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Carlos Sperança

Donos da Amazônia + Bolsa de apostas + Ciência exata + De joelhos


Donos da Amazônia + Bolsa de apostas + Ciência exata + De joelhos - Gente de Opinião

Donos da Amazônia

O Brasil deve à diplomacia ter a maior parte da Amazônia e felizmente a falta de diplomacia do ex-ministro Ernesto Araújo não pôs tudo a perder. Não faz sentido temer que a ONU possa impor a internacionalização da Amazônia porque a própria natureza já se encarregou de tornar a floresta ampla o bastante para que suas partes se distribuam entre nove nações.

O que cabe é combinar com o mundo como ela será ao mesmo tempo preservada e favorecer ao Brasil tirar o pé do atraso socioeconômico. Quem teme a internacionalização da Amazônia deveria igualmente temer a tese científica de que o grande asteroide que caiu na Terra no final do período Cretáceo e extinguiu os dinossauros também deu origem à floresta.

Publicada pela revista Science no início de abril, a tese sugere que até o impacto do meteoro de 12 km de largura que atingiu a península de Yucatán, no México, a Amazônia se limitava a muitas samambaias, coníferas e dinossauros.

Só o que faltava, entre brigas “ideológicas” causadas por teorias da conspiração e irracionalidade, seriam naves extraterrestres armadas chegando para dizer que a Amazônia é delas, já que seu meteoro criou a floresta. O mundo é um globo só e o capital nunca teve pátria. A tarefa é, como ensinaram os antigos diplomatas que ganharam a Amazônia para o Brasil, agir com sabedoria e competência na arena internacional.

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Bolsa de apostas

Já rola na bolsa das apostas qual o candidato da sua base aliada o presidente Jair Bolsonaro vai apoiar nas eleições de 2022 em Rondônia. São duas alternativas: 1- O antigo amigo de caserna no Rio de Janeiro, Marcos Rocha (possivelmente no PSL) ou o senador Marcos Rogério (Democratas) importante aliado no Congresso Nacional. Tem gente apostando as fichas em Marcos Rocha, pela antiga ligação militar, outros na força de Marcos Rogério perante a base de sustentação do atual governo federal.

A neutralidade

Entendo que a melhor opção do presidente Bolsonaro em Rondônia seria a neutralidade para não sofrer retaliações do candidato ao governo rejeitado. Também existe a opção de ficar nos dois palanques ou se reservar ao direito de só se pronunciar no segundo turno, já que dificilmente os dois candidatos bolsonaristas vão desembarcar no segundo turno. Será uma autofagia danada beneficiando os opositores no primeiro turno. E Hildon Chaves (PSDB) e demais candidatos oposionistas já observam a coisa com atenção.

Ciência exata

A política, como se sabe, não é uma ciência exata. Mas fazendo as contas no segmento bolsonarista, se entende que apenas um candidato do segmento vai vingar num provável segundo turno nas eleições 2022 por aqui. Por isto mais adiante a concorrência entre o governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério – bem articulado - deverá esquentar. O governador já está reforçando as paliçadas com importantes adesões, como a do prefeito de Jaru Joãozinho Gonçalves, que tem a maior aprovação entre os prefeitos no estado.  

Para trás

Com o exponencial aumento do covid, cuja pandemia se alastra por todo pais e a dificuldade de recursos e até reuniões presenciais e coletas de dados, o Censo 2021 está indo para o espaço e a revisão do Plano Diretor de Porto Velho ficou incompleta. Pelo mesmo motivo   obras federais importantes foram paralisadas como a dragagem do Rio Madeira, o monumental corredor de grãos para exportação já assoreado em boa parte do seu trecho ligando Poro Velho a Itacoatiara (AM). As Brs rondoniense estão em pandarecos, seja a 369, trechos da BR 364 e a ligação Presidente Médici a Costa Marques.

De joelhos

Infelizmente o presidente Jair Bolsonaro é mais um presidente que se tornou refém dos congressistas. Da mesma forma que Fernando Henrique (PSDB), Lula e Dilma (PT) e o golpista Michel Temer (MDB), se obrigaram a celebrar acordos, cedendo espaço danoso para o Centrão, Bolsonaro para evitar a cassação está a cada vez mais enrascado com os parlamentares cujo comportamento tanto condenava durante a campanha. Bolsonaro que já integrou o Centrão no passado (como deputado federal do PP) depende desta coalizão parlamentar, que não hesita apunhar presidentes quando perdem a popularidade. E é o caso. 

Via Direta

*** Com o ex-presidente Lula inocentado pelo Supremo e agora “elegível” o PT faz a festa e já projeta uma volta ao pódio nas eleições de 2022 *** Vai começar uma corrida a filiações ao partido, como prevê o dirigente Ernandes Sejismundo *** Um adversário temível para o atual presidente Jair Bolsonaro com a popularidade em queda livre *** A eleição presidencial como se vê, já começa polarizada *** Trocando de saco para mala: Em Rondônia o governador Marcos Rocha acelera ações neste início de verão, com a regularização fundiária e pavimentação nos pequenos municípios *** A violência no campo volta a preocupar depois de entreveros na região de Chupinguaia *** E hajam grileiros e invasores de terra agindo em regiões tradicionalmente disputadas como o cone sul e o Vale do Jamari. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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