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Se alcançar 250 hectares, pupunha enriquecerá o Juruena


 Se alcançar 250 hectares, pupunha enriquecerá o Juruena - Gente de Opinião

Por enquanto, são beneficiadas 30 mil hastes de pupunha. Para atender esta demanda projetada
para os próximos anos, a empresa precisa ampliar a área plantada /DIVULGAÇÃO

 

ANDRÉ ALVES
Pauta Socioambiental
De Cuiabá

Parceria firmada entre o Projeto Poço de Carbono Juruena e a empresa Alimentos Aripuanã, que beneficia palmitos no Noroeste de Mato Grosso deve estimular a recuperação de áreas degradadas na região. A ideia é que o projeto incentive ainda mais a recuperação e reconversão produtiva das áreas, utilizando a pupunheira associada às outras espécies nativas. Essa alternativa também contribui com as famílias envolvidas, ao incrementar suas rendas.

O projeto é desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur) com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental. Dentre as ações que o Projeto Poço de Carbono Juruena realiza, está a reconversão produtiva de áreas degradadas para estabelecimento de Sistemas Agroflorestais, além de outros sistemas produtivos sustentáveis, assim como a recuperação de áreas degradadas com sistemas agroflorestais.

Por parte da empresa, que está instalada no município há a garantia de compra do palmito da pupunheira cultivada. “Esta parceria irá favorecer muito os agricultores, pois o palmito é bem lucrativo, sua rentabilidade é alta”, explica o empresário Michel Orben. A empresa beneficia cerca de 30 mil hastes de pupunha por mês e tem condições de absorver toda produção do palmito produzido em Juruena. Para atender essa demanda projetada para os próximos anos, a empresa precisa do cultivo de 250 hectares de pupunha.

Além da rentabilidade, esta parceria permite aos agricultores um canal seguro para a comercialização do palmito produzido e facilidade na logística, pois a empresa está sediada no mesmo município onde o projeto Poço de Carbono Juruena é desenvolvido.

O empresário tem perspectivas de ampliação de vendas e está investindo na rastreabilidade dos palmitos produzidos. Ou seja, o consumidor poderá saber, por meio do número do lote da embalagem, qual foi o modo de produção do palmito, a propriedade da família beneficiada, entre outras informações.

“Com a rastreabilidade, o consumidor estará ciente de que o produto comprado veio de um projeto maior, que beneficiou não só as famílias com o acréscimo de renda, mas sim o meio ambiente em função do modelo sustentável de produção estimulado e trabalhado pela equipe do projeto Poço de Carbono Juruena”, explica Orben.

O agricultor Severino Máximo da Silva conta que a pupunha oferece um bom retorno financeiro e que vale a pena plantá-la, principalmente quando há irrigação. “Essa parceria é muito positiva para a região e já estou planejando aumentar a minha área plantada de pupunha”, esclarece Silva.

Por desenvolver iniciativas sustentáveis como o extrativismo da castanha-do-Brasil e o cultivo da pupunheira em sistemas agroflorestais, Juruena já é destaque em nível nacional, com reconhecimento pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), por meio do prêmio “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)”, concedido à Cooperativa de Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam) e do prêmio “Tecnologias Sociais” da Fundação Banco do Brasil, concedido à Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia.

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