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Carlos Henrique

Reconstrução: RO tira benefícios da enchente


Superação do infortúnio. Isso vale para a seleção, que pode jogar muito mais, vencer a Alemanha e conquistar o sexto título. Como disse o “Capita” Carlos Alberto Torres, o campeão do mundo vai sair do jogo Brasil-Alemanha, pouco importando o resultado de Argentina X Holanda. Mas eu não retomei o discurso para falar sobre futebol.
Superação é um vocábulo que se enquadra perfeitamente à realidade rondoniense, depois da cheia histórica do rio Madeira, que isolou Guajará, desabasteceu o Acre e deixou milhares de desabrigados em Rondônia. Passado o desastre, instalou-se na consciência geral a necessidade de reconstruir, organizar e prevenir, pois novas cheias certamente virão.
Não se pode desconsiderar que Rondônia conseguiu finalmente superar a questão da dívida do Beron. Por enquanto é apenas uma liminar do ministro Ricardo Lewandowisky – quem diria – que impede o desconto de mais de R$ 15 milhões mensais do FPE rondoniense. Os incrédulos e os oportunistas sentenciam que o benefício é transitório e tudo voltará a ser como antes no julgamento do mérito no STF.
Não é. Rondônia possui argumentação e documentos fortíssimos para demonstrar no Supremo que foi absolutamente irregular a elevação da dívida do Beron de R$ 60 para quase R$ 500 milhões na mágica que cheira a fraude operada pelo Banco Central. E mais: documento do próprio BC admite que à época, o Beron possuía depósitos compulsórios no Banco Central em valor superior ao registrado como dívida real, que provocou a intervenção. Ou seja: Rondônia pode ganhar e ainda exigir a devolução dos valores até hoje retidos indevidamente.
Outra consequência positiva da enchente foi a abertura da BR-421 (ou BR-080), que liga Ariquemes a Nova Mamoré. A rodovia tira definitivamente a região de Guajará do risco de novo isolamento em decorrência das cheias do Madeira, reduz em pelo menos 100 quilômetros o acesso ao Acre das cargas oriundas de outros estados e reduz um pouco o volume de caminhões pesados do tráfego urbano de Porto Velho. Confúcio não é mineiro, mas sabe tomar sopa pelas bordas.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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