Quarta-feira, 21 de agosto de 2024 - 14h15
Com o objetivo de
atender às demandas dos comunitários da Reserva Extrativista Estadual do Rio
Cautário (Resex), no município de Costa Marques, o governo de Rondônia
desenvolve metodologia de manejo para controle e erradicação do Pirarucu, no
interior da unidade. O projeto teve início em 2021, envolvendo as unidades de conservação
estaduais de uso sustentável Resex do Rio Pacaás Novos e Resex do Rio Cautário,
propondo a captura de controle da espécie nas áreas onde ela não é considerada
nativa.
O
projeto é desenvolvido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental
(Sedam), através da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC) e
Coordenadoria de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (Colmam), em parceria
com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a
Universidade Federal de Rondônia (Unir), por meio do Grupo de Pesquisa em
Pesca, Aquicultura e Ecologia de Peixes Interiores (GPPAEPAI).
Além
da captura para o comércio dos animais, os exemplares passam por análises
científicas que visam compreender melhor a dinâmica de ocupação desses animais
nos habitats onde se estabeleceram, bem como os reais impactos que provocam
sobre os ecossistemas de Rondônia.
Para
o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a contagem do Pirarucu é uma ação
importante para o controle da espécie, já que, além de marcar uma fase
indispensável ao plano de manejo, a ação é importante pela parceria entre
órgãos e população das comunidades tradicionais. “Desde o início das
atividades, mais de 300 pirarucus já foram manejados e inseridos no comércio
nacional. Com isso, as comunidades ribeirinhas envolvidas movimentaram mais de
150 mil reais”, salientou.
ATIVIDADES
AMBIENTAIS
De
acordo com a analista ambiental da Sedam, Chirlaine Varão, neste ano, o projeto
celebra seu terceiro ano de execução na Resex do Rio Cautário, sendo a
atividade licenciada pela secretaria. “Durante o mês de agosto, o tamanho de um
dos pirarucus capturados no manejo chamou a atenção da equipe técnica do
projeto, pois os extrativistas capturaram um pirarucu medindo dois metros e
trinta e dois centímetros e pesando 121 kg”, destacou.
Segundo
o Secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, além de promover o controle dos
animais que, na condição de invasores, provocam desequilíbrio ambiental, o
projeto gera renda direta às comunidades tradicionais envolvidas. “Estamos
acompanhando o projeto de manejo do Pirarucu para verificar o potencial de
geração de renda direta para as comunidades tradicionais envolvidas, e
expandi-lo a outras áreas de nossa competência. O objetivo é erradicar o
quantitativo de pirarucus dentro da Unidade de Conservação, e esse trabalho
mostra que estamos no caminho certo”, afirmou.
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