Sexta-feira, 3 de outubro de 2025 - 08h20
É
obvio que a destruição da floresta está enriquecendo alguém, por isso há uma
questão relevante, colocada pelo professor Augusto Barreto Rocha, a ser
considerada junto aos problemas ambientais da Amazônia: a quem o
desenvolvimento da região serve? Quando havia consenso em que era preciso
fortalecer o Estado para disciplinar a sociedade desorganizada, o discurso
mantinha a ideia de “promover o bem comum”.
Talvez
para não parecer “comunismo”, veio a ideia de diminuir o tamanho do Estado e
agigantar a sociedade. O resultado disso não foi, de imediato, a afirmação dos
interesses sociais, mas o fortalecimento das corporações que poucos interesses
têm em pessoas, que podem ser exploradas de qualquer maneira, desde que
proporcionem lucro aos grupos organizados, legais ou não.
“Há
um consenso quase uníssono de um Estado cada vez menor e que, cada um por si,
devemos nos preocupar e nos encarregar por tudo de nossas existências”, expôs o
professor Augusto. “Até o empreendedorismo, que era visto com algo positivo de
alguns, foi transformado em uma espécie de subemprego disfarçado, longe das
ações inovadoras concebidas na origem do termo”.
É
uma questão relevante, na medida em que o crime organizado ataca impiedosamente
a sociedade favorecido pelos que gritam furiosamente contra a Justiça depois das
condenações aplicadas aos presidentes Lula e Bolsonaro. As pessoas estão
indefesas.
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Muitos predadores
Os
atuais deputados estaduais com base em Porto Velho – uma meia dúzia deles - tem
o grande desafio da reeleição no ano que vem as voltas com predadores com
garras afiadas e com as estatísticas dos pleitos passados apresentando elevado
índice de renovação nos quadros do Poder Legislativo estadual. A capital não
perdoa deputado bem votado, como foi Zequinha Araújo o mais votado numa
eleição, e que no pleito seguinte cai do cavalo. Tampouco presidentes da casa
legislativa foram poupados, caso do ex-deputado estadual Hermínio Coelho. Na
temporada, existem predadores com fartura se aproveitando do desgaste de muitos
integrantes da Casa de Leis que tornaram a política um balcão de negócios.
Noivas cobiçadas
Como
noivas cobiçadas por tantos pretendentes para receber o apoio nas eleições do
ano que vem o ex-governador Ivo Cassol (como uma verdadeira Ana Castela...) e o
prefeito de Porto Velho Leo Moraes (... uma autêntica Joelma!) as coisas vão
fluindo com as primeiras definições para o pleito do ano que vem. Mas para
conquistar o coração das “noivas” os pretendentes precisam indicar os
candidatos a vices em suas chapas ao governo das suas “amadas” ou compromissos
de apoio ao Senado para seus aliados. É como antigamente os árabes faziam as
negociações com as noivas, oferecendo camelos as suas famílias...
Querem isolar
Não
querem deixar o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) criar asas na
peleja ao governo estadual do ano que vem. Existe um projeto dos demais partidos
envolvidos no pleito para o isolamento do tucano. Hildão tem dificuldades em
alicerçar alianças, formar chapas competitivas a Assembleia Legislativa para a
Câmara dos Deputados e ao Senado. Para eleger deputados estaduais e federais os
tucanos necessitam de firmar coligações e elas até agora não saíram da mesa de
negociações. A articulação tucana se espicha para fechar acordos. Ao mesmo tempo
a passarada ficou mais otimista com Ivo Cassol (PP) fora da disputa o que
animou a militância.
MDB otimista
Mesmo
perdendo quadros nos últimos anos e participação pífia nas últimas eleições
municipais, o MDB est otimista com relação as eleições do ano que vem e vai
montando chapas competitivas para os cargos da Assembleia Legislativa e Câmara
dos Deputados. O partido que já elegeu o maior número de governadores no
estado, Jeronimo Santana (Porto Velho, Valdir Raupp (Rolim de Moura) e Confúcio
Moura (Ariquemes), também contou com um governador nomeado, o deputado estadual
Ângelo Angelim (Vilhena). As lideranças históricas do partido apostam na ressurreição
do MDB, que se recupera sempre após ás derrotas, como uma fênix.
Caravana da Esperança
Com
calendário de eventos nos principais polos regionais do estado, a Caravana a
Esperança, que forma uma federação com a presença de nove agremiações partidárias
de esquerda e de centro, já manteve encontros em Porto Velho, Ariquemes e neste
sábado em Ji-Paraná. As principais lideranças da federação, casos do atual
senador Confúcio Moura (MDB), o ex-senador Acir Gurgacz (PDT), a deputada estadual
Claudia de Jesus (PT), o dirigente Francisco Pantera (PC do B), entre outros
nomes são presenças marcantes nos encontros cujo objetivo comum é a formação de
as chapas de candidatos às eleições de 2026 em todos os níveis.
Oposição prá valer
Na
falta de petistas e emedebistas para fazer oposição ao governo Marcos Rocha
(União Brasil) em Rondônia, eis que o Delegado Camargo já faz oposição
sistemática ao atual governo que aí está. Numa Assembleia Legislativa, formada
majoritariamente pela base do Palácio Rio Madeira, lotada de ovelhas chapas
brancas que raramente fiscalizam obras públicas, ou denunciam o caos da saúde e
o colapso na segurança pública, Camargo tem aprofundado denúncias e fiscalizado
in locco as mazelas ocorrendo no Pronto Socorro João Paulo II. Bolsonarista,
ele é inimigo número 1 da administração Marcos Rocha, também bolsonarista.
Via Direta
*** As rachadinhas voltaram a protagonizar denúncias
na ALE. A coisa aumenta de legislatura em legislatura*** Sem Ivo Cassol (PP)
nas paradas, vetado por Lula, o senador Marcos Rogério (PL) é considerado uma
espécie de herdeiro dos seus votos conservadores na disputa do Palácio Rio Madeira *** No entanto, o
recado transmitido pela ex-primeira dama Michele Bolsonaro em recente encontro
em Ji-Paraná é claro: Jair Bolsonaro quer Marcos Rogério e Bruno Scheidt
disputando as duas cadeiras ao Senado ***
O deputado federal Coronel Chisostomo (PL-RO) quer formar reduto eleitoral em União Bandeirantes, liberando
recursos de emendas para pavimentação das ruas.
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