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Carlos Sperança

Paz e segurança + Efeito Cassol + Canibalização + As reviravoltas em Rondônia


Paz e segurança + Efeito Cassol + Canibalização + As reviravoltas em Rondônia - Gente de Opinião

Paz e segurança

As loucas aventuras autoritárias no mundo não trouxeram benefícios para seus povos. Ao contrário, a polarização político-eleitoral impede a unidade nacional necessária para enfrentar a combinação de crises que inutiliza ações unilaterais. As soluções surgem ao combinar energias, saberes e casos de sucesso.

Ditaduras, aliás, são sangrentos e comprovados casos de insucessos. O melhor que os povos podem fazer é se unir para enfrentar os problemas, deixar para as eleições a escolha de gerentes e não ditadores e cumprir as leis, começando pela Constituição. Foi com essa inspiração profundamente democrática que o chefe militar dos EUA, Lloyd Austin, defendeu em Brasília, na 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas, que a força armada esteja sob controle civil.

O trabalho civil requer paz e liberdade. O trabalho militar é estar pronto para a guerra e só nela restringir liberdades civis como elemento tático. A estratégia, sempre e de todos, é o desenvolvimento da coletividade em paz e segurança.

Entre os assuntos centrais discutidos na conferência de ministros militares estavam a defesa cibernética, que salienta a necessidade de urnas eletrônicas acima de qualquer suspeita, e a o papel dos militares em uma sociedade democrática: respeito aos procedimentos legais, aos direitos humanos e, logicamente, às urnas protegidas de ataques armados e/ou cibernéticos.

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Efeito Cassol

O ingresso do ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) na corrida sucessória estadual teve um efeito estrondoso em todo o estado. Larga com amplo favoritismo na peleja, mas mesmo com ele na dianteira, a disputa promete uma eleição em dois turnos e daí serão outros quinhentos. Ivo entrou em cena causando prejuízos principalmente a duas candidaturas: Leo Moraes (Podemos-Porto Velho) que ficou sem lenço e sem documento, sem candidatos a vice e ao Senado. E ao senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) até então favorito no interior e no segmento bolsonarista, que caiu muito.

Canibalização

O segmento bolsonarista em Rondônia entrou num processo sério de canibalização. São quatro candidatos no segmento, Ivo Cassol, Marcos Rogério, Marcos Rocha e Leo Moraes. Ivo é o único que não depende das bênçãos do capitão Bolsonaro para se firmar. Tem luz própria. O governador Marcos Rocha tem a estrutura de governo, uma máquina e forte apoio do municipalismo e por isto é menos dependente do bolsonarismo do que MRogério. E o candidato da Federação Frente Democrática Daniel Pereira (Solidariedade) é o único fora da esfera bolsonarista, já que é base de apoio a presidência do petista Luís Inácio Lula da Silva.

Os reflexos

Os reflexos da presença de Ivo Cassol na disputa ao CPA, esfacela os demais postulantes bolsonaristas e esta condição também é interessante para o candidato da Frente Democrática Daniel Pereira, um vácuo que pode lhe dar a segunda vaga para um já previsível segundo turno com a total fragmentação dos votos bolsonaristas em quatro postulações. Se isto acontecer, Daniel ainda pode também se vitaminar com a provável vitória de Lula a presidência da República. Então a disputa com polarização nacional, poderá causar também uma polarização local ente as forças regionais.

As reviravoltas

As eleições em Rondônia são afeitas a reviravoltas e efeitos manadas que só ocorrerem nos últimos dias do pleito e como se sabe. a política, não é uma ciência exata mas já se vê que será uma eleição em dois turnos e que Ivo já conta com uma vaga no turno bem encaminhada. Caberá aos demais postulantes bolsonaristas e ao candidato da Frente de Esquerda se armarem até os dentes para alçar a etapa seguinte das eleições já sabendo que será travada uma disputa feroz, exigindo competência dos opositores na exploração da candidatura de Ivo obtida em liminar.

Campo da estratégia

No campo da estratégia política quem mais falhou até agora foi o governador Marcos Rocha (União Brasil). Montou sua chapa (vice e senado) voltada totalmente a capital e isto pegou muito mal no interior do estado que tem dois terços do eleitorado rondoniense. Além disto organizou uma aliança com lideranças dispares no seu palanque o que lhe vai causar inúmeros dissabores. Até o momento o melhor estrategista foi Marcos Rogério. Se livrou de Expedito, que seria uma âncora pesada em Porto Velho e firmou parceria com o bolsonarismo raiz ao optar por Jaime Bagatoli ao Senado. Por último, com muita competência soube como fixar imagem colada como o candidato do presidente Bolsonaro em Rondônia.

Via Direta

*** Ainda sobre os reflexos nas eleições ao governo de Rondônia:  nos bastidores se propala que um dos candidatos bolsonaristas pode acabar desistindo ou compondo nas próximas semanas *** As apostas giram em torno de Leo Moraes que ficou muito desamparado, sem vice e candidato ao Senado, perdendo o favoritismo na capital e sem paliçadas fortes no interior do estado para enfrentar Cassol e Marcos Rogério *** As primeiras  impressões sobre a disputa ao Senado é que tudo acabou virando  de cabeça para baixo com a liberação da candidatura do senador Acir Gurgacz a reeleição *** Mariana Carvalho predominando na capital, Acir Gurgacz na região central do estado, Bagatolli na região do Cone Sul, Jaqueline Cassol na região da Mata.  Gente, agora é caprichar no jogo da estratégia.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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