Segunda-feira, 27 de outubro de 2025 - 08h15

Se
um mendigo em pleno inverno ganhasse um cobertor todo feito com tecido de ouro,
provavelmente morreria de frio. Não saber como usar a riqueza disponível é
precisamente a situação do Brasil no caso das terras raras. Embora já com uma
longa história de extração de alguns minerais inscritos no rol das TRs, o
Brasil sofre com a falta de planejamento e os personalismos presidencialistas
que levam à descontinuidade administrativa.
Devido
a isso, o fato de o Brasil ser o segundo país com maiores reservas desses
minerais não chega a dar um cobertor quente ao mendigo. Diante dos fatos, é
preciso dizer que a biodiversidade e as TRs já deveriam ter extirpado a fome e
a pobreza da Amazônia, mas o bate-cabeça entre governo que sai e governo que
entra pode render aplausos das respectivas claques a um e outro, mas não servem
aos interesses do país.
O geógrafo
Luiz Ugeda pôs o dedo na ferida ao dizer que o desenho da cadeia das TRs
precisa de salvaguardas técnicas, desde a pesquisa mineral até a destinação de
rejeitos. Explorar terras raras não é para amadores. Requer cuidados bem
precisos na extração, pois há o risco de prejuízos ambientais via poluição e
econômicos por afetar a agropecuária. O que é difícil costuma ser evitado pelos
preguiçosos, mas talvez não por isso, quem sabe mais por excesso de brigas e
falta de bons consensos, o Estado brasileiro segue devendo ao seu povo um bom
cobertor.
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Jogo de estratégia
Observado
o campo das estratégias para a eleição ao governo estadual de Rondônia no ano
que vem, se constata que o planejado para obrigar a desistência da candidatura
Hildon Chaves (PSDB) funcionou bem, com uma visível proposta de isolamento, o
tucano escafedeu-se. Mas a partir de agora a conquista do seu apoio é considerado
primordial na capital, assim como no interior o alinhamento do ex-governador Ivo
Cassol. A corrida pelo apoio de Hildão já começou e agora ele consegue jogar melhor
com as cartas que tem para se eleger deputado federal nas eleições do ano que
vem.
Opção de Mariana
Com
a definição de Hildon Chaves a federal é improvável que a ex-deputada federal
Mariana (União Brasil) dispute este mesmo segmento. A nova maninha de Leo Moraes
deve vir quente e fervendo para conquistar uma cadeira ao Senado, que deixou
escapar na década passada. Mariana já deixou escapar por um triz uma cadeira ao
Senado para Jaime Bagatoti e por pouco a prefeitura de Porto Velho ao agora
maninho Leo Moraes. A ex-tucana já está correndo o trecho. Com ela teremos duas
mulheres disputando o Senado, já que a deputada federal Silvia Cristina também
está com o pé na estrada.
Ganha corpo
Agora
reunindo 9 partidos em coalizão, a Caminhada da Esperança desponta vitaminada
para disputar as eleições de 2026, concorrendo a todos os cargos eletivos, governador,
vice, senadores, deputados federais e estaduais. Tendo a frente o atual senador
Confúcio Moura, os ex-senadores Acir Gurgacz (PDT) Fátima Cleide (PT), além de
ex-deputados federais da envergadura de Anselmo de Jesus, a aliança começou a
trabalhar na escolha das suas nominatas para todos os cargos eletivos. Depois
dos encontros de Guajará Mirim, e no último sábado em Cacoal a caravana projeta
novos encontros estaduais. É grande o clima de otimismo na aliança.
Maus perdedores
Nunca
vi tantos maus perdedores como acontece em Vilhena. Além dos adversários
levarem uma sova nas urnas do atual prefeito Flori Cordeiro (Podemos) nas
eleições municipais de 2024, apelaram para pelo menos quatro tentativas de
cassação de mandato do alcaide vilhenense. Em todas elas, perderam. Até parecem
vereadores de Porto Velho que em gestões passadas tentando cassar os mandatos
dos os ex-prefeitos que não lhes davam mensalinho, uma prática vigente em
enorme número de prefeituras pelo Brasil afora e a coisa que conhecemos como
chantagem política.
Disputa ameaçada
Nos
bastidores se fala agora do propósito do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) disputar
uma cadeira a Câmara dos Deputados. Pela sua aprovação no Executivo da capital,
é previsível que fique entre os mais votados. No entanto, mesmo sendo o mais
votado periga não conseguir a cadeira, já que os tucanos não têm nominata
plausível para ajudá-lo nesta pretensão.
E para piorar as coisas ninguém quer aliança com ele para nominatas, já
que ele é considerado um dos “Pelés” na peleja a Câmara dos Deputados. E sem
nominata para votos de legenda, sem cadeiras.
Mais ameaça
E
existe mais uma ameaça para o clã Chaves. O projeto de reeleição da sua esposa
de Hildão, a ex-primeira dama Ieda Chaves, com um grande trabalho na
assistência social, considerada a melhor atuação das primeiras damas, na sua postulação
a reeleição, mesmo sendo a mais votada em Porto Velho nas eleições passadas.
Ocorre que no pleito de 2022 contou com uma máquina azeitada da prefeitura da capital
para elegê-la. Centenas de servidores foram envolvidos na sua campanha. E nesta
temporada, toda a máquina do Prédio do Relógio estará voltada para apoiar a
candidatura de Paulo Moraes Júnior, irmão do atual prefeito Leo Moraes
Via Direta
*** Dirigentes da Marquise Ambiental
negaram de pés juntos que pagaram mensalinhos para os vereadores de Porto Velho
defenderem suas causas no legislativo municipal *** Que contem outra!
Que políticos defendem causas de grandes empresas sem propinas? *** Não discuto a competência da empresa
Marquise, que tem estrutura bem mais ampla do que a concorrente Amazonfort, com
inferno astral suficiente para perder também a concessão da exploração do
Complexo Madeira Mamoré *** Trocando de saco para mala: fidelidade política
é coisa rara na capital rondoniense, né? Quantos petistas viraram bolsonaristas
de carteirinha. Mas com Lula crescendo, alguns já pensam em voltar como filhos
pródigos...
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