Terça-feira, 25 de outubro de 2022 - 08h20
Na
falta de união nacional e latino-americana, prevalece a boataria. Enquanto o
Brasil não define quem será seu líder para os próximos quatro anos, o vácuo é
ocupado pelo novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, cujas declarações são
recebidas pelo mundo como de um qualificado interlocutor para questões
amazônicas. Há pouco, ele mexeu em ninho de marimbondos ao dizer que mantém
conversas com a Otan “para [ela, Organização do Tratado do Atlântico Norte] cuidar
da Floresta Amazônica”. Não deveria causar espanto, já que a Colômbia desde
2015 tem acordo de cooperação com a Otan sobre segurança, crime organizado e
terrorismo. Ainda não se viu grande resultado do acordo, mas parece que vai se
desdobrar.
O
interesse pela fala vem de a Colômbia ser o primeiro país sul-americano a
concluir um acordo de cooperação com a Otan diante da crescente influência da
Rússia e da China na região. Os marimbondos, porém, atacaram em 21 de setembro,
quando o presidente Joe Biden anunciou a Colômbia como aliado estratégico fora
da Otan: “A Colômbia é a pedra angular de nossos esforços compartilhados para
construir um hemisfério próspero, seguro e democrático”. Como o Brasil, desde
2019, tem o status de “aliado importante” dos EUA fora da Otan, parece que a
“pedra angular” mudou de endereço. O assunto voltará depois que o Brasil
definir quem dará as cartas em 2023.
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Eleições 2022
Com
os petistas garantindo que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (SP) ampliou
a vantagem na disputa pelo Palácio do Planalto com o atual presidente Jair Messias
Bolsonaro (PL-RJ) e os bolsonaristas afirmando que houve uma grande virada a
partir de melhoras na campanha em Minas, São Paulo e Rio de Janeiro, vamos as
urnas neste domingo. O fato é que Bolsonaro tem descontado pelo menos um ponto
de percentual de intenções de votos por semana. Se os lulistas não conseguirem conter
está ascensão bolsonarista chegaremos dia 30 num empate técnico no que tange as
intenções de votos. Trocado em miúdos, uma peleja sensacional!
Em Rondônia
No
que se refere as eleições em Rondônia, com as pesquisas apontando um empate
técnico entre os candidatos Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) e o
senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), ninguém quer dar moleza para ninguém. Em
Porto Velho se constata que as caminhadas tradicionalmente desenvolvidas nas avs.
Sete de Setembro (Centro), Jatuarana (Zona Sul) e Amador dos Reis (Zona Leste)
se espicharam por outras avenidas importantes da capital. Também os distritos
pouco explorados em pleitos anteriores estão recebendo carreatas e caminhadas
de ambos candidatos. E alguma lama rolando nos bastidores.
Reflexos da eleição
Havendo
uma derrota do governador Marcos Rocha (União Brasil) no seu projeto de
reeleição, terão prejuízos eleitorais futuros o atual prefeito de Porto Velho Hildon
Chaves (PSDB) que planeja disputar o governo em 2026 e a deputada federal Mariana
Carvalho (Progressistas) em possível dobradinha com o tucano para disputar uma
das duas cadeiras ao Senado no próximo pleito. Como a coisa apertou e Rogério está
vindo quente e fervendo no interior, Hildão e Mariana abraçaram de vez a
campanha de Rocha buscando ampliar a vantagem governista na capital.
Em Vilhena
Com
denuncia de pesquisas fraudulentas, a eleição suplementar em Vilhena, para
eleger o substituto do prefeito cassado Japonês a disputa entra na reta final pegando
fogo. O delegado Flori (Podemos) enfrenta a ex-prefeita Rosani Donadon (PSD),
ambos derrotados na recente eleição a Câmara dos Deputados. Pela recente
pesquisa divulgada, Flori estaria na dianteira mas ela não vale, está sob
judice. O clã Donadon que manda na política do Cone Sul há décadas busca recuperação
depois de recentes derrotas e cassações de mandatos de seus membros nos últimos
anos.
O divisionismo
Mais
uma vez o divisionismo político do Cone Sul rondoniense – que na esfera da Assembleia
Legislativa elegeu três representantes – não emplacou nenhum deputado federal.
A região que já teve Arnaldo Lopes Martins e Natan Donadon, há mais de duas décadas
não elege deputado federal e a fragmentação de votos entre Evandro Padovani, Rosani,
delegado Flori, Wiweslando e cia mais uma vez deixou a região fora da bancada
dos deputados federais. Se perdeu um deputado estadual, não elegeu federal, a região
comemora a eleição de Jaime Bagatolli (PL) ao Senado numa virada sensacional
sobre Mariana Carvalho (Progressistas).
Via Direta
*** No vizinho Estado do Acre o próprio
governador Gladson Cameli (PP) comanda as carretas de apoio ao presidente Jair
Bolsonaro. Como se sabe, o estado é um dos maiores polos bolsonaristas do
Brasil ***
Em Rondônia os dois candidatos no segundo
turno, Rocha e Rogério apoiam o presidente Jair Messias e acreditam numa bruta
vitória do messias no estado *** No
Amazonas, o governador Wilson Braga a eleição apoia Bolsonaro, mas lá os petistas
ganharam a peleja no primeiro turno ameaçam
repetir a façanha no segundo turno *** O ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo
Pires que apoiou Expedito ao Senado, agora aposta suas fichas numa vitória de
Marcos Rogério (PL) no pleito de domingo ao Palácio Rio Madeira.
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