Quinta-feira, 27 de maio de 2021 - 10h01
Nos
anos 1980, quando os protestos rurais se intensificaram, o regime ditatorial
dividiu os ruralistas, opondo os proprietários de terras aos que não as têm. A
redemocratização assistiu à reunificação do campo, com a integração de pecuária
e agricultura sob o prefixo “Agro”, que depois de muitas vitórias suporta hoje os
malefícios da polarização político-eleitoral.
Com
sua absurda “guerra cultural”, a polarização assombra os consumidores urbanos
brasileiros e de mercados consumidores externos com a sinistra noção de que o
Agro favorece a piora do clima com práticas ambiental e climaticamente
insustentáveis. Mais que sinistra, é uma suposição surreal e descabida: que
interesse teriam os produtores em piorar o clima, se o maior pesadelo de
qualquer agricultor é a instabilidade climática?
Teresa
Vendramini, presidente da Sociedade Rural Brasileira, historiou o Agro como
fruto da biotecnologia, que viabilizou duas colheitas por ano e a recuperação
de pastagens degradadas, permitindo vários sistemas de produção na mesma
propriedade.
Nesse
caso, a quem serve jogar o Agro na árida guerrilha bipolar, levando-o ao risco
de perder clientes? Só pode servir a quem semeia negaças, intrigas, prevarica e
se omite, fazendo o gargalo infraestrutural (transporte e logística) se
arrastar pelas décadas sem uma solução final. Logo, a questão a focar não é o
falso ataque do Agro ao clima: é ataque real do gargalo ao Agro.
.....................................................................
Pirataria aérea
Aumenta
a pirataria aérea nos céus de Rondônia e no Mato Grosso com aeronaves contratadas
pelos cartéis para transportar cocaína e promover o contrabando de armas pesadas
destinadas aos morros do Rio de Janeiro, sede das facções criminosas e já com
filiais instaladas em Porto Velho, Rio Branco e Manaus, cujas penitenciárias estão
apinhadas de traficantes presos nos últimos meses. Em pouco mais de um ano, cerca
de 10 aeronaves foram roubadas, aprendidas ou abandonadas pelos traficantes na
região. É coisa de louco!
Lugar nenhum
O
falecido senador Ronaldo Aragão (MDB-RO) já dizia na década de 90: “CPI é o
melhor caminho para lugar nenhum”. Não é o que se vê nas assembleias legislativas
e no Congresso Nacional? No caso da CPI
da Covid, temos muito bate-boca, jogo de cena, de parlamentares procurando
espaço na mídia, mas os resultados até agora são pífios. Mas a Comissão tem
pelo menos o mérito de apresar o governo a se mobilizar para a vacinação, o que
já é alguma coisa. No mais se vê a polarização indigesta causando mais
divisionismos no âmbito federal.
Janela partidária
Conforme
a legislação eleitoral a chamada janela partidária, que permite a troca de
partidos sem punições aplicadas pela lei, só vai acontecer em março do ano que
vem. Por isto, muitos parlamentares envolvidos no troca-troca de siglas já
recorrem a justiça – caso da deputada
federal pedetista Tabata Amaral – para buscar uma nova acomodação. Em Rondônia
não se vê alterações no quadro de deputados federais e senadores, mas no âmbito
da Assembleia Legislativa se projetam pelo menos quatro mudanças na janela
partidária.
Não arreda
Considerado
a bola da vez da temporada na capital, na disputa pelo CPA, o prefeito Hildon
Chaves (PSDB) não arreda o pé do seu projeto de disputar o governo no que
enfrenta resistência do seu aliado, o ex-senador Expedito Junior, já
comprometido desde já com a postulação do senador Marcos Rogério (DEM) na sucessão
estadual. Expedito, que deseja pleitear a cadeira ao Senado, quer enquadrar Hildon
para disputar a Câmara dos Deputados, indicando deputada federal Mariana
Carvalho a vice na chapa do líder democrata. A composição pretendida por
Expedito é vitaminada e o principal beneficiado desta articulação é ele mesmo!
Boa largada
As
primeiras sondagens para a peleja sucessória ao governo de Rondônia em 2022
indicam uma boa largada do ex-governador Ivo Cassol (PP), inclusive em Porto
Velho, onde ele nunca emplacou aliados a prefeitura local, o que o transformou
por aqui através dos anos numa pata de coelho às avessas para os apaniguados.
Se na própria capital, onde muitas vezes foi hostilizado, Ivo vai nadando de
braçadas – ele está em outro patamar! – no interior é onde ele viceja como
braquiária no inverno. Só resta aos adversários, torcer para que ele não
consiga registrar a candidatura.
Via Direta
*** A aprovação de uma gratificação para
os médicos em Rondônia no combate ao coronavirus teve o mérito de frear a
migração dos profissionais para outros estados *** A debandada destes
profissionais da saúde era enorme, mas finalmente foi contida *** O governador Marcos Rocha, ao lado de
mais oito governadores, se prepara para enfrentar a temida CPI do Covid que
tanto desgaste tem gerado ao presidente Jair Bolsonaro e sua base aliada ***
Outros governadores bolsonaristas também estão no rol dos investigados, como
Antônio Denarium (Roraima), entre os convocados *** A oposição rondoniense faz a
festa com a convocação, pois se Marcos Rocha for responsabilizado pelo que se
alardeia nos bastidores sua campanha à reeleição vai desabar Rio Madeira abaixo.
Uma revoada de petistas nos municípios de Rondônia e do Acre
Gigantes e anõesHá pouco, por orientação da bióloga Ednair Nascimento, da Unir, foi identificada por paleontólogos uma espécie de tartaruga gigante
O PT do presidente Lula tem grandes dificuldades nas eleições municipais
Acelerando contra o crimeSe picar é uma necessidade para as cobras e rugir é próprio das feras, resolver problemas é uma obrigação para os seres hu
Todos ganhandoA tradição milenar e a ciência se juntam na abordagem do fenômeno climático do Aru. Em algumas mitologias indígenas, Aru seria um ser
Lideranças governistas consideram que no quadro atual Mariana Carvalho ganha no primeiro turno
O óleo ou a onça?A Amazônia está diante de problemas, desafios e escolhas que requerem debate democrático – amplo, sem descartar nenhuma das forças