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Carlos Sperança

Superando barreiras e os bons gestores


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Ler e confiar

Um plano, quatro eixos, doze objetivos e 110 páginas foram entregues ao mundo como a nova estratégia do Brasil para responder ao desafio de oferecer uma resposta positiva ao risco de apocalipse climático. Todo esse arcabouço de várias peças tem por objetivo maior conquistar a confiança do mundo, perdida após décadas de descuido, incompetência, prevaricação, falta de planejamento e de infraestrutura.

O governo ainda não demonstrou capacidade para unir o país em torno de uma agenda mínima e emergencial. Especificamente, o Lula 3 é um marco da vitória da Constituição sobre o golpismo e teve um primeiro trimestre além das melhores expectativas, mas não demostra interesse em unir o país – e a união será vital quando as dificuldades aparecerem, a partir do segundo semestre.

Serão dificuldades menores e mais admininistráveis se a leitura das 110 páginas da nova estratégia brasileira para a prevenção e controle do desmatamento na Amazônia inspirar no exterior a noção de que precisa entrar com a sua parte em dinheiro: pagar serviços ambientais e investir nas potencialidades do país depois da vitória sobre o golpe em 8/1. Por enquanto, o que se viu é que ou o Parlamento Europeu não leu ou não acredita no plano, já que aprovou há pouco (281x58) resolução contrária ao acordo entre a UE e o Mercosul, acusado de desrespeitar o Acordo de Paris e não cumprir as normas sanitárias e ambientais do bloco.

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Eleições em PVH

De 1985, quando foi realizada a primeira eleição a prefeito em Poro Velho depois da criação de estado, já foram 10 alcaides eleitos pelo voto direto na capital rondoniense. Apenas o petista Roberto Sobrinho e o tucano Hildon Chaves foram reeleitos. Na lista também pode ser incluído o nome de Carlinhos Camurça que era vice e completou o segundo mandato de Chiquilito Erse que também tinha sido reeleito. O primeiro dos eleitos foi Jerônimo Santana (MDB), que aproveitou também dos ventos favoráveis da Aliança Democrática e se elegeu governador em 1986.

Buscando o CPA

A maioria dos prefeitos de Porto Velho se arriscou na busca do então Palácio Presidente Vargas, sede do governo estadual nas décadas passadas. Assim foi com Chiquilito Erse, cuja trajetória política foi encerrada por uma doença degenerativa ainda como prefeito da capital, José Vieira Guedes e Carlinhos Camurça. O petista Sobrinho, que tinha apoio suprapartidário para disputa ao governo e nome expoente bola a vez na época, foi sabotado pelo PT e não conseguiu entrar na disputa quando cumpria seu segundo mandato. Agora entra nas paradas o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (União Brasil) na peleja de 2026.

Superando barreiras

Com o bairrismo existente no interior do estado, onde predominam paranaenses, gaúchos, mineiros, goianos, capixabas e catarinenses, os candidatos ao governo do estado com base em Porto Velho (de colonização amazônica e nordestina) tiveram esta barreira ao longo do tempo, que foi vencida pelo atual governador Marcos Rocha (União Brasil) nos últimos pleitos, se elegendo e reelegendo. A interiorização do seu nome é um desafio para o atual prefeito Hildon Chaves que já providenciou um antídoto para o problema: se elegeu presidente da Associação Rondoniense dos Municípios-AROM e com isto terá presença marcante no interior.

O que pegava

Com prefeitos que acordavam as seis da matina para trabalhar e que já eram vistos pelas madrugadas nas feiras livres, cito o caso de Marcos Donadon em Vilhena, os candidatos da capital tinham dificuldades em chegar cedo nos municípios do interior e quando pernoitavam a noite exaustos, dormiam até mais tarde do horário dos prefeitos e candidatos da roça. Então os postulantes da capital eram taxados de preguiçosos e a coisa colava. Sem dúvidas, a coisa será colocada em prática com Hildon Chaves, se não tomar cuidado, pois já se diz no interior que é um “mauricinho” da terceira idade. Por conseguinte, no interior, que trate de acordar cedo para proporcionar uma boa impressão.

Bons gestores

O interior do estado teve grandes prefeitos em décadas passadas, de Marcos Donadon (Vilhena), a Valdir Raupp e Ivo Cassol  (Rolim de Moura) Divino Cardoso (Cacoal), de José Bianco (Ji-Paraná) a Ernandes Amorim (Ariquemes), e por isto vários deles fizeram história como alcaides e Raupp, Bianco e Ivo Cassol alcançaram o então Palácio Presidente Vargas. Nesta temporada será a vez de Hildon Chaves, com gestão bem avaliada, a entrar nas paradas, onde recordistas de popularidade da capital como Chiquilito, tubularam gloriosamente enfrentando adversários do interior. Lembrando que no interior rondoniense temos dois terços do eleitorado do estado.

Via Direta

*** Pela primeira vez na história de Porto Velho a prefeitura vai priorizar a regularização fundiária nos distritos, começando pela localidade de Extrema, a quase 350 quilômetros da sede *** Os distritos mais populosos de Porto Velho serão beneficiados, como União Bandeirantes onde está prevista a regularização de 3.500 propriedades *** Por falar no interior,  a zona rural  de Porto Velho vai se consolidando como a maior bacia leiteira do estado ***Baixa o dólar, baixa a arroba do boi e a saca da soja e o custo de vida segue difícil de domesticar nos supermercados *** E como explicar tantas redes de farmácias e tantas se instalando na frente das outras, numa competição canibalesca? Compadre, aí tem, aí tem...

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