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Carlos Sperança

Corrida sucessória, punhal da traição e asas crescidas


Corrida sucessória, punhal da traição e asas crescidas - Gente de Opinião

Limpando a imagem

A delegação brasileira que seguirá no fim do mês à China é uma espécie de seleção nacional, formada, além de membros do Executivo, por 20 parlamentares, dentre eles os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira. O nome do peixe que o presidente Lula da Silva venderá lá tem um nome: Confiança. Internamente, sem regra fiscal e foco em Bolsonaro, as águas seguem agitadas, mas essa delegação representativa das forças vivas do Brasil candidata o país à posição de nação confiável para investimentos, vencendo a desconfiança causada pela imagem de vândalo do meio ambiente e pária do clima.

O Brasil merece confiança? O Poder Judiciário, ao abortar o golpe de 8 de janeiro, e o Congresso, ao não embarcar no canto de sereia das vivandeiras, mostraram que o Brasil não é uma republiqueta de bananas, que impõe ditadores pelas armas a qualquer rumor. Isso é decisivo no mundo assustado pelo risco de apocalipse climático e III Guerra Mundial.

É a chance do Brasil de fazer sua floresta tropical receber apoio para se tornar o caminho brasileiro para o desenvolvimento, em benefício do clima e da paz. Como não há risco de perder partidas em pênaltis, é provável que a “seleção brasileira” que vai à China conseguirá não só limpar a imagem do Brasil no exterior como vender, além de confiança, produtos, serviços e como bônus maior um bom futuro para a humanidade.

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Corrida sucessória

A base da aliança de sustentação do govenador Marcos Rocha (União Brasil) tem tudo para ruir nas eleições municipais do ano que vem. Ocorre que dentro desta coalizão existem vários pretendentes à prefeitura de Porto Velho. Está na cara que o ungido do governador Marcos Rocha é o deputado federal Fernando Máximo, o mais votado no pleito 2022. Também está evidente que o prefeito Hildon Chaves, estará alinhado a postulação de Mariana Carvalho. Não bastasse, ainda existem mais três nomes da base; Leo Moraes (Podemos), Cristiane Lopes (União Brasil) e Marcelo Cruz (Patriotas).

A polarização

A campanha pelo Prédio do Relógio esta antecipada e o início da corrida sucessória coloca num embate equilibrado os ex-deputados federais Leo Moraes (Podemos) e Mariana Carvalho (Progressistas). O prefeito Hildon Chaves é a maior liderança política da capital apoiando Mariana a deputada federal que mais destinou recursos para Porto Velho (mais que o dobro de que Leo Moraes) e dá pinta de chegar na frente nesta peleja. Leo Moraes, amadureceu muito nos últimos anos, e em termos de competência está bem à frente de Mariana e tem mostrado tanto como vereador, deputado estadual e federal sua melhor qualificação.

Punhal da traição

Ainda tratando da disputa a prefeitura de Porto Velho tem gente amolando o punhal da traição para desferir um golpe caprichado. A união entre Marcos Rocha e Hildon Chaves esta definhando e colocando em risco alianças alinhavadas no ano passado. Alianças desfeitas têm mudado o rumo das eleições. No pleito ao governo do Estado, Hildon abandonou Marcos Rogério ao governo e Expedito ao Senado e emplacou Marcos Rocha, mudando totalmente a configuração daquele pleito. Existe o risco agora de Hildon ser abandonado por Rocha que apoiaria Fernando Máximo a prefeito em 2024 e Sérgio Gonçalves, seu vice, a governador em 2026.

Asas crescidas

Neste cenário sucessório em Porto Velho, existem outras peças se movimentando no tabuleiro. O atual presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (Patriotas) está de asas crescidas e já tem convite do MDB para disputar o Paço Municipal. Vem aí uma grande coalizão de partidos para sustentar sua candidatura e o promissor parlamentar já não tem medo de cara feia, seja de Mariana ou de Leo Moraes e está pronto para enfrentar a peleja. Ele também está no rol dos possíveis nomes apoiados pelo governador Marcos Rocha de acordo com os entendimentos.

Duas mulheres

E pela primeira vez teremos a possibilidade de contar com duas mulheres na disputa pela prefeitura de Porto Velho. De um lado, a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas), o nome mais votado ao Senado na capital e de outro a atual deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil). Cristiane, como se lembra passou dos 100 mil votos na peleja contra Hidon Chaves na eleição de 2020 e com isto acredita que pode fazer bonito no pleito 2026. Com a aliança Hildon/Marcos Rocha coesa, Mariana poderia ser considerada favorita, mas com ela rachando as coisas mudam de figura.

Via Direta

*** A recuperação da rede hoteleira é uma boa novidade em Porto Velho e deve ampliar as perspectivas do ramo com eventos programados ao longo deste ano *** Está na hora da prefeitura de Porto Velho e do governo do estado pensarem na implantação de um centro de convenções fomentando o movimento nos hotéis, bares e restaurantes que sofreram demasiadamente durante os anos de pandemia do covid *** Comenta-se nos bastidores políticos que o pastor Alexandre Silva, que assumiu a superintendência de comunicação da Assembleia Legislativa deverá liderar a nominata de candidatos a vereadores pelo Patriotas nas eleições municipais do ano que vem na capital *** O partido está em pleno crescimento e cogita candidatura própria a prefeitura de PVH.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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