Domingo, 18 de maio de 2014 - 17h15

VÁSSIA SILVEIRA
No Almanacre
Na parte final da entrevista, Leila Jalul conta um pouco de sua vida com o jornalista Antonio Marmo, que trabalhou no lendário Varadouro, “o jornal das selvas”, em Rio Branco (AC).
“Tenho vontade de contar detalhes. Isso daria um texto de muitas laudas. Contar do meu Acre, do que foi ter sido brasileira por opção daria direito a ser demitida pelo editor chefe do meu jornal. E por justa causa! A prolixidade não é mais meu forte. É que o tempo “ruge”. Poderia escrever um livro, mas, em respeito aos que morreram e à cadeia hereditária que formaram e ainda circula por aí, melhor deixar de lado” (depoimento de Leila Jalul a Vássia Silveira, no Blog Almanacre).
“O Acre foi meu lar e meu cárcere. Aí nasci. Nasci ao lado do Instituto São José, quando ele nem existia. Bem na entradinha do bairro das meretrizes sem luxo. Enquanto vovô esteve vivo, tudo ia de vento em “polpa” diz Leila.
“Era um lugar, meio que mato, meio que centro da cidade. Cobras, macacos, lagartos, aranhas venenosas, formigas tucandeiras e outros animais sem grande significado de peçonha adoravam perturbar meu sono. E o calor debaixo do mosquiteiro de filó, hein? Tudo mórbido demais! O clima do Acre é mórbido”, ela acrescenta.
Masocação
ah! como eu adoro uma calamidade pública…
como eu escolho emergir pro fundo
e brincar na lama
e amamentar a dor
ah! como eu adoro!
banhar-me nas minhas próprias lavas,
chicotear-me, atar-me com minhas próprias tripas…
ah! como eu adoro!
invocar espíritos cancerosos para chorar
e é tão fácil!
vou nas gavetas e reavivo o tempo da tuberculose
arranco o Cruz e Souza das cavernas
é como se vivesse nas ruelas de N. Sra. do Desterro, hoje Florianópolis.
ah! como eu adoro!
Leia a entrevista
Primeira parte, aqui
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