico de drogas tem aumentado geometricamente nos estabelecimentos de ensino e que os próprios pais prestem mais atenção no comportamento dos filhos adolescentes. Haverá alguma uma luz ao fim do túnel?
Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
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