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Carlos Sperança

Que todos entendam a lei


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Que todos entendam a lei

Interessante versão da Constituição Federal em Nheengatu, idioma híbrido conhecido em Portugal como a “Língua Geral” dos povos indígenas, será lançada em breve. Elaborada com a participação de 12 representantes dos povos amazônicos, com o apoio de consultores coordenados pela juíza Andrea Medeiros, a iniciativa foi uma forma de chamar a atenção para a importância dessa linguagem própria dos índios, que apesar de proibida pelo reino luso ainda sobrevive nos mais remotos rincões da floresta.

Seria também o caso de trocá-la em miúdos para orientar os brasileiros incautos e manipulados que desonram seu país ao se envolver em aventuras golpistas, descambando para o vandalismo e o crime de lesa-pátria. A Constituição, detalhista e minuciosa, garante com muita clareza quais são os direitos e deveres dos patriotas, estipulando cláusulas pétreas que não podem ser atacadas sem castigo e extremamente flexível, permitindo emendas por decisão do Congresso.

Melhor expressão da democracia brasileira, ela tem como guardiãs todas as forças do Estado nacional e as dúvidas e transgressões são levadas a um foro altamente privilegiado: o Supremo Tribunal Federal, onde juristas especializados das mais diferentes formações zelam para que a Carta Magna seja cumprida fielmente. Não é preciso a ler em Nheengatu para saber que quem golpeia o Estado merece todo o rigor da lei.

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É recorrente

Como a história é recorrente em Rondônia. Depois de duas décadas das promessas das autoridades da época (anos 2000) acenarem com o abastecimento de 100 por cento da população de Porto Velho com água tratada, a coisa volta à tona novamente. Apenas esburacaram algumas ruas em alguns conjuntos antigos para rede de água tratada, com recursos federais, que a Caerd e os expoentes rondonienses voltaram a falar em atender toda a população novamente em sua plenitude, em 100 por cento. É mais fácil galinha criar dentes e a coisa vai longe, no mínimo uma década para romper todo este atraso terceiro-mundista.

Vejam o histórico

Não conhecendo o histórico  de promessas não cumpridas dos políticos rondonienses em cumplicidade com  muitas  empreiteiras que entregam a coisa pela metade e somem com a grana no bolso de creches e viadutos, pontes, escolas e casas populares inacabadas, muita gente acredita em  nova rodoviária em um ano e meio, hospital Euro em dois anos, ponte binacional em Guajará Mirim (não existe nem a conclusão do hospital regional por lá) em breve, Usina Hidrelétrica de Tabajara em Machadinho, pavimentação da BR 319 até Manaus, etc., etc. Infelizmente a maioria das previsões não se confirmam. Ora, é como se acreditar em boitatá e saci pererê, em botos engravidando caboclas ribeirinhas.  

As homenagens

A Associação Rondoniense de Municípios-AROM foi homenageada pelos seus 30 anos de fundação na Assembleia Legislativa com prefeitos e fundadores recebendo o prestigiamento dos parlamentares. Ainda lembro de uma das primeiras reuniões para a fundação da entidade e naquela época denominada de Associação dos Prefeitos, sob a liderança do jovem alcaide de Rolim de Moura, Valdir Raupp de Mattos. Uma das primeiras reuniões da entidade foi numa das salas da antiga Assembleia Legislativa com os prefeitos da época e Raupp, que futuramente seria eleito govenador, já se articulando bem para carrear recursos para os municípios.

Os embargos

A audiência pública marcada pela Assembleia Legislativa para tratar dos embargos de terras em Rondônia, marcada incialmente para o dia 14, quarta-feira foi chutada para o próximo final de semana. Com tantos conflitos de terras no estado, o evento convocado pelo deputado estadual Alex Redano interessa a todos os rondonienses, já que existem várias regiões afetadas pelos embargos, principalmente o Vale do Jamari, polarizada por Ariquemes, que a base do parlamentar de Redano. Nos últimos anos se multiplicaram as invasões de reservas indígenas e parques nacionais.

Novo adiamento

Que nenhum aldeão portovelhense fique espantado com o novo adiamento para do funcionamento recreativo e turístico do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, agora marcado para setembro. Ocorre que os prazos anunciados nunca se confirmam, como é o caso daquele monumento histórico que passou por diversas reformas bancadas pela Usina de Santo Antônio. Passando por lá ontem pela manhã, para apreciar o recuo das águas do Rio Madeira, constatei que mesmo com toda limpeza, a população de urubus aumentou, instalada em pontos próximos, bem vizinhos ao porto do Ca N’Água, que é um cartão postal às avessas da capital rondoniense

Via Direta

*** Agora vai ser proibido falar mal dos políticos? Estou aproveitando os momentos derradeiros. Petistas e bolsonaristas se uniram para aprovar a proibição no Congresso *** O Brasil está recebendo uma reposição imigratória. Está perdendo contingentes humanos para os Estados Unidos, Portugal e Espanha, e  segue ganhando imigrantes da Venezuela *** Caravana deles tem passado por Porto Velho, expulsos do Peru e do Chile, vindos pelo Acre e também oriundos da região de Pacaraima, em Roraima *** Como os  trabalhadores venezuelanos estão indo para o Paraná destinados à construção civil e frigoríficos, desta vez Porto Velho não é tão atingida pela imigração venezuelana *** Por falar em migração, os médicos formados em Rondônia, na sua maioria estão se deslocando para o interior de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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