Segunda-feira, 14 de março de 2022 - 08h05
Desde
a antiguidade se diz que “na guerra, a primeira vítima é a verdade”. Hoje a
guerra não é mais só feita de sangue. É travada também nas redes e as armas são
narrativas, memes e pegadinhas. A verdade é vitimada toda vez que os robôs da
guerrilha virtual disparam boatos a milhões de celulares.
É
preciso ter bons critérios para não aceitar como verdade qualquer versão de uma
“narrativa”. Em geral, quem repassa informações sem checar vai depois passar
vergonha no círculo de amigos e seguidores. Agora mesmo há o caso de
declarações do general Hamilton Mourão, presidente do Conselhão da Amazônia,
sobre excluir o Mato Grosso da Amazônia Legal.
Quem
quer tirar o MT seleciona uma afirmação de Mourão que lhe interessa e a divulga
como apoio à exclusão: “É excluído parte do Mato Grosso, que pertence à
Amazônia Legal, e aí ele passa a ser só do bioma cerrado”. Quem acha errado
excluir propaga esta declaração do mesmo Mourão: “A verdade é que o norte do
Mato Grosso é Amazônia”.
Afinal
de contas, o quê Mourão realmente disse e qual é sua posição a respeito? Disse
que vale a lei, e só o Congresso pode modificá-la. Além da verdade, tudo leva a
crer que as leis também são vítimas das guerras. No fim, patriotismo é eleger
bons senadores e deputados federais, pois o governo e o STF só obedecem às leis
que o Congresso mantém, cria ou elimina.
................................................................................
Onda bolsonarista
Pelo
menos três parlamentares eleitos que surfaram
na onda bolsonarista em 2018, o deputado federal Chrisóstomo (PL-Porto Velho) e
os estaduais Eyder Brasil (PL-Porto Velho) e Jonhy Paixão (União
Brasil-Ji-Paraná) disputam a reeleição esperando uma nova onda para terem sucesso.
Da mesma forma, o candidato ao Senado do segmento Jayme Bagatolli (PL-Vilhena).
Uma maré política, diga-se de passagem, que perdeu força no País em vista da
pandemia do covid, recessão e agora a crise provocada pelo aumento dos
combustíveis. Até os caminhoneiros estão em pé de guerra com o Palácio do
Planalto. Todos perigam enfrentar o “rebaixamento”, para a série B.
E a maré petista?
Também
não se constata uma onda petista acontecendo em Rondônia, como ocorreu na década
passada, e se acontecer vai ser daquelas provocadas por um efeito manada de
última hora. Por isto a ressurreição política da ex-senadora Fátima Cleide como
candidata a Câmara dos Deputados está difícil. Também não se vê, num estado
conservador como Rondônia, o candidato ao governo petista, Anselmo de Jesus
(PT) em condições de polarizar na eleição com nomes como os do governador Marcos
Rocha (União Brasil), Leo Moraes (Podemos), Marcos Rogério (PL) e Confúcio
Moura (MDB).
Descongestionamento
No
Cone Sul rondoniense, sem o ex-deputado federal Natan Donadon (MDB) vetado pela
justiça eleitoral e o atual prefeito Eduardo Japonês (PV) acuado com um
processo de cassação, fora da disputa das cadeiras a Câmara dos Deputados,
temos um claro descongestionamento beneficiando o candidato Evandro Padovani
(União Brasil-Vilhena). Tudo indica que a região voltará a contar com um representante,
depois de Arnaldo Lopes Martins, já falecido e Natan Domadon impedido pelas
instâncias da justiça. Padovani representa o agronegócio e não depende de onda
bolsonarista, como é o caso do Coronel Chrisostomo. Padovani já tem luz própria.
Volta com força
Com
a possível anulação da condenação do ex-senador Valdir Raupp por malversação do
dinheiro público, ele volta com força para disputar uma cadeira ao Senado. Caso
seja confirmado na peleja, ele terá a preferência do partido a partir de
orientação do Diretório Nacional, caso Confúcio e Mosquini se voltem contra sua
postulação. Neste momento da disputa o ex-ministro da Previdência Amir Lando
que apreciaria contar com o apoio do MDB na sua peleja ao Senado da República
seria o mais prejudicado. O cenário ao Senado ainda tem muitas indefinições e
um dos favoritos nesta peleja, Expedito Junior estuda um novo planejamento
depois que foi abandonado por Hildon Chaves e o clã Carvalho.
Troca-troca
Nos
primeiros dias da janela partidária, aquela que permite aos deputados estaduais
e federais em trocar de legendas sem a punição da perda de mandato, o partido
mais beneficiado foi o PL, do presidente Jair Messias Bolsonaro no Congresso
Nacional. Quase 20 deputados federais deixaram outras siglas se transferindo
para as asas governistas. Em Rondônia a previsão de mudanças maiores beneficia
o União Brasil do governador Marcos Rocha. Acredita-se que vem aí uma penca de
parlamentares estaduais para o novo partido para a batalha da reeleição.
Via Direta
*** A Rondônia Rural Show, em maio em
Ji-Paraná, marca a volta das exposições agropecuárias em Rondônia depois de
longo tempo com a pandemia do covid *** Lembrando que os eventos do agronegócio
impulsionam a economia rondoniense, principalmente nos municípios de Ariquemes,
Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena que realizam exposições de ponteira
*** Os suplentes que assumiram na
Assembleia Legislativa têm atuação apenas regular no Legislativo. Seja o tucano
Alan Queiros (Porto Velho), o ex-petista Ribamar Araújo (Candeias do Jamari) ou
Jean Mendonça (Pimenta Bueno) vão ter que se suar muito para buscar a sonhada
reeleição *** Na região amazônica temos o retorno de mais uma grande festa
folclórica, a dos bois-bumbás em Parintins, no meio do ano. A cidade já ferve em
preparativos.
Léo Moraes tem desafios importantes pela frente, os vereadores estão famintos por secretarias
Preço e saborO apreciado escritor Roger Stankewski, guru dos melhores empresários brasileiros, cunhou a fórmula do melhor vendedor do mundo: “O clie
Pelo menos cinco governadores estão se preparando para a disputa presidencial em 2026
Prato de comidaA devastação das terras indígenas sempre foi um espinho cravado na consciência nacional. Os massacres de índios ao longo da história
Mesmo com tantas medidas protetivas continua explodindo em todo o país casos de feminicídios
O nome certoA palavra “revolução” tem sido usada sem muito critério. O golpe de Estado de 1964 foi assim considerado, até se desmoralizar por mau us
O presidente estadual do MDB Lucio Mosquini está sendo cobrado para deixar o partido
Olho na águaNinguém imagina que os pinguins das águas frias do Sul possam um dia se extinguir, apesar das notícias frequentes sobre mortes de seus b