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Carlos Sperança

Ligando os pontos + Jogo de estratégia + Rachando redutos + Rachando redutos


Ligando os pontos + Jogo de estratégia + Rachando redutos + Rachando redutos - Gente de Opinião

Ligando os pontos

O Brasil e as demais nações que compartilham a floresta amazônica, bem como os estados brasileiros da região e respectivas divisões administrativas dos demais países, têm um compromisso vital com a humanidade: zerar o desmatamento.

O compromisso brasileiro, antes mais tímido, foi oficialmente melhorado no ano passado, absorvendo com qualidade e boa diplomacia as emoções, informações e pressões em torno da conferência COP-26, da ONU, realizada em Glasgow (Escócia).

É um compromisso para salvar o mundo, mas sobretudo é necessário para beneficiar os povos da floresta. Já se sabia que as queimadas causam danos pulmonares variados. Agora, novo estudo publicado na revista Scientific Reports por pesquisadores do Brasil e do Reino Unido liga o desmatamento à anemia e piora da nutrição infantil. Aliás, nem o desmatamento legal para a expansão da pecuária ajuda as comunidades ribeirinhas: a carne produzida não chega até eles e floresta menor reduz a caça antes disponível, aumentando a insegurança alimentar.

Ao renovar seu compromisso, o Brasil antecipou a meta de zerar o desmatamento ilegal de 2030 para 2028. Prevê alcançar redução de 50% até 2027, com a perspectiva de queda gradual em 15% ao ano entre 2022 e 2024, subindo para 40% de redução em 2025 e 2026, até alcançar desmatamento zero em 2028, o ano em que o mundo já poderá estar salvo do apocalipse climático.

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Jogo de estratégia

A oposição rondoniense está certa de quem desembarcar no previsível segundo turno do pleito de outubro em Rondônia contra o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) leva a melhor. Por este motivo os candidatos traçam seus jogos de estratégia e um deles é buscar a polarização com o governador. Com isto taca-lhe o pau no mandatário. Daniel Pereira (Solidariedade –Cone Sul) já foi ao Vale do Jamari descer a lenha em Marcos Rocha por suas omissões quanto ao hospital regional e a falta da construção do aeroporto naquela região. Por sua vez, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e o deputado Leo Moraes (Podemos) estão subindo o tom contra o nosso atual mandatário.

Rachando redutos

No caso do embate dos candidatos Marcos Rocha e Marcos Rogério, eles dividem dois segmentos de votos. O primeiro é o bolsonarista, o segundo é o evangélico. Neste confronto ainda existe uma terceira vertente bolsoranista que é a do deputado federal Leo Moraes (Podemos-Porto Velho). Este é um racha do eleitorado da capital com outros candidatos locais que são Vinicius Miguel (PSB) e Daniel Pereira. Como se vê tem uma fragmentação forte no eleitorado. Leo vai bem na capital, mas padece no interior. Marcos Rogerio vai bem na região central, mas vai muito mal na capital. Já, Marcos Rocha conta com a melhor média geral no municipalismo. Briga feia, portanto.

As dificuldades

As dificuldades oposicionistas formam um prato saboroso para o projeto de reeleição do governador Marcos Rocha. Leo Moraes, por exemplo, não tem bases no interior. Marcos Rogério tem grandes dificuldades para entrar na capital, onde está concentrado dois terços do eleitorado rondoniense. Primeiramente porque a capital não é tão bolsonarista (e nem tão evangélica), como é nosso interior, em segundo, porque tem um aliado na capital que puxa ele para baixo, como uma ancora de navio pesada, que chama-se Expedito Junior, aquele que foi escondido nos palanques na reeleição de Hildon Chaves a prefeito.

A largada

A largada da corrida ao Palácio Rio Madeira em 2022 mostra uma polarização inicial entre o governador Marcos Rocha e o deputado federal Leo Moraes. Os dois  com domicilio eleitoral na capital, cuja cidade conta com seus 350 mil eleitores (tem mais eleitores do que Ji-Paraná, Ariquemes Cacoal e Vilhena juntas), mas ambos terão concorrência local com mais dois postulantes, que são Daniel Pereira e Vinicius Miguel. Estes dois, como se especula por aí, poderão formar uma terceira via juntos com Anselmo de Jesus (PT-Ji-Paraná) nas convenções vindouras.

Terceira via

Tratando-se da capital, havendo uma composição de terceira via entre Daniel, Vinicius e Anselmo de Jesus a coisa pode ficar mais feia para os favoritos. Mesmo porque postulantes como Marcos Rogério tem dificuldades para a decolagem nem PVH com sua aliança com Expedito. Por sua vez, Leo Moraes também tem sua âncora por aqui que é Jaqueline Cassol, dona de elevada rejeição em Porto Velho e que resultou numa votação mixuruca a Câmara dos Deputados. Vejam os mapas eleitorais da capital e confiram o fraco desempenho da Jaque nas urnas nestas bandas. No entanto, dos candidatos ao Senado vigentes é preciso reconhecer que ela tem o melhor preparo.

Via Direta

*** Elogiável  a medida adotada pela atual  mesa diretora da Assembleia Legislativa, sob o comando do deputado Alex Redano (Ariquemes) transferindo repasses para recuperar o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Rondônia-Iperon *** O Instituto está quebrado há muito tempo por gestões perdulárias, governadores omissos e com a própria casa de leis em seguidas legislaturas caloteando os repasses constitucionais para o órgão *** Infelizmente outros órgãos governamentais  também estão falidos com rombos milionários praticados pela classe política, como é o caso da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia-Caerd que não consegue atender as demandas sequer da capital. *** Como se sabe, Porto Velho conta com menos da metade da sua população atendida com ligações domiciliares de água encanada e quando se fala de esgoto os índices são terceiro-mundistas um dos piores nas capitais brasileiras.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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