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Carlos Sperança

Perigos no ar e a briga bolsonarista!


Perigos no ar e a briga bolsonarista! - Gente de Opinião

Perigos no ar

A Escola de Políticas Públicas e Governo da Fundação Getúlio Vargas está às voltas com uma ampla e minuciosa pesquisa a respeito das relações entre a poluição do ar, o clima e a saúde. No antigo Brasil rural, quando só as capitais e raras outras cidades de cada Estado poderiam ser consideradas metrópoles, a estrutura de saúde era pressionada por picadas de cobras e tiroteios.

Desconsiderando complicações provenientes de Covids mal curadas,  observa-se o crescimento de ocorrências de trânsito e incômodos pulmonares. Entre estes há também as consequências de gripezinhas mal curadas, mas há uma incidência preocupante das fumaças inaladas no campo e na cidade. Pesquisa da Escola de Políticas Públicas apontou que as queimadas estão associadas com o aumento de 23% em internações por doenças respiratórias no Brasil, casos de bronquite, pneumonia e asma.

Mas não e só: as fumaças resultantes das queimadas também aparecem nas origens do aumento de 21% nas doenças circulatórias, como doença arterial, AVCs e cardiopatias, entre outras. Limitada a conselhos não obedecidos e pela impossibilidade de entregar máscaras de proteção contra fumaças a todos que vivem em áreas de risco, a medicina preventiva é pouco valorizada e a curativa ficou supergastadora. Cabe um exame mais profundo a respeito de como atuar mais sobre as causas para reduzir os gastos com as consequências.  

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Porto de Chancay

Prestem bem atenção neste nome: Porto de Chancay, uma obra monumental levantada pelos chineses, a 80 quilômetros de Lima, capital do Peru que promete revolucionar o comércio marítimo entre a Ásia e a América do Sul e que também é de interesse de Rondônia, assim como aos estados do Acre e do Amazonas. O enorme porto vai gerar grande economia nas exortações brasileiras através do Oceano Pacifico se transformando numa grande aposta para a economia regional. As lideranças empresariais acreanas e amazonenses já estão bisbilhotando por lá. Logo os rondonienses aparecem também.

Obras federais

As obras federais estão padecendo em Rondônia. Em Machadinho do Oeste, a construção da Usina Hidrelétrica de Tabajara, está encruada, dependendo de licença prévia. Em Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia, a licitação da ponte binacional sobre o Rio Mamoré, foi suspensa pelo Dnitt. A pavimentação do meião da BR 319, que conecta Porto Velho a Manaus, num trecho de mais de 400 quilômetros deu ruim. Até recursos para serviços de drenagem nos bairros da periferia de Porto Velho estão atrasados e as obras paralisadas. E com o inverno amazônico, tudo vai acabar adiado de vez.

Oposição fustiga

E mais fácil galinha criar dentes, mas a oposição rondoniense trabalha com possíveis cassações de mandatos do governador Marcos Rocha (União Brasil) e do senador Jayme Bagatolli (PL-RO), projetando ainda uma possível eleição suplementar para os cargos no estado. Tanto Rocha como Bagatolli tem escritórios de ponteira em termos de legislação eleitoral e nesta batalha, eles que são adversários, acabarão se unindo contra os ataques dos seus inimigos. Com antecedentes de reviravoltas  em Rondônia, todo mundo fica com os cabelos em pé.

É briga bolsonarista!

É importante salientar que os eventuais casos das cassações do governador Marcos Rocha e do senador Jayme Bagatolli é uma briga totalmente travada no meio bolsonarista. Tanto é verdade, que os inimigos naturais do ex-presidente Jair Messias, os Lulapetistas, nem se mexeram nas instâncias superiores para decepar as cabeças de Rocha e de Bagatoli. Acompanham os desdobramentos em Brasília fervorosos ex-tucanos, já com as malas prontas para retornar ao PSDB para as eleições municipais de 2024. A aliança Rocha/HIldão, estaria se desmanchando?

O movimento

Cresce o movimento dos serviços de mototáxis em todo o Brasil e em Rondônia não poderia ser diferente e em Porto Velho, por exemplo já tem até aplicativo atendendo a preços módicos. Mas a disparada da utilização deste meio de transporte também amplia os números de pernas quebradas em acidentes de transito, lotando os hospitais públicos, como é o caso do João Paulo II, transformado num monumental açougue. E com tudo isto a demanda por cirurgias eletivas tem ido as alturas, com um déficit descomunal que vem aumentando desde o ápice da pandemia de covid.

Via Direta

*** Com um rebanho contando com quase 18 milhões de cabeças de bovinos, Rondônia vivencia uma crise na pecuária, com a arroba de boi em queda livre e muitos pecuaristas endividados *** Vereadores, deputados estaduais e federais e senadores tem se pronunciado a respeito cobrando providências e ajuda do Ministério da Agricultura *** A estiagem atinge quase a metade dos municípios do estado do Amazonas aumentando em pelo menos 40 por cento o custo de transportes de mantimentos para as cidades atingidas *** E assim como em Rondônia, o Rio Madeira está ponteando recorde histórico de estiagem em Humaitá, onde os bancos de areia são enormes. E as queimadas já atingem Manaus, com grossas camadas de fumaça.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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