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Carlos Sperança

Reinventar ou corrigir + Corrida a Portugal + Valdir Raupp não é candidato ao Senado


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Reinventar ou corrigir

No mundo cheio de contradições, quase um bilhão de pessoas vivem situações de desnutrição, mas um homem, Elon Musk, enriqueceu ainda mais e pôde comprar um brinquedo (a plataforma Twitter) de US$ 44 bilhões. O mundo é assim e não vai mudar de uma hora para outra, mas há cientistas e filantropos supondo que os homens que conseguem enriquecer até em pandemias poderiam reinventar o mundo e torná-lo mais justo.

Relatório da FAO em 2015 alertava que a eliminação da fome crônica no mundo iria requerer investimentos de US$ 267 bilhões por ano daquele ano até 2030, mero 0,3% do PIB mundial. Já que os programas de combate à fome no Brasil somam ao redor de 0,5% do PIB não parece difícil fazer. No entanto, o máximo que a ONU faz é recomendar ações, pois sua participação direta nelas é limitada por legislações internas e resoluções que os países poderosos refugam ou boicotam.

Com a impossibilidade de mudar já o planeta, fala-se em “reinventar o Brasil”. Piorado pela birrenta e infantil briga de cuspe entre as instituições, o país vê a democracia e a economia em risco. Até a eleição, faltará comida e sobrará cuspe. Regionalmente, quando se fala em “reinventar a Amazônia”, os olhos se voltam para a Zona Franca de Manaus e o impasse se instala. Na impossibilidade de superá-lo, o jeito é deixar de lado a reinvenção e tentar uma agenda mínima contra a miséria.

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Só na convenção

O candidato ao Senado Jayme Bagatolli – que já alvo de missas encomendadas pela concorrência –resolveu peitar o senador Marcos Rogério, presidente estadual do PL na questão da homologação do nome ao Senado pelo partido cujo embate só será resolvido na convenção do meio do ano. MRogério não esconde a preferência por seu aliado Expedito Junior, bem postado nas sondagens eleitorais no interior e não conseguindo sacramentar este acordo vai buscar Jaqueline Cassol. Bagatolli diz que tem apoio dos irmãos Bolsonaro, mas Flávio já está fechado com Mariana Carvalho (Podemos).

Chapa bolsonarista

Por sua vez, a chapa do governador Marcos Rocha (União Brasil), que toca seu projeto de reeleição já tem sua dobradinha ao Senado firmada. Trata-se da deputada federal, a ex-tucana Mariana Carvalho (Porto Velho), que se transferiu para o Progressistas. Rocha tem uma boa estratégia para encarar o favoritismo de Leo Moraes (Podemos) na capital. Além do pix, ele já conta com o apoio do prefeito Hildon Chaves (PSDB), tem na sua chapa a federais Cristiane Lopes (União Brasil), que obteve cerca de 100 mil votos nas eleições municipais. No papel é uma baita aliança, vamos ver nas urnas.

Com favoritismo

Na largada pela corrida sucessória estadual em Porto Velho temos na dianteira o deputado federal Leo Moraes (Podemos) e ao Senado a deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos). No caso de Mariana, ela irá enfrentar candidatos bem postados no interior como Jayme Bagatoli (Vilhena), Expedito Junior (Rolim de Moura), não estando descartada ainda a presença do ex-governador Valdir Raupp (MDB) nesta peleja. E como Mariana ao Senado, Leo carece de bases fortes no interior rondoniense para enfrentar a concorrência ao CPA.

E no MDB?

 Ainda se tratando da eleição ao governo estadual e ao Senado, para efeito de consumo externo, o ex-governador Valdir Raupp (MDB –Rolim de Moura) não é candidato ao Senado e tampouco o senador Confúcio Moura (Ariquemes) é postulante ao Palácio Rio Madeira. Nos bastidores do partido se fala que a coisa só será decidida na convenção em junho e se os dois se entenderem, ambos vão à luta. Como sabe, Confúcio e Raupp estão rompidos desde as convenções estaduais de 2018 do MDB que afundaram a campanha de Maurão de Carvalho ao CPA.

Corrida a Portugal

Impressiona a nova corrida imigratória para Portugal, havendo uma verdadeira febre neste sentido em vários quadrantes do estado de Rondônia. Neste momento na corrida aos passaportes  para a mudança se destacam moradores das regiões de e Ji-Paraná, Ouro Preto, Cacoal, Vilhena e Porto Velho. Do interior rondoniense são notadamente operários da construção civil, empregadas domesticas, motoristas, pintores, azulejistas. No caso da capital também muitos funcionários públicos aposentados buscando sossego e mais segurança.

Via Direta 

*** Com a saúde precária e uma segurança caótica em Rondônia era de se esperar governador e o prefeito da capital em maus lençóis em termos de popularidade *** No entanto, o prefeito  Hildon Chaves ganhou a eleição em Porto Velho e sua imagem passou fortalecida ante a estas questões e a das alagações em 2020 *** E o que se vê atualmente é o governador Marcos Rocha também levando pedradas pelas questões de saúde e segurança, mas se  for levada em conta as reeleições de Ivo Cassol e Confúcio Moura com os mesmos problemas, ele passará também incólume*** Rocha tem a poção da reeleição herdada dos antecessores: pagamento rigorosamente em dia do funcionalismo e dos fornecedores, economia e PIB crescentes, além de iludir o eleitorado com obras importantes que talvez nem sejam concluídas, casos do Hospital Heuro e da rodoviária da capital.   

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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