TEATRO ESTADUAL LABIBE BÁRTOLO

Na nossa modesta opinião, entendemos que assim deveria ser denominado o nosso teatro estadual. O amigo Silvio Santos, o famoso Zékatraca, lançou esta semente há algum tempo, porém o nosso companheiro Antônio Cândido, escreveu um artigo, dizendo que pelo fato de Dona Labibe ainda estar viva, o teatro não poderia ser batizado com o seu nome.

Até aí tudo bem, se neste estado não tivéssemos conjuntos habitacionais com nomes de pessoas vivas como Chagas Neto e Odacir Soares, Estádio de Futebol Biancão, e também uma Escola Estadual com o nome do nosso querido amigo, escritor e historiador Abnael Machado.

Quero esclarecer aos queridos leitores que as homenagens citadas acima são mais que merecidas. Não pretendo causar polêmica com os homenageados nem com seus familiares, pois tenho o prazer de gozar da amizade de todos estes homenageados, o empresário Chagas Neto, Chaguinha para os amigos, o Odacir Soares, esposo da minha prima Leinha, Professor Abnael, que já foi meu mestre na época de ginásio, e também o ex-governador e prefeito de Ji-Paraná José Bianco, desde quando advogava com Hugo Mota e Agenor de Carvalho.

Algumas pessoas talvez queiram argumentar que naquele tempo não havia esta lei que proíbe homenagens a pessoas vivas, evitando que as mesmas usem estas homenagens politicamente. O Tribunal de Justiça irá inaugurar brevemente o novo Fórum Civil, na Avenida Lauro Sodré, que receberá o nome do Desembargador César Montenegro, uma justíssima homenagem, pelos relevantes serviços prestados ao judiciário desde os tempos de território. Doutor César Montenegro iniciou suas atividades como juiz em Guajará Mirim nos ano 60.

Dona Labibe completou em maio deste ano 100 anos de vida, encontra-se em uma cadeira de rodas após uma fratura no fêmur e um AVC. Tem raríssimos momentos de lucidez, e em sua última entrevista nos disse que nunca recebeu uma homenagem do estado e nem do município.

O jornalista e historiador Lucio Albuquerque, está disposto a fazer uma campanha para assim batizar o teatro. Os companheiros aqui do “Gente de Opinião”, Ivo Feitosa e Ciro Pinheiro também concordam com a homenagem.

Dona Labibe, chegou a Porto Velho em 1912, com três anos de idade. Foi cantora, atriz, bailarina, poetiza, declamadora, além de organizar os primeiros blocos carnavalescos e as famosas tertúlias para os mais jovens. Iniciou suas apresentações em coretos e em praças públicas, apresentando-se para os grandes governantes da época. Depois passou a se apresentar no palco do Teatro Fênix, situado na Rua da Palha, hoje Rua Natanael de Albuquerque. Felizmente os filhos e netos seguiram a veia artística da grande matriarca. 

Dona Labibe Bartolo, 100 anos de vida e muito otimismo.  (Fonte: Gente de Opinião)

Labibe Aiech Bártolo, nasceu em Manaus, em 13 de maio de 1909. Casou-se em 1925 com Joaquim Francis Bártolo. Desta união nasceram os filhos Walter, Rodolfo, Joaquim, Nilce, Raquel e Fátima. Tem 12 netos e 20 bisnetos.

Convivi toda minha infância no bairro Caiarí. Fui sempre muito próximo da família Bartolo, e cheguei a estudar com o seu neto mais velho o Wagner. Daqui envio minhas homenagens e abraços a todos seus filhos, netos e bisnetos. A querida Vovó Labibe um beijo no seu coração... QUE DEUS SEMPRE LHE ABENÇÔE...

Fiquem todos com Deus... 

Até a próxima.

ANISIO GORAYEB