Terça-feira, 19 de agosto de 2025 - 15h49
A Associação dos Pecuaristas
de Rondônia (APRON) se posicionou de forma contundente contra o Projeto de Lei
2.627/2025, que tramita no Congresso Nacional e prevê a restrição progressiva
até o banimento da exportação de gado vivo. Para a entidade, a medida traz
graves riscos à competitividade da pecuária rondoniense, ampliando o poder dos
frigoríficos e retirando autonomia dos produtores.
Segundo o presidente da APRON,
Adélio Barofaldi, o projeto pode gerar prejuízos bilionários e reduzir o poder
de barganha do pecuarista.
“A exportação de gado vivo é
uma alternativa estratégica que equilibra o mercado e dá autonomia ao produtor.
Se essa opção for retirada, o pecuarista de Rondônia ficará à mercê da
concentração de mercado, recebendo menos pela arroba e sem poder de
negociação”, afirmou Barofaldi.
Risco de concentração e perda
de renda
Dados da própria APRON indicam
que a diferença de preço da arroba entre Rondônia e estados como Mato Grosso e
São Paulo já representa perdas de mais de R$ 3 bilhões ao ano. Sem a
alternativa do “boi vivo”, a tendência é que o desconto sobre a arroba no
estado aumente ainda mais.
Adélio destaca que a medida,
embora justificada com alegações de bem-estar animal, não traz garantias reais
nesse sentido:
“O transporte de animais vivos
já é fiscalizado pelo MAPA, com regras rígidas de alimentação, descanso e
acompanhamento veterinário. Os próprios importadores não têm interesse em
receber animais em más condições. O que precisamos é aperfeiçoar a
fiscalização, não proibir uma alternativa legítima de mercado”, reforçou.
Nota da UNAPEC: posição
nacional contra o PL
A APRON integra a União
Nacional da Pecuária (UNAPEC), que reúne entidades de vários estados e divulgou
nota oficial alertando para os riscos do PL 2.627/25.
“A exportação de gado em pé
não é um problema para o Brasil. Pelo contrário: é uma oportunidade de ampliar
mercados, fortalecer o produtor e dar competitividade à pecuária. O que está em
jogo é o direito do pecuarista de escolher a quem vender sua mercadoria”, diz o
documento.
Rondônia na linha de frente do
debate
Com rebanho de mais de 18
milhões de cabeças e forte tradição pecuária, Rondônia é um dos estados mais
impactados pelo tema. Para Barofaldi, é essencial que o Congresso Nacional ouça
a voz do produtor rural antes de aprovar medidas que afetam diretamente a
economia de regiões inteiras.
“Não podemos aceitar que uma
pauta ideológica enfraqueça a pecuária de Rondônia. Estamos unidos para
defender o produtor e buscar alternativas que valorizem nossa produção,
respeitando o bem-estar animal sem sacrificar a competitividade”, concluiu o
presidente da APRON.
Sobre a Associação dos
Pecuaristas de Rondônia
A APRON é a voz legítima da
pecuária rondoniense, criada para representar, defender e fortalecer os
interesses de quem vive da atividade no estado. A entidade tem se destacado
pela criação de comissões temáticas voltadas para regularização fundiária e
ambiental, segurança rural, rastreabilidade bovina, crédito rural, leite e
valorização da arroba. A APRON fortalece a representatividade política da
pecuária com a integração à UNAPEC – União Nacional da Pecuária, além de manter
atuação ativa junto à FAPERON, CNA e Assembleia Legislativa, defendendo os
interesses e a sustentabilidade da pecuária rondoniense.
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