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Carlos Sperança

Direto ao assunto + Disputa empolgante + Rivalidades tribais + Tops da BR


Direto ao assunto + Disputa empolgante + Rivalidades tribais + Tops da BR - Gente de Opinião

Direto ao assunto

Só quando a bioeconomia se tornar ideia-força, expandindo-se da academia, fóruns governamentais, entidades do empresariado e ongs para a sociedade em geral será possível afirmar que a vida venceu e a economia terá dias melhores. A péssima imagem do Brasil tem origem na antivida: chacinas, genocídios, assassinatos de personalidades ligadas aos direitos humanos, queimadas criminosas, prevaricação diante das leis e desmatamento ilegal.

A opção preferencial pela bioeconomia vai representar a superação da má imagem, trará investimentos, turistas, valorizará os povos e seus saberes em conjunto positivo que significará resultados. Já há indicações claras de que essa opção está se construindo, sobretudo nos estados que têm clareza sobre a necessidade de mostrar ao mundo o Brasil vivo, que certamente vencerá a morte, mas precisa de apoio de sua população e das nações que perceberem por trás da má imagem os gestos e ações que valorizam a vida na floresta e seus povos.

Indo direto ao assunto, há grande potencial nas ações saudáveis apoiadas pela confiança traduzida por investimentos, como sinaliza o acordo entre o Instituto Chico Mendes e o BNDES para viabilizar Pagamentos por Serviços Ambientais e de créditos de carbono em Unidades de Conservação florestal. Falar em ESG e desenvolvimento sustentável da Amazônia sem viabilizar os pagamentos pela proteção não passa de perfumaria.

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Disputa empolgante

Com o ex-governador Valdir Raupp (MDB) agora elegível, a disputa ao Senado promete ser das mais acirradas em Rondônia. Raupp tem apoio do Diretório Nacional para disputar o cargo em Rondônia, mas tem como seu primeiro obstáculo a convenção do MDB no meio do ano já que parte da legenda prefere lançar o nome dor ex-ministro Amir Lando para o mesmo cargo. Assim sendo, pacificar o MDB, fica difícil pois o próprio presidente regional Lucio Mosquini reza a cartilha do bolsonarismo e do governador Marcos Rocha defendendo esta aliança para o Palácio Rio Madeira.

A regionalização

Com Raupp de volta as refregas políticas, temos uma grande regionalização das candidaturas e uma previsível fragmentação de votos.  Mas o candidato que fizer o dever de casa, ganhando na sua base e abiscoitar alguma coisa nos redutos dos adversários terá chance de levar a melhor, pois nesta eleição será eleito apenas um senador. Vejam os principais nomes cogitados: 1- Valdir Raupp (MDB-Rolim de Moura). 2- Jayme Bagatolli (PL-Vilhena) 3- Mariana Carvalho (Progressistas-Porto Velho) 4 –Jaqueline Cassol (PP-Cacoal) 5 – Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura) 6- Amir Lando (Porto Velho)

Rivalidades tribais

Fontes da roça explicaram o motivo das rivalidades tribais entre os deputados federais Lucio Mosquini, presidente estadual do MDB e Expedito Neto, presidente estadual do PSD. Ocorre que Mosquini perdeu bases no Vale do Guaporé, onde seu aliado Lebrão mudou de mala e cuia para o União Brasil e na busca da imunidade parlamentar disputa o cargo a Câmara dos Deputados. Para repor as perdas, Mosquini está espichando seus redutos para outras regiões, entrando em território inimigo. Então, como onças, os dois demarcam território....

Velhos tempos

Ainda bem que estamos mais civilizados. Na década de 80 os candidatos do interior expulsavam os adversários da capital e de outras regiões desafetas com espingarda. Em Ji-Paraná, Edson Fidelis (que foi um baita parlamentar no Congresso) foi terrivelmente belicoso na defesa os seus redutos. E quem não lembra de que o falecido Vicente Homem Sobrinho, que foi prefeito de Pimenta Bueno e deputado estadual, que tratava os adversários com ovadas nos palanques e sabotava comícios desligando a energia? O ex-deputado federal e depois governador Jerônimo Santana penou muito nas mãos dos arenistas na BR.

Tops da BR

Por falar nos velhos tempos, os políticos tops no início dos anos 80 em Rondônia na BR, na recente transformação do território em estado, eram os prefeitos de Ji-Parana Roberto Jotão Geraldo (PDS), de Vilhena Vitório Abraão (PDS) de Ariquemes Francisco Sales.  Jotão e Abraão chegaram a ser cogitados para disputar o governo do estado em 1986 mas acabaram se enrolando com problemas administrativos. Sales foi mais adiante, se elegeu deputado federal e estadual. Ele faleceu recentemente. Sua intenção era disputar uma cadeira a Assembleia Legislativa neste ano. Na época o radialista mais ouvido na BR e referencia nos discursos na Assembleia Legislativa era o capixaba Valdemar Camata (Ji-Paraná) que está na ativa até hoje.

Via Direta

*** Mesmo com um inverno amazônico (chuvas) rigoroso, Porto Velho vivenciou um período tranquilo com relação as costumeiras enchentes no Rio Madeira *** Em 2022 quem sofreu as consequências das cheias foram os municípios do interior do estado que chegaram a interditar algumas regiões na BR 364 *** Por falar em enchentes, o Rio Negro, em Manaus volta a transbordar e a capital amazonense já começa a instalar passarelas nas regiões mais atingidas *** Trocando de saco para mala, seguem as indefinições para a disputa do governo estadual e muita coisa só vai ser resolvida nas convenções do meio do ano *** A contagem regressiva das convenções já começou e ainda temos candidatos só fazendo jogo de cena buscando negociar alianças vantajosas para o pleito 2020. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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