Sábado, 27 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Agronegócio

Chineses querem a soja de Rondônia

Obras portuárias ampliam mercado exportador


Industriais chineses querem comprar no Brasil 17 milhões de toneladas de soja/ano - Gente de Opinião
Industriais chineses querem comprar no Brasil 17 milhões de toneladas de soja/ano


Industriais chineses querem comprar no Brasil 17 milhões de toneladas de soja/ano, estabelecendo contratos com validade para dez anos. A maior parte desses estoques atende à indústria esmagadora para fabricação de óleo comestível.

A manifestação de interesse por importações diretas, também no estado de Rondônia, foi feita nesta terça-feira (25) pelo consultor chinês Jack Hon e seu sócio, Kuo Tsing Liu, ambos da CABS Brazil, ao vice-governador José Jodan. Eles estavam acompanhados do empresário Beto Soccol.

A clientela dessa empresa é formada por estatais e semi-estatais chinesas. Nesta safra, as primeiras exportações de Mato Grosso para lá totalizaram 120 mil toneladas.

Jodan disse-lhe que o governador, coronel Marcos Rocha, está bem empenhado em promover o desenvolvimento das exportações. “Não podemos assumir ainda o compromisso com a quantidade, mas oferecemos a boa qualidade da soja, de outros grãos e diversos produtos de nosso estado”, assinalou o vice-governador.

A tratativa inicial limitou-se à abertura de futuros negócios. É a primeira viagem de Jak Hon a Rondônia.

No mês passado, a comercialização de soja do Brasil disparou, por causa da maior demanda da China, preços e prêmios nos portos pelo produto brasileiro fortalecidos e um dólar acima de R$ 4, conforme relatos do mercado.

Um volume de pouco mais de cinco milhões de toneladas de soja para exportação, o equivalente a uma centena de navios, rodou no mercado para embarques em junho, julho e agosto, informou o pesquisador Lucílio Alves, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O  coordenador de comércio exterior na Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), Anderson Fernandes, pediu informações dos empresários a respeito das importações e apresentou-lhes o potencial produtivo rondoniense.

O superintendente de Portos e Hidrovias, Amadeu Hermes Santos da Cruz, destacou que o sistema portuário rondoniense avança e deve melhorar consideravelmente até 2020, com a ampliação das exportações de madeira, milho e algodão. “Só de carne bovina para Hong Kong, exportamos US$ 60 milhões de janeiro até agora”, ele exemplificou.

No comparativo com o vizinho Mato Grosso, Rondônia leva vantagem, ele apontou. “Hoje eles cultivam dez milhões de hectares, colhendo em média de três toneladas/ha, enquanto nós alcançamos quatro t/ha”.

O mais importante, conforme analisou o superintendente, é a somatória das safras movimentadas pelo porto organizado em Porto Velho, oriundas das seguintes áreas: 1,5 milhão de ha de área cultivada no estado, 4,8 milhões de ha de áreas degradadas, totalizando 6,3 milhões de toneladas.

A esse volume somam-se 1,5 milhão de toneladas da produção do sul do Amazonas e sete milhões da Bolívia.

Obras de ampliação no porto possibilitarão o aumento da capacidade de movimentação de cargas das atuais cinco milhões de toneladas de cargas para 21 milhões de toneladas  até janeiro de 2020, prevê Amadeu.

O maior avanço ocorrerá com o armazenamento de grãos, cuja estrutura de silos custa R$ 1 bilhão no atual modelo. A superintendência adotou tecnologia australiana, reduzindo esse custo para R$ 200 milhões. “Miritituba (PA) já faz isso, com êxito”, ele comentou.

Para Amadeu, com novas soluções tecnológicas será possível colocar cargas de aproximadamente dez mil caminhões/dia; atualmente eles são apenas 2,5 mil nos 45 portos existentes, incluindo 17 de barranca.

Trinta balsas para o transporte de grãos operam atualmente em 80% do Rio Madeira.

Com os governos bolivianos dos departamentos de Beni, Pando e Santa Cruz, o Governo de Rondônia está negociando um tratado internacional para que os rios Guaporé e Mamoré sejam concedidos à superintendência de portos e hidrovias. “Esse tratado, denominado Madeira-Mamoré, deverá substituir o Tratado de Petrópolis”, disse.

Jodan disse-lhe que o governador, coronel Marcos Rocha, está bem empenhado em promover o desenvolvimento das exportações - Gente de Opinião
Jodan disse-lhe que o governador, coronel Marcos Rocha, está bem empenhado em promover o desenvolvimento das exportações

Gente de OpiniãoSábado, 27 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Agrotec 2025: Feira encerra quatro dias de programação com grande público e valorização da produção rural

Agrotec 2025: Feira encerra quatro dias de programação com grande público e valorização da produção rural

A Agrotec 2025 chegou ao fim neste domingo (30), após quatro dias de atividades que movimentaram o Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e reuni

Agrotec: debate sobre logística evidência papel de Porto Velho e do Rio Madeira

Agrotec: debate sobre logística evidência papel de Porto Velho e do Rio Madeira

O terceiro dia da Agrotec abriu espaço para debates, troca de experiências e aprendizado. Quem chegou cedo para acompanhar foi Elenice Maria dos Santo

Agrotec transforma Pavilhão Delícias do Campo em vitrine regional

Agrotec transforma Pavilhão Delícias do Campo em vitrine regional

José Anilson, mais conhecido como Zé Bagunça, chegou a Porto Velho diretamente de Rio Crespo para mostrar o que é produzido pela agroindústria da famí

Agrotec : maratona reúne ideias e desafios para acelerar a inovação no campo:

Agrotec : maratona reúne ideias e desafios para acelerar a inovação no campo:

Inovações tecnológicas voltadas para soluções específicas às necessidades dos produtores rurais de Porto Velho são uma das principais apostas de cresc

Gente de Opinião Sábado, 27 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)