Segunda-feira, 1 de dezembro de 2025 - 08h22

Aplaudida
por pessoas que sofrem diariamente o drama de conviver com o crime organizado,
a matança promovida no Rio de Janeiro com o passivo de 121 mortos não pode ser
aceita como procedimento correto. Primeiro porque a matança generalizada não é
uma política de segurança pública prevista em lei. Dentre outros defeitos, a
ação de liquidar suspeitos em massa pode encobrir a matança impune de
adversários ou concorrentes.
De
qualquer forma, o apoio à execução coletiva, levando de roldão culpados e quem
nunca chegou a ser suspeito de algum crime, além de quatro policiais mortos, é
revelador das deficiências das políticas de segurança. Revela a incapacidade
das matanças anteriores de dar qualquer solução aos problemas. Acredita-se que a
partir da Lei Antifacções possa haver medidas fortes de acordo com a lei, sem
dar margem à criminalização das autoridades que autorizam ações ilegais de
combate ao crime.
A
matança, aliás, produz resultados insuficientes. Há pouco, uma conferência de
dados apontou que a expulsão de garimpeiros da Terra Indígena Sararé sem banho
de sangue causou perdas ao Comando Vermelho dez vezes maiores que as estimadas
pela ação letal nos bairros do Rio de Janeiro. Juntando as informações, parece
claro que as ações realmente recomendáveis e eficientes são combater as causas
na pobreza nos grandes centros e ampliar as ações contra o riquíssimo crime
organizado na floresta.
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Em discussão
A
concessão da Hidrovia do Madeira, conectando com transporte de cargas Rondônia com
o Amazonas será debatido em audiência pública nesta terça-feira na Comissão de
Integração Nacional e Desenvolvimento Regional na Câmara dos Deputados, a pedido
dos parlamentares Thiago Flores e Silvia Cristina (PP). Os produtores de cereais
e pecuaristas avaliam que a criação da hidrovia dará mais segurança ao
transporte de cargas que sofre prejuízos durante a seca com grande redução no
volume de produtos agropecuários para o exterior. Mas a exemplo da BR-364, com
certeza a concessão da hidrovia terá pedágios, o que vai encarecer o custo das
cargas exportadas.
Chapas competitivas
As
chapas mais competitivas a Câmaras dos Deputados em Rondônia, na disputa de
oito cadeiras, vão se formando, largando na Frente o PL, do ex-presidente Jair
Bolsonaro, comandado em Rondônia, pelo senador Marcos Rogério, pelo União
Brasil, liderado pelo governador Marcos Rocha e seu vice-governador Sergio
Gonçalves e o Podemos, sob a liderança e articulação do prefeito de Porto Velho
Leo Moraes. São cotados para a disputa da Câmara Federal pelo Podemos, o pastor
Sebastião Valadares, o secretário municipal da saúde Gazola e a juíza Euma
Tourinho, entre outros nomes já recrutados pelo alcaide da capital.
As dificuldades
Na
verdade, existe uma enorme dificuldade para recrutar candidatos à Câmara dos Deputados
para as eleições do ano que vem. Para a Assembleia Legislativa, se fosse
possível até haveria até sorteio de brindes. As lideranças políticas do baixo
clero estão escaldadas, sendo usadas como OB pelos partidos e descartadas,
fazendo escada para os medalhões se elegerem. Estão se busca partidos com
nominatas mais equilibradas para buscar sucesso na empreitada. Os partidos com
mais recursos rateados pelo fundão eleitoral, como PL, União Brasil, PT, MDB,
PSD e PP, levam vantagem no recrutamento já que possuem mais recursos para a
peleja 2026.
Os aeroportos
A
concessionaria do aeroporto de Guarulhos venceu a licitação para administrar os
aeroportos de Vilhena e Cacoal. Ninguém se interessou pelo recém construído
aeroporto regional do Vale do Jamari em Ariquemes, já que não tem voos
estaduais da Latam, Gol e Azul. Não existe duvidas que em termos de infraestrutura
Vilhena e Cacoal terão ganhos, o problema será a cobrança de tarifas, que com
as privatizações aumentam consideravelmente. Se vê que tudo está sendo privatizado
por aqui, rodovias, hidrovias e aeroportos. Pobres rondonienses com tantos presentes
de grego.
A guilhotina
Dois
importantes governadores da região amazônica estão ameaçados pela guilhotina da
justiça e com julgamentos marcados em dezembro. Trata-se do governador Gladson
Cameli, do Acre, que inclusive lidera as pesquisas ao Senado naquele estado e Antônio
Denarium, já cassado, mas que recorreu e terá mais um julgamento definitivo.
Denarium também concorre ao Senado, mas dificilmente conseguirá se manter elegível
para as eleições do ano que vem. Os demais governadores da região também disputam
cadeiras ao Senado, casos de Marcos Rocha em Rondônia e Helder Barbalho, no
Pará.
O cavalo de tróia
O
deputado federal Lucio Mosquini eleito pelo MDB, que espera a janela partidária
para pular ao PL ou ao União Brasil, acabou desistindo de disputar o governo
estadual ou mesmo uma cadeira ao Senado. Mosquini que foi um verdadeiro cavalo
de Tróia do ex-presidente Bolsonaro, no MDB, foi escorraçado do comando da
sigla emedebista. Um dos federais mais votados das eleições de 2022, não terá obstáculos
para garantir a reeleição, desde que escolha uma sigla palatável para suas ambições.
Mosquini tem convite dos Republicanos e dos Progressistas, buscando legendas
mais conservadoras.
Via Direta
*** Os tucanos de Rondônia seguem
patinando na formação de chapas competitivas a Assembleia Legislativa e Câmara
dos Deputados. O que se sabe é que o PSDB não tem atrativos, mas se o
ex-prefeito Hildon Chaves disputar uma cadeira a Câmara Federal, outros nomes
poderão se interessar já que se projeta uma grande votação ao ex-alcaide *** O partido
denominado Missão, recém legalizado e originado pelo Movimento Brasil Livre está
lançando o paulista Renan Santos como seu candidato a Presidência da República***
Com menos recursos, os pequenos partidos
vão se descabelar na luta contra as legendas mais poderosas em 2026. Uma luta
desigual.
Segunda-feira, 1 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
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