Partos normais superam cesáreos em hospital de Roraima

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Levantamento do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same) da única maternidade pública do Estado de Roraima revela que, em três anos, cresceu o número de partos no Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazaré. No triênio 2011/2013 o hospital contabilizou aumento médio de 3,52%.
 

Se forem comparados 2012 e 2013, o percentual supera ainda mais a taxa trienal. Em 2012 foram feitos 8.502 partos e no ano seguinte, 8.828, totalizando um crescimento de 3,74%. Em 2011 nasceram 7.929 bebês.
 

Ainda, a respeito do biênio 2012/ 2013, a maternidade continua alcançando as normas de boas práticas obstétricas, com maior número de partos normais, informa sua direção. Enquanto em 2012, os partos normais foram 5.641, e as cesarianas, 2.861, em 2013 eles chegaram a 5.713, superando os partos cesáreos (3.115).
 

Para a diretora-geral do hospital, Ana Carolina Brito, os números são satisfatórios, visto que as cirurgias cesarianas podem trazer mais complicações e demora na recuperação do pós-parto. “Os benefícios do parto normal são inúmeros, tanto para a mãe como para o bebê”, ela assinala. “Vão desde a melhor recuperação da mulher e redução dos riscos de infecção hospitalar, sangramento, até a incidência menor de desconforto respiratório do bebê”.
 

Para reduzir cada vez mais os procedimentos cesarianos, os exames de pré-natal precisam ser fortalecidos na rede básica, apela a diretora-geral. “A mortalidade materna está mais relacionada aos partos cesáreos, devido aos riscos inerentes à própria cirurgia, que começa a partir da anestesia, quando a possibilidade de uma reação é imprevisível. O mais saudável para a mãe é o parto normal”, ela enfatizou.
 

Para minimizar o receio das mulheres sobre o parto normal como sinônimo de fortes dores, hoje em dia já existem técnicas para aliviá-las. O hospital roraimense tem uma equipe de fisioterapeutas e psicólogos que utilizam exercícios musculares para minimizar as dores que antecedem um parto normal. O desconforto também pode ser amenizado com anestesia. “A mãe que prefere o parto normal pode voltar logo às suas atividades normais”, disse Ana Carolina.