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Crianças e jovens estudam via satélite no Amazonas


 
 
IVONE SANTANA (*)
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MANAUS, Amazonas — O uso de satélites foi fundamental para o governo do Amazonas colocar em prática um projeto de ensino a distância que acabou chamando a atenção do Banco Mundial, incluindo recursos de videoconferência para alunos de áreas remotas. Com R$ 30 milhões de investimento, o governo estruturou os cursos, que contam hoje com mais de mil salas de aula  presenciais em 62 cidades e atendimentoa 1,2 mil entre 6 mil comunidades rurais. Devido aos bons resultados, o Banco Mundial estuda financiar a ampliação do programa, diz o professor José Augusto de Melo Neto, coordenador do Centro de Mídias de Educação do Amazonas.
 
Até agora, para viabilizar o sistema, o governo firmou três tipos de contratos: com a Hughes, para telecomunicações; com prestadores locais de serviços técnicos; e com fornecedores de equipamentos. Todos esses contratos estão em fase de renovação. 

 
Histórico
 
Iniciado em 2007 com 10 mil alunos, o programa já formou 8 mil do Ensino Médio e atende agora a 30 mil. Nos últimos dois anos, o curso recebeu sete prêmios, sendo dois internacionais.
 
Os estudantes chegam às salas de aula de barco escolar, fornecido pelas prefeituras. O único meio de transporte a essas comunidades é o fluvial. As salas são equipadas com TV, acesso à internet em banda larga e outros equipamentos audiovisuais. 
 
Um professor local orienta a turma. Mas é em Manaus que estão os professores de cada disciplina. Eles ministram as aulas simultaneamente para todo o estado, via satélite, com tecnologia da Hughes, empresa vencedora da licitação. 
Crianças e jovens estudam via satélite no Amazonas - Gente de Opinião
Na Amazônia, em geral, 90 por cento da população depende de transporte fluvial /CARLINE PIVA

 
Os professores passam tarefas on-line e fazem transmissões multimídia, intercaladas por intervalos para que os alunos façam suas lições, com orientação presencial.
 
Nas comunidades rurais
 
Não há similar para o projeto amazonense voltado à educação básica no mundo, diz o coordenador Melo Neto. Ele afirma que encontrou nas pesquisas apenas cursos de nível superior e em projetos mais modestos. 
 
O objetivo do programa foi atender principalmente às comunidades rurais, pois mesmo que as e dedo município tenha infra-estrutura, pela grande ex-tensão do estado essas áreas não são necessariamente atendidas.
 
A primeira reação dos alunos foi de desconfiança em relação à tecnologia e ao método. 
 
— Eles passaram de um extremo ao outro — não ter acesso ao ensino onde vivem e depois serem atendidos na própria comunidade rural com internet e ambiente on-line — disse o coordenador. 
 
Após a adaptação, a adesão foi grande e hoje os alunos querem falar ao microfone e aparecer nas telas para colegas de todo estado. Em 2010 entraram no programa os cursos de sexto e sétimo ano e, em 2011, entra no oitavo ano.
 
(*) Originalmente publicada no Brasil Econômico.

 

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