Segunda-feira, 19 de dezembro de 2022 - 15h27
Ao adquirir um reprodutor, o pecuarista
busca um macho que seja fértil e capaz de transmitir genes que contribuam para
melhorar os índices zootécnicos da fazenda. Mas como saber se um touro tem
potencial melhorador?
A ciência já mostrou que informações de
pedigree e avaliação visual sozinhas não são eficazes para determinar a
qualidade de um reprodutor. A melhor maneira de medir o valor genético de um
touro é pela avaliação genética.
Mas, afinal, o que é avaliação
genética?
Segundo o professor José Bento Sterman
Ferraz, geneticista da USP Pirassununga, avaliação genética é a melhor predição
possível do que um reprodutor, ou matriz, tem para transmitir para as próximas
gerações. Ele complementa: “Precisamos nos lembrar que quando compramos touros,
matrizes ou sêmen não estamos comprando um animal, mas sim a qualidade de seus
filhos”.
Na prática, avaliação genética nada
mais é que a predição de DEPs (diferenças esperadas na progênie) a partir do
processamento de uma série de dados de cada animal do rebanho. Com as DEPs em
mãos, é possível classificar os animais de acordo com o seu valor genético e
identificar os indivíduos superiores para uma ou mais características.
Por exemplo, se o touro A tem DEP de
Peso à Desmama de 5 e o touro B de -2, isso quer dizer que os filhos do touro A
serão desmamados com 5kg a mais que a média do rebanho, enquanto os do touro B
ficarão 2kg abaixo. Na comparação entre os dois, a diferença no peso médio à
desmama da progênie será de 7kg em favor do touro A. Vale lembrar que só é possível
comparar DEPs entre touros de um mesmo programa de seleção, já que os números
são sempre relativos à média da base de comparação.
Apesar do conceito ser simples, o
cálculo das DEPs requer a aplicação de modelos complexos, capazes de considerar
um grande volume de dados coletados a campo e, no caso do Programa de Seleção
da CFM, também informações genômicas, além de todas as relações de parentesco
entre os animais do rebanho.
O Programa de Melhoramento Genético da
CFM surgiu em 1980 já com o foco de selecionar animais da raça Nelore a partir
de uma avaliação objetiva, apoiada nas mais modernas técnicas de melhoramento
animal. A CFM foi pioneira no uso de DEPs e conta, há mais de 25 anos, com a
parceria dos geneticistas da USP Pirassununga para realização da avaliação
genética do rebanho. Em pouco mais de 40 anos de seleção, a CFM já produziu
mais de 45 mil touros e seus bancos de dados contam com mais de 540.00 animais
medidos.
Mais informações sobre o Programa de
Melhoramento Genético da CFM em www.agrocfm.com.br
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