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Carlos Sperança

Boi na Linha + Migração tucana + As dependências de Leo e Hildon + Jogo de astúcia


Boi na Linha + Migração tucana + As dependências de Leo e Hildon + Jogo de astúcia - Gente de Opinião

Boi na Linha

O mundo está de olho no Brasil em todas as horas de todos os dias, meses e anos. Assumindo para valer a promessa de desmatamento zero, sem a estratégia cínica das “leis pra inglês ver”, conservar a floresta em pé, garantindo benefícios econômicos para quem depende dela para viver e se multiplicando por toda a sociedade, é um dos desafios mais urgentes do país na luta contra a mudança climática.

Se as autoridades, os cientistas e a mídia se esforçarem, em breve todos os agentes econômicos – com exceção dos criminosos, para os quais a destruição faz parte do negócio – saberão que há meios ótimos para multiplicar os ganhos com um mínimo de perdas. Nesse caso, capacidade de gestão, sucesso na pesquisa e no desenvolvimento tecnológico e informação rápida e de qualidade fazem a combinação necessária para que a era da bioeconomia se instale em definitivo na região e no país, aliviando a pressão mundial, que aumenta a cada nova tragédia atribuída ao aquecimento global.

Excelente exemplo de gestão correta, boa ciência e informação de qualidade, o programa Boi na Linha, criado pelo Instituto Imaflora em parceria com o Ministério Público Federal, padroniza as regras para a cadeia produtiva da pecuária de ponta a ponta em toda a Amazônia e rompe a velha imagem da gestão nacional como gambiarra de moleques. É sinal de maturidade.

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Migração tucana

Com um presidenciável que não decola e o partido em Rondônia sem condições de montar chapas competitivas para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, a tendência é o PSDB perder quadros importantes a partir da abertura da chamada janela partidária em março. Mas as dificuldades para atender as exigências da legislação eleitoral não é um problema restrito aos tucanos em revoada. Outras legendas encontram-se na mesma situação e estão apelando para o mecanismo da criação da federação dos partidos visando unir forças para o embate de 2022.

As dependências

Dois possíveis candidatos ao governo de Rondônia dependem dos seus padrinhos e aliados para serem confirmados na eleição de 2022. O deputado federal Leo Moraes (Podemos), depende de Ivo Cassol, seu padrinho político. Caso Ivo vença os obstáculos na justiça, Leo Moraes será candidato ao Senado e Ivo ao governo. Sem Ivo ao governo, Leo entra na peleja sucessória pelo CPA Rio Madeira. Já o prefeito Hildon Chaves (PSDB) tem compromisso firmado com o senador Marcos Rogério. Só seria candidato ao governo ante a desistência do senador bolsonarista.

Ciro lançado

Na tentativa de recuperar o terreno perdido para o concorrente, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) na corrida presidencial, o PDT promoveu com sucesso um novo lançamento da candidatura do ex-governador o Ceará Ciro Gomes no final de semana. Não tenho dúvidas em afirmar que se trata de um plano de governo consistente e com linhas precisas traçadas pelo marketing político idealizado pelo celebre marqueteiro João Santana, aquele que elegeu Lula e Dilma. Ciro centrou fogo em Bolsonaro e em Moro, seu rival para a terceira via e poupou Lula na sua metralhadora giratória.

Jogo de astúcia

Inegavelmente o ex-presidente Lula, além do grande faro para as coisas políticas sabe traçar cenários interessantes e favoráveis para sua postulação.  O petista tem consciência de que só falta um empurrãozinho para o PDT deixar o projeto de Ciro e embarcar na sua nave. Mas não podendo atacar um possível aliado como Ciro, deu um pezinho de polarização para Sérgio Moro taxando-o de “canalha”. Não tinha necessidade nenhuma de mexer esta peça no tabuleiro, fez isto para Moro tirar mais um pontinho de Bolsonaro e aumentar sua diferença sobre Ciro. Moro crescendo e se fixando na terceira via, Ciro fica ameaçado pelas suas próprias bases, parte já desertando para os braços Lula.

Um equilibrista

Quero acompanhar com atenção os movimentos do deputado federal Leo Moraes (Podemos) que escolhe as suas opções em disputar o governo de Rondônia ou o Senado. Ocorre que Leo, que está recebendo a visita do presidenciável do seu partido Sérgio Moro, é afilhado político do ex-governador Ivo Cassol, do PP, legenda líder do famigerado “Centrão”, partido povoado de inimigos do juiz da Lava Jato. Servir a dois senhores ao mesmo tempo é uma coisa difícil. Dependendo da candidatura escolhida, sendo a opção ao governo estadual, sua situação ficará delicada, já que Cassol, o PP e o centrão querem distância de Sérgio Moro.

Via Direta

*** Não bastasse um inverno rigoroso em Rondônia, o lençol freático em Porto Velho subiu muito na temporada influenciando no aumento das alagações nos bairros mais baixos da capital rondoniense e lamaçais nas estradas vicinais *** Aliás, na zona rural da maioria das cidades rondonienses a situação das estradas é precária para o escoamento da produção agrícola e transporte do leite nas bacias *** As lideranças do agronegócio  em Rondônia estão unindo esforços para o lançamento de uma nova candidatura ao governo de Rondônia na peleja 2022 *** O nome tem encontrado  forte apoio nas principais regiões produtoras do estado *** Na próxima coluna falo deste furacão que entra causando reviravoltas no quadro político estadual.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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