Sexta-feira, 19 de março de 2021 - 11h26
Como o estado de Rondônia foi declarado zona livre de febre aftosa sem
vacinação, anunciado recentemente pela ministra de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, a expectativa é que a pecuária da
capital colha os melhores resultados após tanta dedicação e investimentos no
setor.
O parecer favorável ao estado partiu da Comissão Científica da
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e o primeiro resultado prático é a
abertura do mercado internacional para a carne e derivados do rebanho bovino.
De acordo com o secretário municipal adjunto de Agricultura e Abastecimento
(Semagric), Gustavo Serbino, a mudança de ‘status’ favorece, entre outras
vertentes, o crescimento das exportações da carne produzida no Estado. E Porto
Velho, que tem cerca de 1,1 milhões de cabeças de gado, tem muito a conquistar.
“O estado de Rondônia já é considerado livre de vacinação desde o ano passado
para o mercado interno. Isto é resultado do empenho dos pecuaristas e das
políticas públicas voltadas para o setor na questão sanitária”, avalia Gustavo
Serbino.
Ao recordar que, por um tempo, o rebanho estadual não era livre de aftosa nem
com vacinação, o adjunto da Semagric destaca que o prejuízo na comercialização
da carne era muito grande, pois restava apenas o mercado estadual.
VALORIZAÇÃO
Outra observação de Gustavo Serbino é que as cadeias da carne e subprodutos,
bem como a do leite e subprodutos, ficaram muito valorizadas com o selo livre
de aftosa sem vacinação.
“Isso também proporciona evolução na produção, no melhoramento genético,
na qualidade da nutrição e incremento da industrialização da cadeia produtiva
no município. Por determinação do prefeito Hildon Chaves, a Semagric já
implantou alguns programas e tem outros em andamento, para beneficiar este segmento”, acrescentou.
Com a melhoria na produção e na alimentação do rebanho focada nas
cadeias de carne e leite para o mercado externo, Porto Velho passa a concorrer
com outros municípios do Brasil para atrair indústrias de beneficiamento para a
região, gerando aporte industrial.
“E para acompanhar essa melhora que teremos com a industrialização,
exportação e preços, a Prefeitura vai se empenhar ainda mais no apoio aos
pequenos produtores e agricultura familiar”, projeta o secretário adjunto da
Semagric.
Ele explica que há um planejamento para a pecuária, com recursos viabilizados
em parceria com o Sebrae voltados para a transferência de embriões no
melhoramento da cadeia genética, tanto para o setor leiteiro quanto para o de
carnes do município.
Os investimentos vão garantir que o produtor tenha melhor nutrição para o gado,
especialmente com a produção de Capiaçu, tanto para ser fornecido picado no
cocho, quanto para a selagem nas épocas de seca.
Estas iniciativas, segundo Gustavo Serbino, já estavam em andamento a pedido do
prefeito Hildon Chaves.
RANKING
Porto Velho é a 4° cidade no Brasil com o maior rebanho bovino. Segundo dados
de 2020 do IBGE, são aproximadamente 14 milhões e 300 mil cabeças de gado em
Rondônia, sendo cerca de 1 milhão e 100 mil de Porto Velho. O estado está na 6°
posição do ranking nacional com o maior rebanho.
A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), entidade que representa os criadores da mais importante raça bovina do país, completa 70 anos
Gestão e tecnologia: os segredos para tornar a pecuária tão rentável quanto a agricultura
Nos últimos tempos, a pecuária tem passado por momentos delicados. O aumento nos custos de produção e a queda no valor da arroba vêm comprometendo a
Presente em quase todos os municípios de Rondônia, a produção leiteira é a principal atividade econômica em mais de 25,9 mil propriedades rurais, ge
Com maior rebanho do Estado, Porto Velho contribui para exportação da carne bovina de Rondônia
Rondônia possui 18,2 milhões de cabeças de gado, com Porto Velho registrando o maior rebanho bovino entre os municípios do Estado, com mais de 1,6 m